Contou-nos que desde criança teve contato com o cordel e o mundo da cantoria. Todavia, só aos 60 anos tornou-se violeiro. Não tem nada escrito. Percebe-se nele um quê de orgulho por ter feito canções e nunca ter dependido de papel. "É tudo de memória", disse-nos ele. Fez questão de frisar a diferença entre quem faz o verso "de repente" e aquele que depende da caneta para produzir suas poesias. Mesmo aos 83 anos parece não se incomodar com o fato de nada ter registrado, de nada deixar para a posteridade. Lamentou o fato de haver tão pouco espaço para a cantoria hoje em dia. Com a voz cansada e a memória pouco ágil, aventurou-se a improvisar com base nos motes que lhe demos. E saiu-se bem.
Eis, abaixo, dois videos que gravamos dele:
Resgatar e difundir a poesia santacruzense, eis a nossa missão.
ResponderExcluirPois é, Hélio, fazer "pela arte" é isso aí.
ResponderExcluirEu conheço de vista há muito tempo esse nobre senhor e não sabia que ele era violeiro, repentista e compositor.
Parabéns.