Hoje é o Dia Nacional da Literatura de Cordel, um gênero poético, que assim como a crônica, é o que há de mais genuíno na literatura brasileira.
Os cordelistas são poetas de bancada. Isso implica afirmar que suas produções exigem tempo, dedicação, olhar crítico, e sobretudo obediência às regras que normalizam um poema de cordel. A data lembra o natalício de Leandro Gomes de Barros, o maior semeador deste gênero. E hoje temos muitos motivos para nos alegrarmos, o Cordel está cada vez mais presente. Na semana passada Natal viveu bem isso, com a realização do II Ciclo Natalense do Cordel, promovido pela Estação do Cordel, Academia Norte-Rio-Grandense de Literatura de Cordel e a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins. A Casa do Cordel também fez várias ações em seu espaço físico. A mídia registrou, o cordel ficou em alta. Que bom! Enriquecendo este tempo, a ANLIC realizou no dia de ontem a eleição para nova diretoria e escolha de novos Acadêmicos. Foram eleitos Hélio Crisanto, Gilberto Cardoso Dos Santos, e Nando Poeta. Três grandes nomes que têm mostrado o quanto se dedicam ao Cordel. Eu, enquanto, membro da ANLIC e amigo dos três, sinto-me feliz em tê-los tão próximos e na luta pela mesma causa.
Creio que enquanto poetas devemos procurar unir sempre, e para isso é fundamental saber metrificar nossas relações, saber aplicar as palavras com sabedoria de ritmo que sejam capazes de atingir os corações que rimam conosco. Neste mundo tão repleto de exercícios de bancada, não fica bem "pé quebrado".
Vamos continuar celebrando o cordel com encantamento, bravura, romantismo, gracejo, drama, assim como vivem as personagens que neles existem.
Parabéns ao Cordel.
Mané Beradeiro
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