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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

FMPB 2024: A MONTANHA QUE PARIU UM RATO

 



FMPB 2024 DA UFRN: A MONTANHA QUE PARIU UM RATO


O Festival Música Potiguar Brasileira (FMPB), criado em 2011 pela Rádio Universitária (88,9 FM) tem o declarado objetivo de valorizar a diversidade musical, “divulgando e premiando gravações inéditas”. Se encontra em sua 11ª edição e tem prestado um nobre serviço à cultura musical do RN. Trata-se de um projeto grandioso que, infelizmente, tem deixado a desejar em sua execução.

Na qualidade de entusiasta do evento, elencarei pontos críticos, merecedores de imediata atenção por parte dos organizadores.

É preciso ter mais cuidado com o descaso, desatenção e/ou desonestidade dos participantes. Alguns parecem não ter lido o edital. No caso de comprovada má-fé, talvez fosse bom pensar em uma punição que vá além da simples desclassificação. O infrator poderia, por exemplo, ser impedido de participar do próximo festival ou pagar uma multa. Isso teria um efeito pedagógico e incentivaria o comportamento adequado. Se a punição continuar sendo a simples desclassificação, o “se colar colou” continuará em alta.

Este festival tem um compromisso com a ética, com a cidadania. O teor das músicas visa promover ideais humanistas. O mesmo se deve esperar dos que participam do festival. Assim como os professores da UFRN são zelosos na correção de trabalhos acadêmicos, deve essa equipe fazer jus ao espírito da instituição e ser rigorosa na análise das composições concorrentes.

É preciso ter um mais claro critério quanto ao lugar em que o candidato poderá se inscrever. Se há fases de classificação em cidades do interior e se o objetivo é estimular a participação de artistas que residem fora da capital, não se deve permitir que concorrentes da capital tenham direito a se inscrever em outros polos, exceto com pertinentes justificativas.

Assisti presencialmente à fase eliminatória em Santa Cruz e fiquei encantado com a qualidade do evento. Chamou-me a atenção a participação de um estrangeiro, um hermano, que viera da região litorânea para se inscrever em Santa Cruz. Perguntei-me por que ele não havia optado por Natal, bem mais cômodo pra ele. Teria sido para ter mais chances e driblar a concorrência na capital? Indagou-me alguém. Após o show, perguntei diretamente a ele se viera apenas para participar do evento, e disse-me que sim.

A música dele obteve o primeiro lugar. Dias depois, descobriu-se que a canção não obedecia aos critérios do edital: não era inédita. Estava disponível há anos no YouTube e já era apresentada por ele em seus shows.

As equipes encarregadas de dar aval a essas composições precisam ser mais criteriosas quanto às possibilidades de plágio ou de falso ineditismo.

Segundo alguns concorrentes, no julgamento ocorrido em 14.11.2024, três ou quatro músicas não deveriam ter direito à participação na finalíssima, pois não eram inéditas. Um dos participantes disse que entraria com ação caso fosse prejudicado no julgamento. Penso eu que deveria ter feito isso antes, não guardar como trunfo para depois dos resultados.

De qualquer modo, essa tarefa compete à comissão julgadora, aos responsáveis pelo recebimento e aceitação das músicas. Na primeira página do edital, lemos:

 


Fico surpreso ao constatar a dificuldade que a equipe responsável pelo Festival parece ter de detectar algo tão fácil de ser descoberto. Seria descaso, pouco empenho, falta de tempo ou o quê? Digo isso porque enquanto assistia pela Net o festival, fiz rápida pesquisa e descobri que a música campeã da noite estava fora do critério estabelecido no edital. Isso ocorreu depois que uma das melhores vozes do evento, em  uma de suas falas declarou que sua música era o carro-chefe de um disco, cuja criação e tentativa de divulgação remontava a 2019. Facilmente encontrei um link onde, a partir do minuto 28:27, a música campeã “Passatempo” é cantada e divulgada no podcast do Programa Sons do Brasil da Rádio USP, ocorrido em 22 de dezembro de 2019

https://sonsdobrasil.mus.br/sons-do-brasil-244-cida-lobo-e-edinho-oliveira/ 


Foi precisamente esta a música campeã!

Decerto será constrangedor, mas a premiação deste ano precisa ser revista, caso, como, se espera, a UFRN prime pela correção e justiça.  Pessoas foram prejudicadas nesse festival! Músicas excelentes, e inéditas na correta acepção do termo, ficaram de fora.

