sexta-feira, 22 de junho de 2012

PALMILHANDO AS VEREDAS DO SERTÃO... – Hélio Crisanto


Quando a seca castiga o sertanejo
o fantasma da fome bate a porta,
um cachorro devora uma rês morta
que um abutre deixou como sobejo,
o matuto se muda num cortejo
revelando que ali a coisa é séria,
e a coruja zombando da matéria
sobre a cruz esquecida de um pagão;
palmilhando as veredas do sertão
deparei-me com cenas de miséria...

3 comentários:

  1. Hélio,

    Belo retrato poético da seca, que, vez por outra, flagela nosso Sertão.

    Parabéns!!!

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  2. Parabéns poeta! Seus versos sempre excelentes!

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  3. Hélio, você versa o sertão como poucos. Parabéns!
    Marcelo Pinheiro.

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