Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Evocação do Recife (Manuel Bandeira)
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada.
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Adoro a música abaixo:
Os que roçam suas línguas na língua de Camões fiquem à vontade para posicionamentos favoráveis ou contrários.
Lingua, lingua...a mais ferina de todas as armas. belo texto caboco.
ResponderExcluirGilberto,
ResponderExcluirDefendo as normas gramaticais ferrenhamente. Para mim, elas dão personalidade e originalidade à nossa bela língua portuguesa, ainda que sejam complicadas e meio enfadonhas.
Mas, óbvio, há circunstâncias e circunstâncias: deve-se adaptar a linguagem a cada ocasião. Língua culta para textos e circunstâncias cultas; língua popular (alguns diriam “vulgar”) para textos e circunstâncias populares.