É importante que se busque um sistema mais equilibrado de escolha das peças musicais. Na capital, um número bem alto de composições concorre a bem poucas vagas, ao passo que nos demais polos é baixíssima ou nenhuma a concorrência. Na prática, excelentes produções acabam ficando de fora na hora da escolha e outras, não tão boas, acabam entrando na competição. Como resolver esse impasse? É algo que merece a reflexão dos responsáveis pelo projeto.

Quanto à premiação, não há o que criticar. Um valor relativamente bom, embora (a julgar pelo que houve no 10ª Edição) demore-se muito a pagar. O local escolhido para a finalíssima não poderia ser melhor: o Teatro Alberto Maranhão. Lamentavelmente, porém, o sinal de transmissão via Youtube deixou muito a desejar.

Trata-se de um evento grandioso, com significativa repercussão nos círculos  acadêmicos e enriquece a cada ano a programação da FM Universitária. Dai a metáfora da montanha. Enorme é o potencial desse projeto, ainda não explorado à altura.

Pelas razões elencadas, percebe-se um desânimo crescente por parte de talentosos artistas que participaram desta e de outras edições. O festival tem perdido credibilidade por causa dessas falhas gritantes e imperdoáveis. Nada, porém, que não possa ser corrigido, principalmente nas próximas edições.


Gilberto Cardoso dos Santos


Link do Festival: https://www.youtube.com/live/KAACRmRoiNk?si=5VwzpldUwQUjZZ-U


Obras de Gilberto Cardoso




 

sexta-feira, 26 de julho de 2024

HOMENAGENS A J. BORGES (Xilógrafo, Cordelista, Pintor e Entalhador)


(Bezerros, 20 de dezembro de 1935 – Bezerros, 26 de julho de 2024)


UM LOUVOR A J. BORGES (Gilberto Cardoso dos Santos)

 

No ano mil novecentos

E trinta e cinco nasceu,

Na cidade de Bezerros,

Este ser que enriqueceu

A cultura popular

Com seu traço singular

E ao Brasil engrandeceu.

 

Até em solo europeu

Teve reconhecimento.

O grande Papa Francisco

Viu num quadro o seu talento.

O recebeu de presente

De Lula, o então presidente,

Durante importante evento.

 

Fez da arte o seu sustento,

Foi muito bem sucedido.

Também por FHC,

Ele foi reconhecido.

Da UNESCO prêmio ganhou,

Também aulas ministrou

Na Europa e foi aplaudido.

 

Tornou-se muito querido

Por suas xilogravuras

Nas capas de seus cordéis,

Também nas suas pinturas.

Por sua tenacidade,

Dons e criatividade,

Pôde alçar grandes alturas.

 

Ao traçar simples figuras

Com goivas e com pincel,

Exaltou nosso nordeste,

Deu nova vida ao cordel.

Nós jamais o esqueceremos,

Pois gratos reconhecemos

Seu relevante papel.

 

A morte, sempre cruel

Tentou, tentou e o venceu.

Foi no dia dos avós

Que o vovô Borges morreu.

O ilustre pernambucano

Foi se encontrar com Ariano

Que o louvou e enalteceu.

 

Que a vida que ele viveu

Nos sirva de inspiração.

Que seus cordéis possam ser

Lidos por toda a nação.

Que tão belas produções

Encantem mil gerações

Através da educação.


Autor: Gilberto Cardoso dos Santos






VERSOS SOBRE J. BORGES (Samuel de Monteiro) 

J. Borges, nosso mestre
Partiu pra Corte Celeste
Foi encontrar Ariano
Outra figura inconteste
No mundo da poesia
Os dois passaram no teste!

