segunda-feira, 24 de setembro de 2012

FLOR HUMANA.... - Cosme Ferreira Marques



A D. Auta Brandão, no estagio, realizado no
D. E. E. em Dezembro de 1941

Sá dona, u mundo véio,
é um imenso jardim,
é grande, é munto grande
parece num tê más fim.

I penso qui o jardinêro
qui esse jardim fabrico,
iscuiêu dona, as muié,
pra sê dele suas fulô.

Tem di toda versidade,
tem fulô feia i catita,
i vós as dona sois uma
du bróco das mai bunita.


Carculo, qui as outra frô,
véve chêa di ciúme,
pruquê vós tem más carrego
nu vosso chêro i préfume.

Sá dona, vós tem más vida,
nesses óio tão faguêro...
u disgosto qui mi mata,
é eu num sê jardinêro...

Don’Auta, peço perdão
Pru essa minh artitude,
más sá dona, é du matuto,
(Falá verdade, é vértude).




Um comentário:

  1. Meu avô, embora não o tenha conhecido, tinha lama de poeta, amante do seu sertão, onde a vida o fez criar 12 filhos, os quais 4 já estão ao seu lado no lar celeste, juntamente com sua amada Maria Pia. Suas memórias estão gravadas no livro "Canastra véia" e em dois outros que ainda publicaremos.
    Meu avô, com sua inteligência ímpar deixou legado em seus poemas, sonetos e cartas seu amor pela terra, família e amigos.

    Isabelle Marques Madruga

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