domingo, 27 de maio de 2018
A Leneide Farias, uma singela homenagem - Gilberto Cardoso dos Santos
terça-feira, 15 de maio de 2018
Apresentação poética de "Crônicas da Casa de Maria Gorda"
No nosso rico passado Rosemilton garimpou E o que foi depurado Nesta obra entesourou São cenas poetizadas Crônicas bem costuradas Com a seda da inspiração Resgatando os personagens E as antigas paisagens Dignas de recordação. Nesta obra excelente, Cores cheiros e sabores Emergem do inconsciente Em textos encantadores. Mergulharemos aqui nas águas de um Trairi Que cruza a imaginação. Cada página, uma camada De cebola descascada Que tempera a emoção.
Ficção e realidade Se misturam belamente É a história da cidade Posta em conversa envolvente Maria Gorda abre a porta Do passado e nos transporta Para o que de bom havia Tocado, o leitor nos diz: Ah, como eu era feliz No entanto não sabia!”
Gente simples, nesta obra
ganha notoriedade
Há sentimento de sobra
ternura e simplicidade
em linguagem popular
Pôde o autor captar
A essência de um passado
que ao presente emoldura
digno da Literatura
pois deixa um grande legado.
Introdução versejada II (Hélio Crisanto)
Quanta beleza que emana Desta casa tão singela Personagens ganham vida Em cada beco e viela Vida de gente simplória Remoendo cada estória Guardada em página amarela Cada lembrança contida Arde na alma da gente Terezas, Lourdes, Marias Carnavais de antigamente Dos saudosos foliões Seus lendários casarões Resta saudade somente Casa de mil fantasias Onde reina o teu sobrado Decantada com destreza Por um filho apaixonado Que tão bem a descreveu Onde o tempo não morreu Na languidez do passado Casa que guarda segredos Dos rumores da cidade Presa na caixa do tempo Nas paredes da saudade Repleta de sentimentos Eternizando os momentos No sol da simplicidade
domingo, 13 de maio de 2018
PREFÁCIO DO LIVRO "Crônicas da Casa de Maria Gorda"
sexta-feira, 11 de maio de 2018
O Poder Transformador da Educação - João Maria de Medeiros
O Poder Transformador da Educação Num dia letivo reservado ao encontro com os pais dos nossos alunos, numa tarde na Escola Estadual Cosme Ferreira Marques ouvi de uma mãe um relato que nunca me esqueci. Eram umas 16 horas, e neste encontro, já se encerrando, surgiu essa mãe e pediu a mim e a Gilberto Cardoso, nossa opinião de como se encontravam seus dois filhos: um menino que devia ter uns 14 anos e uma mocinha , que deveria ter uns 15. Nós dois ainda nos encontrávamos ali, mas já quase de saída naquele momento. Os outros companheiros de trabalho já tinham se dirigido as suas residências. Ela quando ouviu de nós que seus filhos eram bons alunos e que tinham boas notas, nos disse: - "Não acredito como eles conseguem, pois estão passando por grandes dificuldades, pra não dizer “fome”. Arranjei um diabo de um macho, que acabou vendendo minhas vaquinhas. Do leite eu tirava o sustento dos meus filhos ! Tô arrasada! Meus filhos estão passando fome !" Depois daquele relato, saímos dali bem tristes. No dia seguinte fiz uma campanha em sala, com a intenção de ajudar aquela família dos nossos dois alunos, porém sem revelar os nomes deles. Todos ajudaram de alguma forma e saciamos a fome daquela família por uns dias. Na Bíblia está escrito que "Dai com a mão que a outra não veja, mas neste relato não posso esconder este fato. Dizem por aí que o mundo dá voltas, se referindo não aos caminhos da terra, mas as possibilidades de mudanças que podem ocorrer em nossas vidas. E foi o que ocorreu com esses nossos dois alunos;Apesar das dificuldades que passaram, eles estudaram, batalharam, se capacitaram e venceram. A mãe deles, hoje mora numa bela casa construída com a ajuda dos dois. O rapaz, hoje homem feito, passou em vários concursos e trabalha numa conceituada universidade pública federal e a irma, trabalha, ganha bem e tem dois empregos. Conversei com a moça esta semana e ela me disse as seguintes palavras: - "Eu e meu irmão tivemos a sorte de termos professores como vocês, que tinham o prazer de ensinar! Muito obrigada!" Vejam aí uma prova de que , apesar das adversidades da vida, podemos superá-las , dar a volta por cima e vencer. A educação tem este poder transformador da pessoa humana, tanto político-social e econômico, quanto intelectualmente. Isto deve ser valorizado o tempo todo e a escola precisa não de somente professores, mas sim de educadores na sua essência. Pelos menos, é essa a nossa opinião. João Maria de Medeiros é professor , poeta e cronista.
terça-feira, 1 de maio de 2018
Pedro Marceneiro
Pedro Marceneiro
Hoje, 30.04.2018, acordei muito cedo, pois pretendia desocupar um quarto. Trabalhadores viriam às sete para fazer reformas nas paredes. A principal tarefa seria desmontar uma cama.
