Uma das duplas que estarão presentes:
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
CAVALGANDO EM VERSOS - Gilberto Cardoso dos Santos
Montado em um poema
Que combate o Especismo
Galopo com heroísmo
Sobre um humano dilema
Às palavras, sem problema,
Esporo com alegria
Relincham, sem agonia
Nos versos em disparada
Para fazer cavalgada
Nas trilhas da harmonia.
Nas trilhas da harmonia.
terça-feira, 29 de setembro de 2015
O GALO E O PREÁ (APÓLOGO) - Prof. Dr. José da Luz Costa
O GALO E O PREÁ
(APÓLOGO)
Já faz alguns dias, num
gabinete da cultura potiguar aconteceu um encontro inusitado. Dois
representantes da fauna, um local e outro universal, pela primeira vez tomaram
parte em um polêmico debate.
Um galo, eloquente porém
magoado, desabafa:
– Tudo isso é uma grave inversão de valores!
Os agentes da modernidade manipulam mundos e fundos para edificar suas obras.
Derrubam uma muralha para construir um muro.
Com um olhar inquieto, um
preá, recostado no canto da sala, hesitava:
– Os tempos mudam... As pessoas, também.
– A mudança existe e é necessária. Mas, isso não
significa substituir, destruir ou mesmo esquecer o valor das coisas.
– Você está ressentido, logo passa. Ninguém vai
se lembrar de você. Então poderá viver em paz.
– Essa é boa! Um nanico provinciano querendo me
levar na conversa. Você, enquanto cavídeo, não passa de um roedor bisonho e
iletrado.
A discussão se avolumava.
A substituição do galo pelo preá no único veículo oficial de divulgação das
produções culturais do Estado gerou a celeuma. O preá, aparentando controle da
situação, dizia:
– Meu objetivo é chegar aos grotões e de lá
trazer informações, divulgar por lá o que se faz por aqui e carregar daqui
notícias para lá.
– Que vexame! Você só repete bem o discurso dos
outros. Mas jamais será um arauto. Revela-se um mero entregador, desnecessário
até, porque o correio já faz esse serviço de entrega. Excelente serviço, por
sinal.
– Não se trata disso, você entende...
– O que entendo é que um pequeno pretório de
intelectuais, sem sintonia com leitores e eleitores, prelibaram-se em alterar o
curso da História.
– Você dramatiza, amigo...
– Ora bolas! Você surge de uma moita qualquer,
seduzido por um canto de sereia, e ainda quer ostentar memória e orgulho.
– Assim você me ofende...
– Que nada! Esta é sua verdadeira estirpe: de
linhagem inglória, animal roedor, fugidio, que habita entre rochas e buracos de
tabuleiros ermos e áridos, longe do convívio humano.
– Essa doeu, cara.
– Esta minha atitude reflete o descontentamento
das pessoas em geral. Imagine se a cada novo governo, os administradores
resolvessem erradicar as marcas do governo anterior. Aqui muda o nome de uma
praça, ali de uma avenida, lá adiante o de uma escola, de um hospital, de uma
ponte, até de um beco... com o passar
dos anos, essas plásticas descaracterizariam a identidade histórico-cultural da
cidade. Tudo novo e efêmero!
– Amigo, seu discurso comove, mas não convence.
Os idealizadores deste novo projeto viram em meu nome um novo paradigma, mais
arrojado, moderno, ágil e de alta performance.
– Vejam só quem fala! Você me obriga a biografar
sua triste sina. Apesar de origem tupi, seu nome – formado por um conjunto de
fonemas, espremidos enfumaçados – soa sem melodia nem brilho. Para nascer,
passasse pelas cirurgias gramaticais de síncope e aférese: apereá > pereá
> preá. Nascesse com gênero incerto. Há quem diga que você é masculino,
outros classificam como feminino.
– Sou parte da natureza, e na minha espécie
existem machos e fêmeas.