Como ele sempre dizia:
Xilogravura é gravura
Entalhada na madeira
Do sertão, a arte pura
Xilógrafo é o nome
De quem faz xilogravura

Viajou o mundo todo
Levando o nosso Sertão
Da cidade de Bezerros
Encantou toda a Nação
Na arte, a simplicidade
Carregada de emoção

Viveu bem todos os dias
Deixando um grande legado
Seus filhos, netos, sobrinhos
Aprenderam lado a lado
Nena foi porto seguro
Do nosso mestre afamado

Pablo Borges representa
Sua continuidade
Bacaro, filho caçula
Imprimiu modernidade
Outros talentos seguiram
A sua simplicidade

As prosas e o riso solto
As histórias do passado
Borges nos impressionava
Com o pensamento aguçado
Trabalhou até o fim
No seu ofício sagrado

Com seu jeito sertanejo
Representou nossa gente
No seu traço, nos mostrava
Nossa cultura potente
A paisagem nordestina
Sempre estava, ali presente

Agradeço humildemente
Seu carinho e amizade
Nossas prosas e trabalhos
Anos de cumplicidade
Siga em paz, mestre querido
Hoje nós somos saudade!

(Autor: Samuel de Monteiro)












REFLEXÃO SOBRE A PERDA DE  J. BORGES

A vida é rio que corre
Para o mar da eternidade,
O mundo, um vale de lágrimas,
De dor, tristeza e saudade,
É também o grande palco
Onde atua a humanidade.
A vida também é sonho,
O teatro do impossível,
J. Borges, que elevou
A gravura a novo nível,
Em sua arte retratou
O real e o intangível.
O nosso destino aponta
Para o caminho da cova.
Quem é eterno não morre,
Deixa a arte como prova
E, na matéria dos sonhos,
Em seus filhos se renova.










A Chegada do J. Borges no Céu 

(autor desconhecido)


Na manhã de um dia santo,

Num céu de azul claridão,

Chegava J. Borges sereno,

Com o coração na mão.

O poeta da xilogravura,

Vindo da terra, em oração.

 

Lá no alto, Deus aguardava,

Com sorriso de afeição.

"Bem-vindo, mestre dos versos,

Filho dessa nação."

J. Borges olhou encantado,

Sentiu paz no coração.

 

Dom Helder Câmara surgiu,

Com seu olhar de bondade.

“Poeta, tua arte é grande,

Tua luta, liberdade.

Em teus versos, sempre ecoa,

A voz da nossa verdade.”

 

Eis que Lampião aparece,

Com Maria Bonita ao lado,

“Poeta, conta as histórias,

De um sertão sofrido e amado.

Nas tuas linhas e traços,

Nosso destino é contado.”

 

Paulo Freyre, de saber,

Com livros nas mãos surge então,

“Educação é o caminho,

Pra mudar toda a nação.

J. Borges, tua arte é luz,

Na estrada da formação.”

 

Violetta Arrães se aproxima,

Com seu canto a encantar.

“Poeta, tua inspiração,

Nunca deixará de brilhar.

Nas feiras e nas ruas,

Teu nome vão sempre aclamar.”

 

J. Borges, emocionado,

Com lágrimas de gratidão,

Agradece a cada um,

Por tamanha recepção.

E no céu dos grandes mestres,

Encontra a paz no coração.

 

“Deus, te agradeço, ó Pai,

Por me trazer até aqui,

Onde os grandes se reúnem,

E a poesia não tem fim.

Prometo continuar cantando,

Mesmo após o meu fim.”


E assim, J. Borges no céu,

Com sua arte a encantar,

Continua a escrever cordéis,

Para o povo celebrar.

Eternizando em xilogravuras,

Histórias que fazem sonhar.










Panegirico para J. Borges

O cordel era nossa cartilha
informava sobre o mundo
de cangaceiros e guerras
acidentes e desastres
diversão e informação
Foi assim que J. Borges
Desasnou para o mundo
E criou algumas centenas
Desses folhetinhos
Hoje povo não tem tempo
Escreve pouco e sacanagem
J. aprendeu fazer xilos
E espalhou pelo mundo
Ariano ajudou a divulgar
melhor gravador popular
fazia umas figuras feias
O povo gostava de
macacos e diabos
a vida secreta da mulher feia
A mulher e o diabo
A chegada da prostituta ao céu
foi seu maior sucesso no cordel
"depois disso a prostituta
foi fazendo o que bem quis
botou galha em São Pedro
namorou com São Luiz
tirou sarro com São Bento
no beco do chafariz".

João da Mata Costa




segunda-feira, 15 de julho de 2024

HOMENAGENS PÓSTUMAS A ZÉ DA LUZ



VERSOS A JOSÉ DA LUZ

 (Gilberto Cardoso dos Santos)

 

Zé da Luz, o educador

Zé da Luz, tão educado

Zé da Luz, bom escritor

Zé da Luz, o iluminado.

