Um intrépido impulso apetente
Percorre o meu corpo sorrateiro,
Que ávido deseja o mundo inteiro
E me faz delirar lubricamente.
Como posso eu conter tamanho anseio,
Se tortura-me a carne indiferente
E em êxtase o cérebro conivente
Faz-me crer que o falso é verdadeiro?
No auge da ilusão que me apraz
Sacia-se a fome mais voraz
Revelada ao mundo em fantasia
Contemplo o meu eu em desbarato
Enclausurar-se no anonimato
de um mar profundo de melancolia.
Cláudio Edijanio de Araújo (13/04/2012)
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