– Tudo bem. Todo ser animal tem sua cara-metade.
Mesmo assim, seu caso é complicado. Você mais parece um gênero unissex.
A conversa seguia
acirrada. O preá tentando preservar a própria face e a de seus pistolões
políticos e intelectuais. O galo, por sua vez, não poupava críticas às atitudes
do preá e de seus defensores. Assim, alegava que era uma ave doméstica,
comestível, reprodutora, de briga, líder do quintal, de convívio amistoso entre
os membros da casa. Seu gênero inequívoco – masculino – formava par romântico
com a galinha, sua consorte. E não deixando arrefecer o ânimo combativo,
arrematou:
– Caro preá, a minha
história é uma epopéia. Lucrécio já dissera que o canto do galo assombra leão.
Na Grécia e Roma antigas, tornaram-se famosas as lutas de galos. E vem de longe
a tradição de me chamarem relógio dos pobres.
– Galo que fora de hora
canta, cutelo na garganta! Sentenciou o preá.
– Você não passa de um roedor, pobre,
pequeno e preguiçoso. Nas estórias populares, nos conta o grande Cascudo, você
é retratado como um tipo de finório, intruso, aproveitador, penetra, dançando,
comendo e bebendo sem convite.
– Tudo isso é folclore...
– Da lenda nasce a legenda. Reconheço
que em tempos de seca, você vira boa caça para o sertanejo. Mas todo mundo sabe
que um preá não faz um jantar. Há muita gente por aí que te deglute como
tira-gosto em mesas de bar do interior, e às vezes só te encontrando em
botequins de beira de estrada.
– Confesso que não esperava isso de
você!...
– Não lhe estou faltando com a verdade.
Eu vivo tão bem no campo como na cidade. Meu nome repercute sonoramente. Meu
canto ritmado vem com o alvorecer, chamando os homens à labuta. Já disse um
poeta que vários galos tecem uma manhã. Outro poeta local já escreveu: “No alto
da abadia, / o galo do catavento / acende as cores do dia”. Além disso,
lembre-se da missa do galo, celebrada pelo Papa.
– O que sei é que todos somos iguais perante a
lei. Você teve sua chance, agora tenho a minha...
– Sei cá! As evidências têm demonstrado
que todos são iguais perante a lei, mas não diante do juiz. E justiça boa e
imediata só com um bom e bem pago advogado!
– Você está radicalizando...
– Ingênuo cavídeo, eu, o rei do quintal
e do poleiro, não posso desperdiçar meu tempo e meu canto com um interlocutor
arredio ao convívio social. Você virou apenas um parvenu, pois os ares da
cidade não disfarçaram seus gestos burlescos e lamuriantes.
– Olha que o destino pesa
implacavelmente sobre todos nós!...
– O meu destino é glorioso. Basta
lembrar pra você que o Cristo admoestou a Pedro sobre as três negações do
apóstolo antes de um irmão meu cantar na madrugada.
– Águas passadas não movem moinhos, você
sabe...
– As águas passam, mas a história
permanece. Infelizmente, parece que este postulado não foi considerado pelos
seus projetistas. Deram-lhe uma roupagem nova, adornaram-lhe com uma virtual e
refulgente armadura, para lhe afugentar os cães de caça e não deixar você
morrer na cidade. Já que dizem nas redondezas que preá só vem à cidade
morto.
Como se
percebe ao acompanhar esta narrativa, a conversa entre as rivais figuras da
fauna cultural não foi nada harmoniosa. De um lado, um preá aperreado e
reticente, mas desfrutando as benesses do novo cargo. Do outro, um galo,
galante e retórico, argumentava ferrenhamente contra os expoentes da política
local pelo golpe histórico desferido na memória cultural do povo e da terra
potiguar.
– Amigo, na verdade as intenções são
boas... procurava contornar o pacato preá.
– Não seja idiota! De boas intenções o
inferno está cheio. Não vou baixar a crista, nem emudecer meu canto, mas lhe
garanto: vou estar de esporão afiado para defender meu nome e minha honra.
