Para onde foram as palavras?
Elas nos faltam? Elas nos deixam?
Ou as guardamos?
Reprimidamente guardadas em nosso peito.
Negamos a elas a voz, o tom.
Nem ponto, nem vírgula.
O sentido egoisticamente guardado.
Não. Eu quero a possibilidade do grito.
Arrancar de dentro o espinho.
Dar à alma a possibilidade de ser,
A oportunidade do passo,
A dúvida do caminho que não sabe onde dará.
Angústia eterna
De amarga taça
Queima tuas próprias correntes
E me devolve o que antes de ter me tomas.
Qual vara de condão
ResponderExcluiro cetro te encheu de inspiração.
Alessandro, uma humilde sugestão:
Sei que vários poetas (inclusive alguns famosíssimos) procedem como você: têm por regra não intitular seus poemas.
Todavia, ao menos uma enumeração viria a calhar (poema I, poema II, III...). Imagine que alguém queira, depois, reencontrar um texto seu do qual muito gostou: como encontrará algo sem identificação?
Excelente seu texto!
Poema lindo e convidativo a expressão oral tão necessária ao ser humano.
ResponderExcluirLindo poema ,muito expressivo! Parabens Alessandro !!!
ResponderExcluirQuero agradeço aos meus amigos pelos comentários. Todos sempre muito gentis.
ResponderExcluirSugiro ao estimado autor o titulo deste poema: Nem ponto, nem vírgula.
ResponderExcluirUm título bom seria: ''Em nossos sentidos...", alguém pondera ?
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