quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A força da seca nordestina - Hélio Crisanto


Quando a chuva se afasta do sertão
Sertanejo na roça sente o drama
Jitirana se enrosca e seca a rama
Seca poço, cacimba e cacimbão
Um garrote se arrasta pelo chão
O cardeiro com sede se inclina
Revoadas de aves de rapina
Cruza o céu a espreita de uma ossada
A caveira de um boi abandonada
Mostra a força da seca nordestina


(Hélio Crisanto)


3 comentários:

  1. Seca cruel, Hélio, tão bem retratada por você neste poema.
    Parabéns!

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  2. É uma pena que o nosso agricultor
    Veja o gado morrendo e sofra só
    Com somente Adriano pra ter dó
    Em seu verso que mostra toda dor
    Igual Hélio Crisanto publicou
    Até foto provando triste sina
    Só tristeza se vê que desatina
    E os políticos sorrindo fazem nada
    A caveira de um boi abandonada
    Mostra a força da seca nordestina.

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  3. “Vocês que fazem parte dessa massa
    Que passam nos projetos do futuro”
    Já dizia um cantador em verso puro
    Lamentando uma dor que nunca passa
    Já faz tempo se repete essa desgraça
    Sabe Deus quanto cessa essa rotina
    Enquanto se pensar que isso é sina
    Muitos votos vão vale uma ossada
    A caveira de um boi abandonada
    Mostra a força da seca nordestina

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