Pois, onde o galo canta, janta.
– Caro galináceo, deixe eu viver minha
história. O sol brilha para todos.
– De sol e filosofia você não entende
nada. Vive nos capinzais à beira de córregos e lagoas, saindo só ao anoitecer,
para se alimentar de gramíneas. Enquanto eu compartilho da comida dos humanos.
Sirvo-lhes de banquetes em festas de Natal, casamento e aniversário.
– Você sempre ironizando...
– Chega! A sorte está lançada. Espero
que você não seja vítima de uma “preazada”, e vá passar o resto da vida
solitário num buraco.
Esta
história, ocorrida recentemente nesta cidade, foi-me contada por um amigo
jornalista, que me segredou também ter passado a vida como um galo: no topo da cidade,
tentando despertar os tolos do sono da ignorância e os sábios dos sonhos
mirabolantes.
Zedaluz
Natal,
junho/2003.
(publicado
no Diário de Natal)
CHORINHO BRASILEIRO, de quem é a autoria? - Gilberto Cardoso dos Santos
Circulam na net produções textuais muito boas, como a que aqui publicamos recentemente falando sobre o Whatsapp (CLIQUE AQUI PARA VER O ENGRAÇADO TEXTO), sem que saibamos quem são seus autores. É o caso do texto a seguir, a respeito do qual se diz:
"Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na rede municipal.
Título: " dai pão a quem tem fome ".
O primeiro lugar foi de uma menina de 14 anos.
Ela utilizou o Hino Nacional para fazer sua redação."
Ora, por que não aparece o nome desta garota inteligente? Fiquei com vontade de parabenizá-la, mas não tenho como. Por que tão pouco se veiculou a respeito dela? Teria isto um fundo de verdade ou se trata de mais uma e-farsa?
Lamentavelmente isto ocorre na net. Tão fácil teria sido a princípio colocar o nome do autor ou autora e preservá-lo a cada compartilhamento! Mas a desonestidade humana ou despreocupação com os direitos alheios não tem limites.
Ou estaríamos diante de mais um daqueles casos loucos, inexplicáveis, de alguém que escreve algo mas posta-o anonimamente, atribuindo sua autoria a outrem? Isso também acontece!
Algumas postagens deste texto aparecem assinadas por diferentes nomes. Numa delas, aparece um endereço eletrônico, sem maiores esclarecimentos. É da autora ou de alguém que o compartilhou?
Autoria à parte, deleitem-se com o texto, o destaque nas cores patrióticas foi meu.
CHORINHO BRASILEIRO
Certa noite, ao entrar no meu
gabinete, vi, num mapa-mundi
que tenho na parede, o nosso
Brasil chorar:
O que houve, meu Brasil
brasileiro? _ perguntei-lhe!
E ele, espreguiçando-se em seu
berço esplêndido,
esparramado e verdejante sobre
a América do Sul,
respondeu chorando, com suas
lágrimas amazônicas:
- Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...
Antes, os meus bosques tinham
mais flores e meus seios mais amores.
Meu povo era heróico e os seus
brados retumbantes.
O sol da liberdade era mais
fúlgido E brilhava no céu a todo instante.
Onde anda a liberdade, onde
estão os braços fortes?
Eu era a Pátria amada, idolatrada.
Havia paz no futuro e glórias
no passado.
Nenhum filho meu fugia à luta.
Eu era a terra adorada e dos
filhos deste solo era a mãe gentil.
E era gigante pela própria
natureza que hoje devastam e queimam,
sem nenhum homem de coragem
que às margens plácidas de algum riachinho
tenha a coragem de gritar mais
alto para libertar-me desses novos tiranos
que ousam roubar o verde louro
de minha flâmula.
E não suportando as chorosas queixas do Brasil, saí de casa
e fui para o jardim.
