segunda-feira, 6 de junho de 2011

PODER OU NÃO PODER (eis a questão!)


PODER OU NÃO PODER (eis a questão!)

Teixeirinha Alves

Na abertura dos JERNs 2011, estive ao lado do locutor oficial, auxiliando-o no repasse dos nomes das escolas que desfilaram. De vez em quando, chegava algum ocupante de cargo público de confiança, pedindo para que mencionássemos a presença dele. E o locutor atendia: “Está presente neste evento Fulano de Tal, Diretor não sem de quê” OU “Está presente neste evento Beltrana de Tal, Secretária não sei das quantas”.

Isso me fez refletir sobre a tola vaidade humana. Sobre a necessidade vazia de aparecer, de se dizer que é algo, por mais que este algo seja transitório, que voe ao sabor das políticas partidárias.

Ter poder, ocupar um cargo de comando, é o sonho de muita gente. Já ocupei um cargo assim por seis meses, e, por decisão somente minha, o descartei, pois não era (não é!) a minha “praia”.

Os cargos públicos, inclusive os de confiança, são fundamentais; os que os ocupam também. Conheço ocupantes de cargo que, sem preocupação com status e sem a vaidade de aparecer, cumprem suas funções da melhor maneira, sendo realmente úteis à sociedade.

Em um próximo evento, vou sugerir ao locutor que diga: “Fulano de Tal, cargo tal, faz questão de dizer que está presente neste evento.” Talvez a “autoridade” se toque de que o importante é o trabalho que ele realiza e não o cargo que busca ostentar.

Encerro com as sábias palavras da escritora americana Lois Frankel: “Discrição faz parte da personalidade dos verdadeiros líderes.”

2 comentários:

  1. Perfeito Gilberto, bela observação.Num Interior como o nosso onde boa parte das pessoas transformam detentores de cargos em verdadeiros deuses suas linhas demarcam o que aqueles que tem juízo pensam: tudo isso é pura ostentação!E digo mais, ostentar pouca coisa é pior do que ostentar muito.Parabéns.Abraços.

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  2. Na verdade muita gente depende direta ou indiretamente disso para viver. Querer aparecer e/ou estar perto de quem aparece, às vezes, é mais do que ostentação, é sobrevivência.

    Marcelo Pinheiro.

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