 

Zé da Luz tão amigável

Tão amigo do saber

De cultura admirável

Zé da Luz, bondoso ser.

 

Zé da Luz, grande leitor

E que de forma bem prática

Ensinava com amor

Literatura e gramática.

 

Zé da Luz, o aforista

Autor de bons pensamentos

Além disso, bom cronista

Repleto de bons intentos.

 

Zé da Luz que à luz da fé

Sempre deu toda atenção

Deixa-nos a Luz do Zé

Escritor e cidadão.

 

Zé da Luz que iluminou

A vida de tanta gente

Decerto não se apagou:

Ficará na nossa mente.


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Meus sentimentos à família de Zé da Luz pela irreparável perda!

No dia anterior à morte do amigo José da Luz, tive um sonho curioso: uma mulher não identificada me dizia: "Tenho notícias sobre Zé da Luz. Amanhã ele sairá."

E eu ficava surpreso com a informação, feliz, mas me perguntando como é que ele já seria tão rapidamente extubado. Acordei, perguntando-me se não poderia significar outra coisa. No dia seguinte, recebi a notícia de sua triste partida.
De fato, ele saiu, mas não como gostaríamos.

José era um dos colaboradores de nosso blog. Tive a honra de ser seu aluno em um curso de extensão e de entrevistá-lo durante a pandemia. Acompanhei seus textos desde o tempo que os imprimia rudimentarmente e vi a realização de seu sonho através da Editora CJA: dois livros publicados e um em processo de produção.

Da última vez em que aqui esteve, conversamos longamente sobre literatura, política e espiritualidade.

Um abraço carinhoso a todos os familiares e amigos que deram o melhor de si a favor dele e clamaram por sua recuperação.
Gilberto Cardoso



Santa Cruz se despede de um dos seus mais ilustres moradores: José da Luz.

Mestre, você era Luz até no nome e com certeza deixará um pouco de sua luz em cada coração que teve a honra de dividir sua amizade e sorver um pouco do seu vasto conhecimento e da sua simplicidade que ensinava tanto.
Grande Poeta e Professor, Santa Cruz sentirá imensamente sua falta.
Sua poesia ficará ecoando em nossos corações.
Um abraço apertado em sua grande musa Maria Salete , companheira amorosa até o último momento.
Um abraço também em sua irmã Veronica Costa e em todos os familiares e amigos enlutados.
Vai na Luz, Mestre José Luz!

Ileane Cavalcante



Cala a voz de um amigo.            

Vem o sentido da dor.           

Para-se mais um sorriso          

Que o tempo carregou.


Seu olhar não tem resposta.          

A morte abriu as comportas.         

E as águas das deformas.              

O seu corpo derrubou.


Que o majestoso criador do universo o acolha em bom lugar.

Tony Camilo




Zé da Luz vai fazer muita falta. Sua doçura, cordialidade e alegria jamais serão esquecidos. Sem falar na sua inteligência, sagacidade e seu talento literário.

Jamais esquecerei suas aulas e seus ensinamentos. Jamais esquecerei a sua delicadeza no dia em que lancei meu livro. ele esteve rapidamente na Cooperativa Cultural porque estava dando aulas. Foi um gesto tão delicado aquele.

Adeus, querido professor. - Andréia Braz


Com profunda tristeza, prestamos nossas condolências aos familiares e amigos pela partida precoce do nosso amigo, escritor e professor José da Luz @prof.jluz Sua contribuição à literatura será eternamente lembrada.

🕊️📚 Que sua sabedoria e legado continuem a inspirar gerações. Descanse em paz, José da Luz! - Cleudivan Araújo, sócio fundador da Editora CJA.

