segunda-feira, 2 de novembro de 2015

PARA ONDE IREI? - CLÁUDIA BORGES


Para onde irei,
Quando meu corpo inerte, baixar a tumba fria?
Quando o Seol for minha moradia.
O véu da noite, engolir meu ser.
Junto com os sonhos, se for o meu viver,
Para onde irei, neste tenebroso dia?

Tão apenas sou alma vivente?
Sem o fôlego da vida, minh'alma morrerá?
Se esta força que me faz respirar,
De mim, esvair-se num segundo,
Haverá então um outro mundo,
Onde eu continue a caminhar?

Ou tudo acaba ali?
De mim restando apenas a lembrança,
No peito de quem fica; A esperança,
A história de quem se foi pra não voltar,
seria possível, o processo retardar,
E com a morte fazer-se aliança?

Céu, inferno,ambos me atormentam
Em minha mente, confusa indagação;
Vislumbro o rio Estige e macabra embarcação
De caronte a figura tenebrosa
Em contraste uma paisagem esplendorosa
de vida, beleza, encanto, adoração!

Finalmente , sendo eu racional,
Nesta existência, de meu destino eu sou SENHORA
vivendo o hoje, o aqui e agora,
Vejo a vida como um todo de igualdade
Irracionais, assim como a humanidade,
ALFA OU ÔMEGA, SÃO IGUAIS, NAQUELA HORA!!

Claudia Borges

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