E riem-se de lorotas
Aquelas mesmas bestificantes
Vejo olhos
Olhos que correm pelo relógio
E cansam porque o tempo não foi nem ficou
Ouvidos atentos aos aromas de milho
Ruminar irritante de uma loira
Páginas de AVON são dedilhadas como a viola violenta numa pressa de ir
embora
E batem nas cadeiras da frente
Os eus que se querem longe e estão aqui.
Agora dançam as pernas em ritmos nervosos
Os braços já descansam nas cabeças e servem de travesseiro às cabeças
enfadadas do trabalho audível.
Fios capilares? Muitos no chão, irresistentes aos cortejos manuais!
Canetas, poucas, uma, Eu, a devanear...
Mentes centradas no Nada que se passa do lado de lá.
Eu no meu Eu a ver esses Eus desatentos
Com um papel cheio de letras sem muito discernimento
Eis mais um seminário!
(Cecília
Nascimento)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”