A dualidade da vida é uma lei constante,
é dicotomia implacável:
quem nasce escuro é negro
quem nasce claro é branco
quem tem ideia tem força
quem só tem força trabalha
quem tem poder tem a sorte
quem não tem sorte tem a morte
quem tem arma tem a paz
quem só tem paz tem a guerra
quem tem voz tem o voto
quem só tem voto fica devoto
quem tem amor tem sexo
quem só tem sexo tem complexo
quem tem alegria tem o riso
quem tem agonia só tem risco
quem tem comida tem o sono
quem não tem pão só tem fome
quem tem luxo tem o sonho
quem só tem lixo vira bicho
quem tem o grito abre a porta
quem só tem grilo engorda
quem tem a lei não tem dúvida
quem só tem dúvida
paga a dívida.
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