quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

OLHO D’ÁGUA - Chicola Monteiro


Olho d’água que afora da terra timidamente escorre pela encosta da serra, como uma lágrima no rosto de alguém a chorar. Sombreado pelo manto escuro dos arvoredos em agradecimento por causar verdor, pela sede saciada em época de intenso calor, conservando a fauna e a flora em uma demonstração do seu valor. Oh pequenino olho d’água, tu que minas de uma manancial tão límpida que a classificam como mineral, tu és alimento, tu és vida como uma dádiva divina dada a natureza que o distribui ao mundo como um símbolo para a preservação de todos no planeta. O homem por sua infinita maldade te causa sofrimento pela devastação, a queima da vegetação tornando nua a terra, que poderias dar um consolo para seu pranto, pelo contrário, faz o seu olho parar de chorar, o fez secar. O que antes parecia um choro de alegria, hoje não tem mais motivo e nem lágrimas para chorar.


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