segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Autorretrato - Goimar Dantas





Eu sou a menina da ri...ma,
bailarina de retina,
nordestina da toada,
potiguar lá do Cordel.
Filha de Pedro e Maria,
neta do seu Zé Dantas
e sua amada Luzia.
E também de Pedro Horácio
e da sagaz vó Maria.
Sou fruto da terra seca.
Amante do som da chuva.
Do estrondo do trovão.
Da melodia do mar. 

Feliz vassala dos textos,
da prosa, da sintonia,
do engenho da palavra:
eu sou a febre de amar
Eu venho de outras paradas,
do Rio Grande do Norte.
Daquele sertão sem sorte,
mas cheio de poesia.
Gene das gentes bravias,
dos violeiros da feira,
das histórias infinitas
que nunca vão se acabar.
Espécie de Sherazade
que narra ao raiar do dia,
dorme sonhando versos
e acorda pra lapidar.
Eu tenho a pele morena,
do sol dos meus ancestrais,
que ardiam noites e dias,
sempre querendo mais.
Eu trago o verbo na alma,
escrevo sem ter papel,
desafio na embolada:
eu sou linha e carretel.
Sou fã de Manuel Bandeira,
de Carlos Drummond de Andrade
e penso que Adélia Prado é
anjo que vem do céu.
Entendo que Hilda Hilst,
pitonisa da paixão,
foi condutora de um tempo,
da marcha do coração.
Eu quero é parir poemas,
dar à luz nas madrugadas,
achar a palavra exata
na hora em que precisar.
Eu sou fiel aos meus livros,
e a vontade insaciável,
de descrever o não-dito,
tesouro bom de encontrar.
Sou Diana Caçadora
e vivo de articular
idéias soltas no espaço,
tramas em pleno ar.
Eu sou lápis apontado,
nasci para registrar,
para versejar enredos
e personagens sem par.
Se ainda não me conhece,
atente! Pode apostar,
meu nome é bem diferente.
Prazer, eu sou Goimar.

São Paulo, às 12h30
14/01/2007


Um comentário:

  1. Poesia para Goimar em seu aniversário
    (19/02/2012)

    Eu quero neste momento
    Desejar-te parabéns
    Sei que ao teu lado tens
    Os melhores dos presentes.
    Por isso sei que tu sentes
    Tamanha felicidade
    Não importando a idade
    Com Maurício sempre ali
    Não duvido que é aí
    Que se vive de verdade .

    A Tatá sempre a sorrir
    Aquele sorriso franco
    Vira e mexe, vez em quando
    Mostrando que é feliz .
    O Yuri é quem diz
    Palavras que me dão gosto
    Hoje ainda me comovo
    Com sua frase de alento :
    _ Tchau , Vó ! Daqui a um tempo
    A gente se vê de novo .

    Essa gente é teu presente
    É tua terra , é teu norte
    É também teu braço forte
    Amigos de caminhada.
    Com eles nesta jornada
    Parece nada faltar
    Muito mais te faz brilhar
    Redundante é tua luz
    E a todos “você” conduz
    Com eles te faz rimar.

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