sexta-feira, 27 de março de 2020

REFLEXÕES SOBRE O PERÍODO POSTERIOR À PANDEMIA

O texto abaixo faz parte de um projeto idealizado por Júlio César, psicólogo que consiste em "escrever um texto onde, baseados em nossas experiências de vida, relataremos o que entendemos que irá acontecer após a decretação do final da pandemia." Você que nos lê sinta-se convidado a fazer parte desta ideia. - Gilberto Cardoso dos Santos


O que pressinto, espero e não espero ocorrer pós-pandemia

Olá, meu amigos, olá, minhas amigas. 
Faz dias que venho pensando em escrever algo, mesmo porque, em afastamento social;  não isolamento social, que acho uma palavra muito forte, pois não estou isolado, mas afastado do meio social, quero assim dizer, me dar tempo para mais reflexões sobre a vida e o momento turbulento e difícil pelo qual passamos.

Pois bem, vamos à opinião que tenho sobre o que espero ocorrer depois de passada essa pandemia, que ocorre no mundo,  essa "hecatombe" aqui no Brasil.

Eu acho, sinceramente, que depois de todo o  "aperto" que passamos, esta situação não vai nos deixar nenhuma lição. Nossa sociedade continuará hipócrita e mesquinha como sempre foi e é.

Outro ponto interessante e, que espero um comportamento da sociedade, da imprensa e do poder central é da valorização do Sistema Único de Saúde (SUS), que na minha humilde ótica, com toda dificuldade e cortes imensos de receitas, é quem ainda vai amenizar o que seria uma tragédia anunciada.

Outra coisa, que espero ter acontecido, mas que eu mesmo não creio que aconteça,  é que as pessoas passem a reconhecer quem são os verdadeiros heróis deste pais. 
Onde estavam os heróis da Seleção Brasileira? Onde estavam num momento de clamor da  sua "Pátria Amada",  os milionários deste país?

Nelson Mandela nos deixou uma frase que diz : "Se acham a educação cara, vejam por quanto sai a ignorância", se referindo ao Apartheid (Regime de Segregação Racial, da África do Sul).  Quero com isto,  expressar o valor da educação de um povo.

Lembro-me desta frase, quando vejo as pessoas, coitadas, em aglomerações, pelas ruas das cidades, não seguindo os quesitos mínimos , tanto aconselhados pelas autoridades. Será que elas não sabem o mal que estão fazendo a outras e a elas mesmas?

Espero também , que no final de tudo isto, tenham-se dado mais valor à vida do que aos bens econômicos.

Valendo-me destes argumentos,  eu espero que, o que vejo hoje nas ruas das cidades,  de ignorância frente a este inimigo, próximo e invisível, não nos  dizime pela metade.

Portanto, aí está o que pressinto, espero e não espero que ocorra.





5 comentários:

  1. João Maria, suas preocupações são muito legítimas e muitos ao redor do mundo têm as mesmas preocupações.Para os países que são ou serão atingidos com força, haverá um antes e um depois da pandemia.Esta situação é, entre outras, uma das consequências da mundialização a todo o custo, onde o importante não é o humano mas o lucro . Essa situação também revela, é verdade, alguns comportamentos egoístas ou inconscientes e outros mais generosos e responsáveis. O mundo é assim .....No entanto, quero manter-me positiva.Quero acreditar que com isso,aprenderemos a fazer as escolhas certas por um mundo mais justo e pela preservação do nosso planeta.

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    1. Obrigado, Joelle, que dentro do pico da doença na França, tem forças para mandar essa mensagem positiva. Que Deus proteja o povo francês neste momento tão difícil pra vcs e pra todos nós!

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  2. Parabéns pelo texto meu amigo ! AAbraço !

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  3. Ótimo, cronista e cordelista João. Objetivamente vc expressou o que todos desejamos. Em suma, esperamos maturidade, em nós e nos demais. Nota máxima.

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