Uma antiga funcionária, hoje aposentada, retornou à escola para rever os colegas. Estava visivelmente emocionada e abraçou-me, perguntando: “Lembra de uma carta com uma poesia que você fez pra mim quando eu ainda trabalhava aqui? “
Lembrava-me da carta, sim, embora não recordasse de nenhuma das palavras que escrevi para aquela ex-colega e funcionária exemplar sobre quem me senti um dia inspirado a escrever.
“Guardo até hoje aquela carta”, acrescentou ela. Fiquei pensando então na importância que aquela simples página de valor insignificante passou a ter para aquela senhora depois que nela tracei algumas linhas. Os anos se passaram, a folha amareleceu, mas ela a guarda com carinho. Certamente, durante todos esses anos, pôs muita coisa fora, mas a carta não, jamais. Fiquei curioso para reler o que escrevi e, enquanto me dirigia à secretaria, o celular dela tocou. Enquanto ouvia o que era dito, se pôs a chorar. Espantado, perguntei-lhe o que estava acontecendo.
“É que hoje é meu aniversário, Gilberto. Meu genro, que mora em Goiás, acabou de ligar e me disse umas palavras bonitas.”
Entendi melhor o porquê de sua ida à escola naquele dia. Aquela mulher sofrida, massacrada pelos anos, por uma profissão que não lhe deu o devido valor e pelas cicatrizes deixadas por um casamento malsucedido necessitava, justificadamente, de palavras de afeto e de reconhecimento.
Eu e outros colegas fizemos-lhe felicitações e ela retornou para casa com ar de felicidade.
Depois disso, pus-me a refletir sobre a importância das palavras. Somos possuidores de um poder magnífico, capaz de influenciar poderosamente a vida dos que nos cercam. Com palavras de elogio e incentivo, podemos erguer os desalentados e fazê-los sorrir. Com palavras de gratidão podemos trazer alegria e incitar pessoas à prática do bem. Palavras de reconhecimento de culpa podem cicatrizar feridas aparentemente incuráveis. Palavras de perdão podem produzir ondas de paz e alívio, atando corações com laços inquebráveis. Palavras de amor têm poder hipnótico. Esforcemo-nos, eu e você, para usar positivamente o dom da fala, trazendo paz, ânimo e alegria aos que nos cercam.
Lindo texto Gil !! Parabens !!!
ResponderExcluirConcordo plenamente com vc mas como disse Boudha
"As palavras têm o poder de destruir e de tratar, quando são justos e generosos, podem alterar o mundo. “
Dá tambem a refletir sobre a ausencia de palavras !!!
Parabéns Gilberto,pelo lindo e maravilhoso texto! É bem verdade sua reflexão.
ResponderExcluirDevemos ter muito cuidado e sabedoria para nos direcionar aos nossos semelhantes.Devemos pensar antes de falar ou mesmo escrever. A mensagem tem poder de construir e destruir,de amar e também de desamar...É realmente um instrumento de dois gumes.
QUE TEXO LINDO,GILBERTO!
ResponderExcluirCONCORDO PLENAMENTE COM SUAS PALAVRAS.
A PALAVRA TEM PODER!
LIDIANE
Aí sim,é CULTURA,informação,boa leitura.
ResponderExcluirParabéns e concordo que as palavras tem poder.
João
Um texto desse vale a pena ler.
ResponderExcluirGilberto,
ResponderExcluirTexto magnífico sobre o poder das palavras, elaborado por um maestro das palavras como você.
Concordo plenamente com o que escreveu!
Na palavra impressa (bons livros) e na palavra falada (bons amigos), muitas vezes busco, e encontro, alívio para minhas dificuldades pessoais.
Parabéns!!!
Caros amigos, gostaria de aproveitar a audiencia desse blog tão conceituado para fazer um pedido as autoridades de santa cruz, a falta de segurança em nosso municipio é desesperador e ultrapassa o absurdo, isso aqui virou praça de guerra e um antro de marginais, ninguem pode mais sair de casa a noite, foram registrados dez assaltos a mão armada nas ultimas 24 horas, cadê a justiça meu deus, cadê os 50 policiais que foram formados ha poucos dias?? estamos a mercê da impunidade, por favor, isso é muito sério, façam alguma coisa por nós.
ResponderExcluirFrancisca Lúcia
Esse texto ficou muito bem elaborado. Parabéns escritor! As palavras tem muito poder!
ResponderExcluirTânia de Serra Caiada
Muito agradecido fiquei a todos pelo incentivo.
ResponderExcluirVossas palavras certamente me alegraram!
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