Era noite e pude ver a imagem
do Cruzeiro
que resplandece no lábaro que
o nosso país ostenta estrelado.
Pensei...conseguiremos salvar
esse país sem braços fortes?
Pensei mais...quem nos
devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?
Voltei ao gabinete mas
encontrei o mapa silencioso e mudo,
como uma criança dormindo em
seu berço esplêndido.
Lá fora, nas ruas e praças, já estão sendo feitos os
preparativos para os comícios.
Quem salvará o Brasil?
Perguntei a mim mesmo como se tivesse a resposta...
Eu? Tu? Ele? Nós? Vós? Eles?
Ninguém isoladamente,
certamente.
Talvez quem sabe, numa nova
conjugação?
Por favor, muito cuidado ao votar.
Esteja bastante consciente de
sua escolha,
coloque acima de qualquer
interesse
o amor por esta Pátria que
precisa deixar de ser
um país do futuro para ser a
nossa realidade de hoje.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
HOMENAGEM POÉTICA A DÉBORA RAQUIEL - Gilberto Cardoso dos Santos
Débora vem do hebraico
Abelha significa
Traz-nos mel de poesia
De uma flora muito rica
Nos versos mostra destreza
Somente em própria defesa
É que às vezes ela pica.
Raquiel vem de Raquel
De origem hebraica também
Combina com seu caráter
Que tantas virtudes tem
Se Débora é abelha
Raquiel quer dizer ovelha
Que não faz mal a ninguém.
E como se não bastasse
Lopes é “vitoriosa”
Nome de origem espanhola
Que quer dizer corajosa
De lupus se origina
Ser loba é sua sina
Além de ovelha mimosa.
COM A LUA NA MÃO (Hélio Crisanto e Gilberto)
(Hélio Crisanto)
Assim caminha o poeta
Solto como um beija-flor....
Ara os céus, toca as estrelas
Livre de qualquer rancor
De mãos dadas pela rua
Sonhando abraçado a lua
Cheio de paz e amor.
(Gilberto Cardoso)
Voa enquanto caminha
nas asas do arrebol
alcançando um sustenido
descansando num bemol
Feito o poeta Hélio
Que significa sol.
(Hélio Crisanto)
Sou sol, sou chuva, sou ar
Pingo de luz no infinito
Sou a voz do esquecido
Que ecoa em cada grito
Sou verso, rima e canção
Sou a lua do sertão
Onde o brilho é mais bonito.
(Gilberto Cardoso)
Não sou lua, não sou sol
Mas me sinto ensolarado
Também tenho algo da lua
Porque sou meio aluado
E à escuridão disperso
Sou o inverso do verso
Nas rimas de pé quebrado.
(Hélio Crisanto)
Eu sou o verso engessado
No pé desse cantador
Cada baião da viola
Treme o meu opositor
Não sei se faço obra prima
Mas na peleja da rima
Eu bato até em doutor.
(Gilberto Cardoso)
Depois que peguei a lua
Eu a cobri com um manto
Dei de presente à esposa
Que desmaiou de encanto
A lua é fácil pegar
Mas bem difícil enfrentar
A luz de Hélio Crisanto.
(Hélio Crisanto)
Ah se eu fosse do seu tanto
Um poeta tão perfeito
Pra fazer versos benditos
Mas não tenho esse direito
Por isso tiro o chapéu
Pra esse bom menestrel
Que faz poesia de eito.
(Gilberto Cardoso)
Quando o sol tira o chapéu
De nuvens que o rodeia
Nós temos visões do céu
Se ilumina a aldeia
E o poeta se alumia
Por causa da poesia
Que dentro nos incendeia.
domingo, 27 de setembro de 2015
Lacunas - Cecília Nascimento
***
Lacunas
Quem parte para não voltar deixa lacunas. Deixa
saudades nos deixados para trás.
