sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Passa um vento zumbindo no telhado, Parecendo um sinal do fim mundo - Glosas












(Hélio Crisanto)

O céu negro coberto de poeira
Entre raios, trovões e nevoeiro
Anuncia de longe o aguaceiro
No momento daquela barulheira.
O relâmpago formando uma lareira
Parecendo um ciclone bem ao fundo,
Derrubando em menos de um segundo
Pé de árvore, casebre e até gado;
Passa um vento zumbindo no telhado,
Parecendo um sinal do fim mundo


(Jarcone Vital)

Na frieza das noites de inverno
Quando a prole descansa em seu regaço
Eu debulho a diária de cansaço
Rabiscando nas folhas de um caderno
De uma força maior sou subalterno
Que me faz cair num sonho fecundo
E desperto a pensar por um segundo
Que lá fora tem algo de errado
Passa um vento Zumbindo no telhado
Parecendo um sinal do fim do mundo...


(Don Itanildo)

Tava em casa sem ter o que fazer
Sossegado e tranquilo nessa noite
De repente o vento deu um açoite
Que fez o meu corpo estremecer
Não sabia o que iria acontecer
Pode crer tomei um susto profundo
Me deitei parecendo um moribundo
Nas cobertas fiquei apavorado
Passa um vento zumbindo no telhado
Parecendo um sinal do fim do mundo.


(Gilberto Cardoso)

Vejo um raio a cortar o céu escuro
e a poeira a subir no vendaval
é de chuva um nítido sinal
A tormenta me deixa inseguro 
mia um gato correndo sobre o muro
A gemer ouço a voz de um vagabundo
Das montanhas distantes oriundo
Vem um sopro gigante inesperado 
Passa um vento zumbindo no telhado
Parecendo um sinal do fim do mundo.

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