quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O fabuloso caso do amor e seus desencontros - André Ipoema da Silva Domingos.



O fabuloso caso do amor e seus desencontros
                                                                                          André Ipoema da Silva Domingos.

Amor... Duas vogais, duas consoantes e milhares de significados. Impressiona uma palavra tão simples ter sentido tão amplo. Aquilo que sentimos por nossos pais, filhos, irmãos, ou pelo ser enamorado. Quando pensamos em amor relacionado a “outro alguém”, a rima imediata que pensamos é “dor”, mas não estou escrevendo a fim de inspirar algum jovem poeta apaixonado (por mais que queira), e sim para refletirmos sobre o quanto é difícil o envolvimento emocional em tempos difíceis para sonhadores (como diria Amelie Poulain), em que as pessoas se fecham para o amor.
“O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente”, já dizia Camões sobre o assunto. E dói mesmo! Em uma sociedade onde o egoísmo atinge parte das pessoas, o amor tornou-se escasso, tornou-se 3º plano nos planos de pessoas que se separam, se isolam e até mesmo nunca mais se falam. O filósofo Bauman nos disse que “Vivemos em tempos líquidos, nada é feito para durar”, teria o grande Bauman sofrido com a dor do coração partido? Talvez sim, talvez não... Mas é fato que falta a nossa sociedade mais empatia, alteridade, respeito, e isso só será possível quando permitirmos que o amor floresça em nossa vida.
Florescer... assim como uma flor no jardim em tempos de primavera, pois, o sentimento que está em nós precisa ser cuidado, lapidado. O amor próprio é uma das coisas mais belas que o ser humano pode ter, e mais lindo ainda é quando compartilhamos nossa história com alguém que também está disposto a florescer. Amar é cuidar e não se esquecer disso é uma das premissas do filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, ambos os personagens estão cansados de tanta correria, de tanto ter que provar seu amor (que deveria ser espontâneo), cansados de apenas sobreviver e não viver a felicidade. E viver é ter surpresas, arrepios, reflexões, poder sentir na pele um abraço carinhoso, um beijo apaixonado, entoar num coro só com nossa companheira (o) “Ah, vai... me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar...” (Isso mesmo! Aquela música da Los Hermanos). Nos resta pensar fora da caixa e romper a zona de conforto para viver bem mais intensamente.
Por fim, coragem! Para ir vivendo um dia de cada vez e ir vencendo o medo de amar, as decepções ao decorrer da nossa “Timeline da vida real” e seus obstáculos. Com um pensamento positivo e ao contemplar as belezas que nos rodeiam, fazemos jus ao pensamento de Aristóteles: “ Em todas as coisas da natureza existe algo maravilhoso. ” Já convidou o amor da sua vida para tomar um café hoje? Permita-se!




3 comentários:

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  3. Para viver neste mundo tem que ter habilidade. As questões da vida a dois se tornam cada vez mais difíceis. Queria que o intenso não viesse com o tenso.
    Eu não sou contra o “amor livre”, só quero viver o amor-livre- com-alguém.

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