É possível, após perdermos quem nunca tivemos
sentirmos que nos falta uma parte. O preencher deste vazio com coisas e pessoas
aparenta aos expectadores a felicidade do Ser - Lacunado. Mas tenho uma
confissão: Lacunas não são preenchíveis! Chato, não?
Aparentamos felicidade, e até somos de fato felizes.
Mas elas continuam lá, guardadas na caixinha, embrulhadas com fitinha.
E, então, quando nos flagramos sozinhos, elas gritam
e saltam diante de nossos olhos até que paramos e as acariciamos às escuras, em
segredo. Isso, para que ninguém descubra que não somos assassinos, que as
conservamos com vida... Uma vida sufocada, mas bem protegida. E fingimos ter
matado tudo que não queremos mais que viva, e vive, e mata-nos! Mas, elas, não,
elas não morrem. Somos nós quem morremos, dia após dia, com a angústia de matar
nossas lacunas...
Se ao menos pudéssemos enviá-las por Sedex!
Ah, essas lacunas...
(Cecília
Nascimento)
Nos primórdios da música moderna no Nordeste brasileiro - Epitácio Andrade
Banda 2001
Banda 2001 – Sucesso de Patu para o Nordeste.
Banda 2001 - 1971 |
No ano de 1971, o empresário Paulo Godeiro construiu a Boate Pântano, na cidade de Patu, no Sertão do Rio Grande do Norte. O nome desta casa de diversão foi atribuído como referência ao soterramento do terreno alagadiço, cortado por um riacho que nasce na serra do Patu e corre sob uma ponte na Avenida Lauro Maia, onde se localiza a boate. A necessidade de manter um dispositivo musical para animar as festividades dançantes da casa fez com que o empresário idealizasse e formasse a Banda 2001.
Paulo Godeiro |
Boate Pântano |
Os equipamentos foram adquiridos do médico Hélio Cipriano de Souza da cidade de Alexandria, no médio-oeste potiguar, de onde era proveniente a maioria dos músicos. A formação inicial era liderada pelo experiente tecladista Zé Arnoud da Silva que chegou a manejar numa das primeiras vezes no nordeste brasileiro o sintetizador, um instrumento capaz de produzir efeitos sonoros através da manipulação direta de correntes elétricas. A formação era composta por Gerson na bateria, Eros Roberto da Silva no contrabaixo, João Eudes na guitarra-solo, Francisco de Assis na guitarra-base. Com exceção do baterista, todos os componentes eram vocalistas.
Cantor Zé Arnould/1973 |
Sintetizador |
A banda inovou apresentando uma excelente sonoridade nos acordes possibilitada pela utilização de equipamentos importados que tornaram acessível a hodierna tecnologia japonesa e por apresentar límpidas vocalizações possibilitadas por microfones dotados de sistemas de eco e reveverber. A inspiração tropicalista na banda era percebida através das longas cabeleiras e cabelos black Power dos músicos e na presença de canções tropicalistas no repertório, ficando imortalizado nas mentes de seus admiradores um arranjo exclusivo que o conjunto musical apresentava da música expresso 2222, de Gilberto Gil, além do canto em falsete das canções do grupo Secos e Molhados. No final de 1971, o empresário resolveu expandir seus negócios e adquiriu do jornalista Tomislav Femenick a Boate Snob, no centro de Mossoró, a capital do oeste potiguar, transferindo também a sede da banda, agora com o nome de Super Som 2001, com formação liderada pelo talentoso músico Roberto Teixeira de lima, que mais tarde adotou o nome artístico de Roberto dos terríveis.
Jornalista Tomislav Femenick |
Roberto dos Terríveis - 2013 |
Na capital do oeste, o conjunto musical Super Som 2001 rapidamente conquistou a hegemonia entre as bandas mossoroenses e projetou as boates Snob, em Mossoró e Pântano, em Patu no cenário estadual das melhores opções de diversão. A banda 2001 inovou também na indumentária de seus músicos que se apresentavam de jaquetas, de calças sociais e camisas de manga comprida. Nos bailes carnavalescos os músicos se portavam com seus tórax desnudos. A Banda era uma extensão da boate e nas suas apresentações levavam consigo as inovações dos interiores das boates como a luz negra, o globo espelhado e o jogo de luz estroboscópica.
