AGRADECIMENTOS
I
Nem as noites mal dormidas
Nem os sonhos delirantes
Os pesadelos constantes
Nem as lágrimas não contidas
Isentaram nossas vidas
Desta grata recompensa
Que foi alegria imensa
De revê-la em nosso convívio
Que me trouxe um grande alívio
Foi tua honrosa presença.
II
Quem tem amor se declara
E demonstra sinceridade
E se, por casualidade,
Um casal não se separa
Sem brigar? É coisa rara
Por ciúmes ou traição
Mas se a separação
For apenas por uns dias
Triplicará as alegrias
Na reaproximação.
III
Comigo aconteceu
Minha esposa viajou
Quando pra mim acenou
Um nervosismo me deu
O corpo inteiro tremeu
Foi grande a minha emoção
Até o meu coração
Não pôde bater direito
Não tem doutor que dê jeito
À dor da separação.
IV
Também, em compensação,
Aquela vivência morna
Quando a esposa retorna
Já toma outra direção
Nota-se que o coração
Bate menos acelerado
Se vendo pressionado
E dando boas-vindas à dona
Que também o recepciona
Com um abraço apertado.
V
A união de um casal
Não pode ser destruída
E nem tão pouco traída
Isso é falta de moral
Quem quiser fazer o mal
A si próprio ou à caseira
Pratique esta leseira
Troque um amor verdadeiro
Por um outro aventureiro
Para voltares ligeiro
A fim da ex-companheira.
Autor: JOSELITO FONSECA DE MACEDO, vulgo DAXINHA.
27/10/2006
JOSELITO FONSECA DE MACEDO, mais conhecido como poeta Daxinha, nasceu em Cuité/PB, em 14/08/1938. Filho de José Adelino de Macedo e Maria Marieta da Fonseca, nasceu na zona rural de Cuité, mais precisamente no Sítio Boa Vista do Cais, popularmente conhecido como Sítio Pelado. Aos 20 anos, viajou para os estados de Minas Gerais e Goiás, onde trabalhou como agricultor e vaqueiro. Mas foi no estado de São Paulo que se fixou, trabalhando como metalúrgico nas principais usinas siderúrgicas da região do ABC paulista. Retorna à Paraíba em 1985, retomando suas funções de agricultor. Sempre gostou de poesia, sobretudo, do gênero cordel no qual, ainda menino, já escrevia seus primeiros versos. O retorno a Cuité aproximou-o ainda mais de suas raízes, fazendo-o mergulhar com mais fervor no mundo da poesia. Sempre convidado a se apresentar em eventos culturais da cidade, seus versos focavam, principalmente, no cotidiano das pessoas simples – como ele mesmo o era. Tem como obras publicadas um CD de poesias intitulado: “Poeta Daxinha – Um Amante da Poesia”, o cordel “O batente de pau do casarão” e uma participação póstuma no livro “APOESC em Prosa e Verso”, do também poeta Gilberto Cardoso dos Santos. Casado, pai, avô e bisavô, o poeta Daxinha faleceu em 04/05/2016, em Campina Grande/PB, vítima de insuficiência cardiorrespiratória. (Jaci Azevedo, filha)
Maravilhoso!!
ResponderExcluirMeu pai ficou 37 dias sem minha mãe, quando ela foi a Boa Vista/RR, por ocasião do nascimento do meu filho. A "roedeira" era grande - de um lado e de outro...
Coisas do amor...
Que coisa linda meu Deus! Arrasou 🥰🙏
ResponderExcluirExcelente e merecida considerações.
ResponderExcluirQue Deus o abençoe onde estiver
Q deus a abençoe
ResponderExcluirExcelente muito interessante