terça-feira, 2 de outubro de 2012

OIA’ DI FOGO - Cosme F. Marques



Ao ilustre poeta Jaime dos Guimarães Vanderley


Teus óios cabôca, são

duas chama qu’incadêa,

dois ôio de Só d’inverno

dois brio di Lua chêa...


Duas véla si quêmando,

duas braza di aroêra

duas lús di óstrómóve

duas boca di caêra.


dois vurcão s’incendiando

duas lús quid é nas vista

duas róda di fest~ejo

dessas di fogo de vista.


Duas chalêra fervendo,

fervendo cum água quente...

teus óio cabôca quêmam,

inté a arma da gente...


Agosto de 1941.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”