Feixe de luz estroboscópica |
Luz negra |
Em 1972, a banda migrou para a cidade de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo bahiano, onde permaneceu fazendo sucesso até 2005, quando se desintegrou e seus componentes seguiram carreira solo. Com talento e com a capacidade empresarial de seu idealizador, que soube unir experiência musical com a construção de lugares de diversão e lazer. A banda 2001 espalhou sucesso de Patu pelo nordeste brasileiro. Sob incentivo do Movimento Patu 2001, no ano de 2011, no palco da Boate Pântano, o músico Claudio Saraiva e o cantor Raimundinho Braz desenvolveram o projeto experimental de formação da Banda 2001 cover.
Santo Antônio de Jesus/BA |
Banda 2001 Cover/2011 |
sábado, 26 de setembro de 2015
NÃO EXISTE SOLIDÃO - (Dido Duarte)
Não sabia o quão hipócrita poderia ser
Ao pensar que o amor poderia encontrar
Pensou que seus pensamentos fossem livres para voar
E nas asas da solidão encontrou uma parceria
Da qual jamais pode pensar
Viveu momentos angustiantes de uma ênfase total
Chegou até a pensar que pudesse haver o mal
Pensou pedir ajuda, mas não soube onde encontrar.
Somente em frente ao espelho pôr-se a pensar
Que a ajuda que necessitara sempre estivera lá
Sempre dentro do seu peito e em nem um outro lugar
E viu que seus pensamentos tão insignificantes
Que outrora não se pudessem consolidar
Percebeu que nesse instante já podiam voar
E esses pensamentos antes tão obstantes
Podiam ir tão distantes do que se pode imaginar
E percebeu agora quem era os seus
E que toda ajuda que precisava
Estava toda em Deus
E que o amor que procurava não precisava mais buscar.
Ao pensar que o amor poderia encontrar
Pensou que seus pensamentos fossem livres para voar
E nas asas da solidão encontrou uma parceria
Da qual jamais pode pensar
Viveu momentos angustiantes de uma ênfase total
Chegou até a pensar que pudesse haver o mal
Pensou pedir ajuda, mas não soube onde encontrar.
Somente em frente ao espelho pôr-se a pensar
Que a ajuda que necessitara sempre estivera lá
Sempre dentro do seu peito e em nem um outro lugar
E viu que seus pensamentos tão insignificantes
Que outrora não se pudessem consolidar
Percebeu que nesse instante já podiam voar
E esses pensamentos antes tão obstantes
Podiam ir tão distantes do que se pode imaginar
E percebeu agora quem era os seus
E que toda ajuda que precisava
Estava toda em Deus
E que o amor que procurava não precisava mais buscar.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
DEDICATÓRIA - Valdenides Cabral
Aos meus pais e irmãos, minha grande fonte de equilíbrio, minha força, a essência primordial
Devia ter um outro nome o meu estado de sítio,
essas paisagens, passagens de cerca de aveloz,
a casa em ruínas, o mato morto,
a água morta,
morta a infância.
Devia rever o meu umbigo ainda intacto,
enterrado na porteira do curral,
as vozes dos meus irmãos,
o meu pai e seus versos,
suas brincadeiras de pegar cobra verde,
as minhas irmãs trancadas,
brincando de bonecas,
a minha mãe ( e sua máquina )
a costurar oito vidas,
ponto por ponto pespontos,
arremates,
cerzidos,
moldados em sonhos
que nunca ousou revelar.
Devia doer menos em mim,
esse meu estado de sítio.
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Whatsapp em cordel - Autor desconhecido? Não!