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Cada um de nós à sua maneira torcemos pela recuperação de nosso querido professor. Não houve um dia sequer que ele não estivesse em meus pensamentos. O Rio Grande do Norte perdeu um mestre, um grande pensador, um sensível poeta. Nós perdemos tudo isso, e sobretudo, um AMIGO. Estou triste! E agora José? Que todos os seus ensinamentos sejam sempre agasalhados em minha gratidão! Para onde você marcha, José? Para o livro da memória dos grandes! – Marcos Cavalcanti

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Nunca vou-me conformar com o desfecho da vida! Todos eles são tristes, quando não trágicos! Nunca vou-me conformar quando um alma boa, um espírito puro deixa seu corpo frágil pra habitar outra dimensão! Cara, isso é muito injusto com os que ficam! Agora choro pela partida de um grande amigo, parente e irmão camarada de tanto tempo! Vá em paz, José da Luz Costa, essa porra aqui está muito poluída pra um ser inteligentíssimo, humilde e tão bom feito você! Vou sentir saudade, cara, de sua sapiência em prosa e verso, de seu sorriso saudável, de sua voz mansa, acolhedora e certeira! Tanta gente ruim neste nosso mundo e logo você é o escolhido da vez! Vá ser feliz onde quer que vá! Adeus, meu amigo! - Nailson Costa

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Referência na Educação de Santa Cruz, professor José da Luz muito inteligente, competente e esforçado. Brilhou na sua missão e vai brilhar ao lado de Deus. Tive a felicidade de desfrutar da sua amizade no NURE e na UFRN. Meus pêsames aos familiares e amigos. - Josirene Olegário

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Um professor, um amigo, um irmão, um tio, um filho, um neto, um esposo, um pai, um avô. Não importa o parentesco. José da Luz da Costa (Zedaluz) será sempre lembrado por ter sido tão determinado. Estudioso e trabalhador. Fiel, esposo e pai. Um provedor. Na sala de aula, me lembro bem, era o início da sua carreira docente, fui sua aluna na antiga CNEC. Era muito jovem e já carregava a essência do profissional responsável. Era um tanto tímido. Sabia dominar com destreza e maestria a sua disciplina. Era disciplinado. Dali pra frente, foi ganhando espaço no território docente no Rio Grande do Norte. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ganhou todos os títulos referentes ao seu alcance e amor pelo que fazia. Deixa o exemplo para os filhos e netos. Deixa a saudade que jamais será esquecida. Deixa o emblema da paz. Deixa o espaço que jamais alguém preencherá da mesma forma. Cada um tem sua maneira de ser e de ter. Cada um tem uma personalidade, uma educação, um caráter, um coração. Vivamos hoje como se fosse o último dia. A vida é curta demais. Professor Zedaluz era muito ESPECIAL
❤️🙌
Meus sinceros sentimentos à minha amiga Maria Salete . Que Deus console, conforte os vossos corações enlutados. - Bernadete Oliveira

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Zé virou Luz
Fico imaginando uma plêiade
Coordenada por Jesus
Dizendo a um Querubim:
Esse que voce conduz
É poeta e escritor
Entre, grande professor
Se sinta em casa, Zé Daluz!
(Mestre Juarez Queiroz, 15 de Julho de 2024.)

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Santa Cruz de luto, pela partida do seu ilustre filho - José da Luz. Doutor das letras, poeta e professor na UFRN. Atuou em várias escolas e no antigo NURE. Seu legado na educação é vasto, e a saudade já é imensa.
Que Deus conforte minha querida amiga, e companheira de trabalho Veronica Costa Zin, e todos os seus familiares. Força! - Débora Raquiel Lopes

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Grande, imenso, extraordinário Zé da Luz!!! Fonte de saber, de alegria, de simplicidade,...! Botafoguense forte! Orgulho de nossa comunidade! Intelectual e professor como poucos! Conheci você, Zé da Luz, por meio de meu pai, que muito lhe queria bem. Você me contou certa vez que, quando era adolescente, se ofereceu para trabalhar na oficina de papai no bairro Paraíso, o qual lhe disse que ali não era seu lugar, pois você tinha outro perfil profissional (como ele estava certo!). Lembro-me disso com lágrimas nos olhos, especialmente porque você me contou após o falecimento dele.
Quantos papos batemos, Zé da Luz, no sítio de nosso amigo Dinamérico Augusto! Quanta coisa aprendi, ouvindo-o falar com tanta segurança e simplicidade! Deus o abrace forte em Sua Morada Eterna! Suas sementes foram bem plantadas! Até um dia, meu amigo! - Teixeirinha Alves

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O professor e poeta José da Luz viverá na sua poesia e nos seus ensinamentos. O meu sentimento de pesar a toda a família. - Hélio Crisanto


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Hoje nós despedimos de José da Luz. Um homem de uma inteligência admirável e Poeta de grande valor.
Amigo da minha mãe, com quem trabalhou na Escola Cosme Ferreira Marques.
Nos meus 15 anos tive o privilégio de receber um valioso presente, um poema de sua autoria, guardo até hoje colado na capa do álbum de fotografia dos meus quinze anos, uma relíquia.

