segunda-feira, 26 de julho de 2021

A MORTE DE SINHAZINHA, Poema em Homenagem Póstuma - Gilberto Cardoso dos Santos



A MORTE DE SINHAZINHA (Gilberto Cardoso dos Santos)

 

No dia 20 de julho
De 2021
Morreu Irmã Sinhazinha
Uma pessoa incomum
Foi no dia da amizade
Que partiu pra eternidade
Sem inimigo nenhum.

Mil novecentos e vinte
Foi o ano em que nasceu
Em um dia de Natal
Sua mãe a concebeu
Começava a odisseia
Mas só temos uma ideia
De tudo que sucedeu.

A vizinha, Dona Rosa,
Dela comentava assim:
"É a bondade em pessoa
A paciência sem fim”
Com garra e resiliência
Com bondade e paciência
Encarava o tempo ruim.
 
Pelas escolhas que fez
Enfrentou oposição
Além disso perdeu filhos
Dois filhos, quanta aflição!
Das mudanças sociais
Políticas e culturais
Ela viu a evolução.
 
Eu  tive a felicidade
De com ela conviver
Por cerca de 15 anos;
Muito teria a dizer
Acerca de seu valor
E do autêntico fervor
Que nunca deixou de ter.
 
Lembro-me dos testemunhos
Que gostava de contar
O modo como os narrava
Dava prazer escutar.
E sempre que a Bíblia lia
O seu coração ardia
com emoção singular.
 
Em 2019
fez-se comemoração
O Quintino Bocayuva
Em sua celebração
O nome dela incluiu
Pois também contribuiu
Com a nossa educação.
 
Não tenho dúvidas que foi
Educadora excelente
Muito mais que professora
Foi mãe para muita gente
Histórias contagiantes
contou para os estudantes
Com aquele jeito envolvente.
 
O muito que ela viveu
Não foram anos de tédio
Das maldades deste mundo
Jamais cedeu ao assédio
Não teve tudo que quis
Mas seu coração feliz
Lhe serviu de bom remédio.
 
Morreu já farta de dias
Como morreu Abraão
A mesma fé que o movia
Enchia o seu coração
Foi muito além dos setenta
Que a Bíblia nos apresenta
Na poética oração.
 
Por ter feito o bem a tantos
O melhor fruto colheu
A família articulada
Todo carinho lhe deu
Nos instantes de amargura
De anos teve fartura
Cercada de amor morreu.
 
Teve, apesar dos pesares
Um viver bem sucedido.
Morreu querendo encontrar-se
Com o seu Jesus querido
Firmada com ousadia
na letra e na melodia
de seu hino preferido.
 
Todos nós recordaremos
Da doce e boa velhinha
Que viveu do modo certo
Jamais de forma mesquinha
Em adultos e e crianças
Restarão boas lembranças
Da querida Sinhazinha.

 

Gilberto Cardoso dos Santos

 

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5 comentários:

  1. Uma poesia boa para uma boa pessoa, homenagem que ressoa muito bem.

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  2. Pessoas assim, iluminam o nosso mundo tão escuro!!
    Parabéns por mostrar tão bem, em rimas e versos tão boa senhora!!

    João Maria de Medeiros Dantas

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  3. Parabéns poeta pela poesia póstuma a sinhazinha!...

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  4. "Amor, palavra que liberta", um centenário de amor, regado de gentileza, que bênção!

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