Foto: Epitácio Andrade (Placa de sinalização de acesso a Catolé do Rocha) |
As informações foram reveladas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como resultado do levantamento inédito do Censo 2010 em que a população deu informações sobre óbitos na família. Na Paraíba, o município paraibano que apresentou o maior índice de mortalidade de bebês, diante do total de óbitos, foi Joca Claudino, no Sertão do Estado, com 25%. Em seguida vem a cidade de Lucena com 18,37%; Riachão (17,65%); Carnaúbas (14,81%) e Curral Velho (14,29%), municípios localizados em microrregiões não-sertanejas.
Foto: Epitácio Andrade
Antiga Maternidade Silva Mariz |
Segundo o médico sanitarista Epitácio de Andrade Filho, que é natural de Catolé do Rocha, município que registrou o menor índice com 0,69% do total de óbitos representando bebês, seguido por Coremas (0,97%), Ingá (1,14%); Uiraúna (1,19%) e Pombal (1,21%), o DATASUS do Ministério da Saúde vem apontando uma tendência de declínio do coeficiente de mortalidade infantil para a microrregião do Catolé do rocha desde o ano 1998.
Foto: Lilian Holanda
Pediatra Fabrício e Psiquiatra Epitácio em evento cultural |
Para o médico pediatra Fabrício Formiga, vice-prefeito de Catolé do Rocha, participando do lançamento do livro “A Saga dos Limões – Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante”, do médico psiquiatra Epitácio Andrade, afirmava que o município vivenciava um bom momento de desenvolvimento social, com melhorias importantes na qualidade da assistência materno-infantil, que indubitavelmente, impactaria na conquista deste indicador de saúde.
Foto: Epitácio Andrade
Qualidade de vida em Catolé do Rocha |
A afirmação do Vice-prefeito Fabrício Formiga é ratificada pela Secretária Municipal de Saúde Emanuelle Xavier que atribui a conquista do indicador à qualidade da atenção básica de saúde. Segundo revelam os dados do IBGE, em números absolutos, João Pessoa foi a cidade paraibana que registrou a maior quantidade de óbitos de bebês, com 89 casos, acompanhada por Campina Grande (60), Santa Rita (33), Guarabira (18) e Bayeux (16).
Foto: Aluísio Dutra
Sindicalista Pola Pinto e Psiquiatra Epitácio Andrade |
Genésio Pola Pinto, Representante da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF), com atuação na fronteira potiguar, ressaltou que o incremento de atividades produtivas no meio rural, na última década, colaborou, decisivamente, para a melhoria da qualidade de vida do povo sertanejo. Lucicláudio Bezerra, habitante da cidade de Santa Cruz/RN, em viagem turística pela microrregião do Catolé do Rocha, sentiu-se maravilhado com “a visão de um campo de feijão irrigado”.
Foto: Epitácio Andrade
Igrejinha e Serrote na saída para Patu/RN |
Num passado não tão distante, os anos 90 do século XX, a chamada “década perdida”, quando a concepção místico-religiosa “explicava” os alarmantes índices de mortalidade infantil no nordeste brasileiro, era comum o soar rápido dos sinos das igrejas anunciarem com freqüência enterros de “anjinhos”, que eram conduzidos até em telhas para as sepulturas, lembra o sindicalista Pola Pinto.
Foto: Epitácio Andrade
Igreja N. S. Remédios – Catolé do Rocha/PB |
Foto: Epitácio Andrade
Pedagoga Maria Celi Barreto |
Foto: Epitácio Andrade
Colégio Francisca Mendes – Catolé do Rocha/PB |
Foto captada de “Folha Patuense”
Aluísio Dutra e Edvaldo Caetano |
Foto: Epitácio Andrade
Palmeiras “Pati” em Catolé do Rocha/PB |
Os cenários a que se refere o escritor do cangaço constituem os municípios de Patu, no Rio Grande do Norte, e Catolé do Rocha, na Paraíba, principais epicentros do fenômeno geohistórico ocorrido na segunda metade do século XIX, no oeste potiguar e fronteira paraibana, que deu conformação ao maior conflito cangaceiro registrado nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, envolvendo os bandos dos “Brilhantes” contra os “Limões”.
Foto: Epitácio Andrade
Fachada Frontal do Colégio Francisca Mendes |
Por outro lado, “o número de estudantes de Patu que se desloca diariamente a Catolé do Rocha, em busca do ensino fundamental, médio e profissionalizante, tem aumentado, consideravelmente, nos últimos anos”, afirmou o ex-secretário municipal de educação Aluísio Dutra de Oliveira.
Foto: Mário de Andrade
Essa busca incessante por educação não poderia deixar de contribuir com a conquista do indicador de saúde que marca o menor índice de mortalidade infantil da Paraíba. “O povo catoleense tem determinantes históricos para sua elevada consciência crítica: no ano de 1929, recebeu a visita do escritor modernista Mário de Andrade na sua viagem etnográfica pelo nordeste”, informa o pesquisador social Epitácio de Andrade Filho.
Foto: Robson Paulista
Secretário da cultura Chico Cesar recebendo pesquisador Epitácio Andrade |
De Chico Cesar veio a iniciativa pessoal de organizar a sua “Casa de Beradero”, uma organização não-governamental que oferece a oportunidade de formação cultural, dando perspectivas de vida a um grande número de crianças e jovens catoleenses.
“Desenvolvimento sustentável, saúde, educação e cultura representam a base da conquista do menor índice de mortalidade infantil da Paraíba”, opina o médico sanitarista Epitácio de Andrade Filho.
Parabéns, “Praça de Guerra”! Parabéns, Catolé do Rocha! Criança que conquistou o direito de envelhecer em paz.
Num sei se hoje ainda é assim, mas nas décadas de 70 e de 80 do século passado, Catolé ficou famosa pela valentia de seus cabras. Um cabra num podia olhar atravessado não que ia pra faca. Olha a faca!!!
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