João Gomes Sobrinho – Xexéu
Quando o sol nasce sorrindo
Dourando a nova manhã
O girassol faz na chã
Um espetáculo mais lindo
Como quem está exibindo
Um quadro do grande autor
Parecendo um professor
Mostrando nos gestos seus
As maravilhas de Deus
Na Excelência da Flor.
A flor apura
elegância
Suavidade e candura
Afago, mimo e ternura
Paz, harmonia e fragrância
Se não tivesse importância
Jamais nosso criador
Tinha lhe dado primor
Para o mundo inteiro ver
A graça do seu poder
Na Excelência da Flor.
Desabrocha com
sorriso
Mostra toda plenitude
Despertando a juventude
Com tudo quanto é preciso
Seja Verbena ou Narciso
Cada com devido odor
Pode confundir a cor
Porque nenhuma desbota
Mas pelo o cheiro se nota
Na Excelência da Flor.
Além da flor alegrar
Alma, vida e pensamento
Serve de medicamento
Tem o poder de curar
Decora o divino altar
Onde se canta louvor
A Deus eterno pintor
Do universo existente
Como se ver realmente
Na Excelência da Flor.
Ninguém avalia a soma
Das coisas que a flor enfeita
Compõe a matiz perfeita
De beleza e de aroma
O conceito ninguém toma
Pode haver imitador
Mas se uma rosa for
Feita pelo artífice
Não tem a mesma meiguice
Da Excelência da Flor.
A rosa nasce singela
Entre a própria vizinhança
Tudo aquilo é segurança
Para ninguém tocar nela
Cada espinho é sentinela
Sem nenhum ser sabedor
Que está sendo defensor
Sem se mover do lugar
Corta quem for machucar
A Excelência da Flor.
Até a Rosa do Mato
Onde não tem energia
Recebe com alegria
O vaga-lume barato
Vem assumir o contato
O único iluminador
Que sem interruptor
Passa a noite sem capuz
Jogando pingos de luz
Na Excelência da Flor.
A flor na noite de
lua
Dá impressão de uma fada
Com a face prateada
No clarão da deusa nua
Sem poluição da rua
Onde não tem refletor
Ela apresenta o fulgor
Na natureza divina
Na pureza cristalina
Da Excelência da Flor.
Realça a flor cintilante
Por entre as folhas da rama
Que não tem primeira dama
Que traje tão importante
Na luz do sol radiante
Exibe o belo esplendor
Desafiando vigor
Com o programa da Xuxa
A sempre-viva não murcha
A Excelência da Flor.
Faz pena ver a beleza
Das pétalas da rosa seda
Se acabar na labareda
Sem poder fazer defesa
O planeta com certeza
Também sofre a mesma dor
A terra com o calor
Faz o gelo derreter
Como está o proceder
Na Excelência da Flor.
A flor ensina de graça
E o ensino é correto
Onde o recreio é direto
Desde a mata até a praça
Mas está sofrendo ameaça
Do homem destruidor
Que por falta de amor
Ou seja, barbaridade
Nem se quer tem piedade
Da Excelência da Flor.
A flor nasceu pra ser
linda
Decora nosso caminho
Trate ela com carinho
Agradeça a boa vinda
Senão a beleza finda
E ninguém sabe recompor
O que Deus fez com amor
Vamos zelar com presteza
Baseado na pureza
Da Excelência da Flor.
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