sexta-feira, 15 de julho de 2011

O QUE EU SEI - Hélio Crisanto


Eu só sei cortar mato de enxada
Amansar burro brabo e fazer broca
Dá solfejos com flauta de taboca
E tirar leite rompendo a madrugada
Meu cardápio é queijo com coalhada,
Rapadura batida com feijão
Já botei muita água de galão
E enchi pote com água de barreiro
Sou poeta, matuto e violeiro
E as histórias que conto é do sertão.

12 comentários:

  1. O que sabes fazer Hélio, é transmitir a alma seraneja através dos teus bonitos poemas que não cessam de comover-nos.
    Abração amigo !!!

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  2. Mais um poema com a marca indelével de Hélio Crisanto!!!
    A bela e tocante simplicidade do campo e do sertanejo!

    Mais uma pérola, Hélio!

    Nós agradecemos!

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  3. Hélio Crisanto,

    Não sou igual a você um poeta e violeiro
    mas também me acho um tremendo beradeiro
    Para mim não era nenhuma aflição
    comer preá com batata, fava ou feijão
    apenas fui feliz na Serra do Formigueiro
    Na época nada era sofrimento
    ia pra escola no lombo dum jumento
    Sua poesia recorda cada situação
    do sertão e das coisas boas de lá
    Hoje sou apenas um matuto que vive na “capitá”.

    Roberto Flávio

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  4. Parabéns grande poeta Hélio, excelente poema.

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  5. Também sou um matuto
    Que já fiz muita matutagem
    Tomei água num cabaço
    Medi feijão numa cuia
    Fui muito desmantelado
    Na vestimenta desleixado
    Plantei milho e mandioca
    Na terra de seu “Mané”taboca
    Dancei até em cabaré
    Com uma quenga chamada Maria pé de chulé.

    Uma voz anônima!

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  6. Parabéns Hélio,por ser excelente nesse gênero de poesia popular.Este gênero que vem através dos tempos, demonstrar o grande poder criativo dos nossos bardos.

    Lindonete Câmara

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  7. kkkkkkkkkkkk Gostei de tudo!
    Que tanto poeta nessa terra de Stª Cruz.

    joão

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  8. vou só repetir as palavras de Teixeirinha: "mais um poema com a marca indelével de Hélio Crisanto!".
    show!

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  9. Anônimo dos Anônimos

    Você faz o seu verso de uma forma
    que provoca na mente uma imagem
    as palavras vão dando a roupagem
    de beleza externa que conforma
    eu não tenho o domínio dessa norma
    de extrair com um verso uma emoção
    o que faço são rimas sem noção
    pois não tenho o dom de violeiro
    fico aqui esperando o tempo inteiro
    que me conte histórias do sertão.

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  10. Fico agradecido aos amigos pelos comentários elogiosos

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  11. todas as poesias desse cara são otimas valeu amigo continue assim

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  12. Hélio Crisanto e Roberto Flávio.

    Não tenho veia poética
    nem a arte de tocar concertina
    até hoje guardo o sabor
    da fava, preá e avoador
    cozido ao forno lenha no sítio do vovô.

    Jadson Umbelino.

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