"QUINZE ANOS

Não és ainda uma felicidade total.
És infância sonhada no presente,
És primavera natural e reluzente,
O caminho da alma serena e imortal.

És o olhar sincero da criança.
És a mulher do próximo amanhecer.
Com harmonia na vida e no saber,
A flor Silvestre da suave esperança.

Hoje, teus olhos vivos e cintilantes
Contemplam uma noite de brilho e alegria,
Que ilumina o teu coração dançante,
No aconchego de amigos e família!

O amor é a lei da mocidade.
A União apaga o fogo da discórdia.
Brindemos, agora, à nossa amizade,
Nestes quinze anos revividos em um dia!"

Autor: zedaluz, 20.08.88

Grande Poeta e Professor, vá em paz, o céu está em festa, recebendo um grande mestre de uma mente brilhante.
Que Deus conforte todos os seus familiares e amigos. - Elizângela Costa

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A felicidade de ter a vida plena e viver o presente com seu real valor fez deste homem uma pessoa muito especial. Chegou o dia do encontro com Nosso Pai celeste.
Descansar meu padrinho! Confortar os familiares pois estais em um bom lugar!
Padrinho dos 3 - Edu, Carol e Vini.
Que O Senhor dê forças a minha madrinha Salete e seus filhos. - Eduardo Vicente

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Conheci Zé da Luz como professor na Escola Estadual Francisco de Assis Dias Ribeiro, naquela época, conhecida simplesmente por Escola Estadual. Jovem professor de matemática, demonstrava felicidade ao transmitir conhecimentos de uma área em que muitos tinham dificuldades, mas que , com ele, parecia bem mais fácil, tamanha a destreza que tinha ao tratar os conteúdos. Anos depois, o vejo como um doutor de línguas , sendo antes , diretor de escola e órgão regional de educação. Recentemente li seus livros. Por onde passou e ocupou espacos, demostrou competência e retidão de caráter. Faltam palavras para expressar tantas qualidades do educador, do escritor, do humanista, do Doutor Zé da Luz. Nossos sentimentos aos familiares e amigos, neste momento tão difícil. João Maria de Medeiros






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Lembraremos com saudade dolorida daquele jovem sonhador e batalhador que vindo de São Bento do Trairi para morar na Av. Paulo Afonso no Paraíso trilhou com sua inteligência e determinação uma jornada vitoriosa. Estudante. Atleta das Artes Marciais - Karatê. Professor secundarista e universitário. Poeta imensurável. Além do legado a sua família deixarás um grande exemplo como profissional e como amigo para aqueles que tiveram o privilégio de conhecer e conviver com "Zezinho de Cabo Veinho" e/ou com Dr. José Da Luz da Costa. Nossos sentimentos de pesar a todos da família. Que Zé da Luz seja acolhido na presença do Pai Criador e que este dê o conforto necessário aos que ficam. - Joseni Santos




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José, um homem que compartilhou seus conhecimentos, deixando frutos por onde passou e que, apesar de ter uma mente grandiosa, nunca perdeu a simplicidade. Um amigo e conterrâneo que nos enchia de orgulho.
- Deusiany Rodrigues

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Morre um Poeta! A morte de um poeta é um incêndio vivo de uma vasta biblioteca Itinerante, a morte de um professor é o apagar das luzes em pleno anoitecer, a morte de um homem é o findar de uma jornada, a morte de um amigo é o breu mais estridente, a morte de um cantante é o desafinar da viola, a morte de um pensante é o fim da peleja incessante, é o choro das letras, é o lacrimejar das rimas, é o estagnar da beleza que saltitou em dezenas e centenas de escritos, os quais tornaram a vida de muitos mais leve, mais tênue, mais vida. Siga em paz, poeta.
Homenagem póstuma ao professor e poeta José da Luz. - Crisanto Dantas.


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TERCETO À PALAVRA                      

ao Professor José da Luz


A palavra é Luz, em profundos azuis.

Coordenada, subordinada, amada,

universo de sintagmas que seduz.


Natal, 15 de julho de 2024

Alexandre Abrantes

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