Ao desmontá-la, refleti sobre o quanto permanecia firme, livre de cupins e absolutamente fixa após décadas de uso. Jamais rangeu ou vacilou.
Há vinte anos encomendei-a a um senhor evangélico muito simpático com quem muitas vezes conversava. Lembro-me de ter-lhe dito que queria uma cama de fato resistente, bem construída, de excelente madeira.
Hoje pela manhã, espantei-me com o estado dela e comecei a pensar em quem a fez, em como cumpriu à risca os meus desejos. Veio-me à mente a face risonha e sempre bem- humorada do senhor Pedro Marceneiro.
Grande parte dos que trabalham nessa profissão fazem jus à fama de enrolões; mas não era o caso de seu Pedro, que fez exatamente como combinamos, dentro do prazo estipulado.
Este e outros trabalhos que lhe encomendei foram todos feitos com esmero, não deixaram a desejar.
Como evangélico nunca foi homem de grandes arroubos emotivos; eram-lhes constantes o bom humor sereno, o trato respeitoso para com todos, a atenção despretensiosa dirigida a crianças e adultos, a paciência e a generosidade. Conversar com seu Pedro significava vivenciar bons momentos, ver um testemunho favorável à fé cristã.
Após tão boas recordações a respeito de seu Pedro, fui ao trabalho. Lá, um pouco depois das sete, seu filho entrou no grupo da escola para dizer-nos que ele acabara de falecer.
Para mim, que nele tanto pensara ao começar o dia, foi um choque profundo.
Ponho-me, com a cama ainda desmontada, a pensar nas lembranças - todas positivas - que ele deixou em mim e em tantos outros que provaram do calor ameno e jamais invasivo de sua suave presença.
Tenho uma prova viva do hábil profissional que foi e do homem que honrava sua palavra.
Convivendo com seus filhos, percebemos as marcas profundas que neles deixou. O exemplo de educação que lhes deu não foi em vão. Transmitiu à prole seus melhores caracteres, construiu neles estruturas que perdurarão gerações a fio, tão firmes quanto a minha cama.
Gilberto Cardoso dos Santos
30.04.2018
Marciano Medeiros: O grande campeão do V Festival Vamos Fazer Poesia
Marciano Medeiros: O grande campeão do V Festival Vamos Fazer Poesia
O dia 28 de abril de 2018 ficou marcado na história cultural do Sertão pernambucano e especificamente na história do Festival Vamos Fazer Poesia. Não apenas pela realização do V Festival, mas, porque 58 poetas (dos 103 inscritos) se fizeram presentes e homenagearam o grande poeta Zé Adalberto do Caroço do Juá.
A abertura do Festival se deu com um show dos violeiros repentistas, Diomedes Mariano e Raimundo Borges e os grandiosos poetas, deram um brilho especial à tarde da poesia. O festival também foi agraciado com um grandioso show de Chico Arruda e seu grupo, interpretando o saudoso poeta, Zé Marcolino. No final do evento, o mestre de cerimonial, Júnior Duarte, anunciou os 10 melhores poetas da tarde desse sábado (28), e o título de CAMPEÃO, foi dado ao poeta Marciano Medeiros, representando a cidade de Santo Antônio-RN que participou pela primeira vez do maior FESTIVAL DE POESIAS DO MUNDO nesse formato. O poeta recebeu um cheque que lhe dará direito de publicar a sua obra poética na Desafio Art & Gráfica e Editora. Serão 500 exemplares do seu livro contendo 100 páginas.
Na ordem, os 10 poetas que foram agraciados com um troféu nos seus respectivos lugares.
1º Marciano Medeiros – Santo Antônio-RN
2º Ramon Medeiros – Patos-PB
3º Heliodoro Morais – Caicó-RN
4º Luiz Gonzaga – Limoeiro do Norte-CE
5º Bandeira Júnior – Caucaia-CE
6º Maria Farias – Santa Terezinha-PE
7º Aldecir Bessa – Limoeiro do Norte-CE
8° Plácido Amaral – Caicó-RN
9º Anne Karollyne – Campina Grande-PB
10º Nildo Soares – São José do Egito-PE
Esse ano o FESTIVAL VAMOS FAZER POESIA, premiou na categoria de declamação e três poetas foram eleitos os melhores declamadores da tarde e noite da poesia: A poetisa Anne Karolynne-Campina Grande-PB, ficou em primeiro lugar, a poetisa Nicolle de Oliveira-Ipueiras-CE, foi a segunda colocada e Renato Santos-São José do Egito-PE, ficou em terceiro lugar.