sábado, 24 de outubro de 2015

Casa velha coberta de poeira... - Hélio Crisanto

Casa velha coberta de poeira...
Cinco anos de seca é teu calvário.
Um sanhaço sibila solitário,
Agourando na trave da porteira.
Geme um pote debaixo da goteira,
A quentura do tempo lhe rachou.
O cercado de vara o sol queimou
Nossa fauna foi toda dizimada;
A carcaça de um peixe abandonada
No porão de um açude que secou.


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