Tem circulado na net um poema de cordel muito bem aceito, mas de autoria desconhecida. Cecília Nascimento, colaboradora do blog, perguntou-me se eu não seria o autor deste belo texto. Senti-me lisonjeado e empreendi uma busca pelo verdadeiro autor. Uma mulher - Izabel Nascimento, de Aracaju - o fez. Após localizá-la, entabulei com ela o seguinte diálogo:
EU: Izabel, hoje alguém me mostrou o cordel do zap zap
perguntando se não era de minha autoria. Ele aparece na net, na maior parte das
vezes, como sendo de autoria desconhecida. É seu mesmo? Se for, reivindique a
autoria, poetisa. Abraços.
ELA: Olá, Gilberto. O Cordel é de minha autoria sim. Infelizmente
agiram de má fé e retiraram meu nome do texto compartilhando como autor
desconhecido. Lamentável! Obrigada pelo seu contato e atenção. Já registrei o
Cordel na Biblioteca Nacional. Abraços!!!
Eis uma foto da autora, autêntica cordelista, legítima representante da cultura popular em Sergipe.
Quem desejar votar nela, precisa se cadastrar pelo link:
www.cultura.gov.br/votacultura
Faz a busca pela setorial, por Estadorial e vota!
www.cultura.gov.br/votacultura
Faz a busca pela setorial, por Estadorial e vota!
*** Whatsapp ***
Esse tal de "Zap Zap"
É negócio interessante
Eu que antes criticava
Hoje teclo à todo instante
Quase nem durmo ou almoço
E quem criou esse troço
Tem uma mente brilhante.
É negócio interessante
Eu que antes criticava
Hoje teclo à todo instante
Quase nem durmo ou almoço
E quem criou esse troço
Tem uma mente brilhante.
Quem diria que um dia
Eu pudesse utilizar
Calculadora e relógio
Câmera de fotografar
Tudo no mesmo aparelho
Mapa, calendário, espelho
E telefone celular.
Eu pudesse utilizar
Calculadora e relógio
Câmera de fotografar
Tudo no mesmo aparelho
Mapa, calendário, espelho
E telefone celular.
E agora a moda pegou
Pelas "Redes Sociais"
É no "Face" ou pelo "Zap"
Que o povo conversa mais
Talvez não saiba o motivo
Que esse tal de aplicativo
É mais lido que os jornais.
Pelas "Redes Sociais"
É no "Face" ou pelo "Zap"
Que o povo conversa mais
Talvez não saiba o motivo
Que esse tal de aplicativo
É mais lido que os jornais.
Eu acho muito engraçado
Porque muita gente tem
Um Grupo só pra Família
Um do Trabalho também
E até aquele contato
Que só muda de retrato
Mas não fala com ninguém!
Porque muita gente tem
Um Grupo só pra Família
Um do Trabalho também
E até aquele contato
Que só muda de retrato
Mas não fala com ninguém!
Tem o Grupo da Escola
O Grupo da Academia
Grupo da Universidade
O Grupo da Poesia
Tem o Grupo das Baladas
Das Amigas Mais Chegadas
E o da Diretoria.
O Grupo da Academia
Grupo da Universidade
O Grupo da Poesia
Tem o Grupo das Baladas
Das Amigas Mais Chegadas
E o da Diretoria.
Tem quem mande Oração
"Bom dia!", de vez em quando
Que só mande figurinhas
Quem só fique reclamando
No Grupos é que é parada
Dia, noite, madrugada
Sempre tem alguém teclando.
"Bom dia!", de vez em quando
Que só mande figurinhas
Quem só fique reclamando
No Grupos é que é parada
Dia, noite, madrugada
Sempre tem alguém teclando.
Cada um que analise
Se é bom ou se é ruim
Ou se a Tecnologia
É o começo do fim
Talvez um voto vencido
Porém o Zap tem sido
Até útil para mim.
Se é bom ou se é ruim
Ou se a Tecnologia
É o começo do fim
Talvez um voto vencido
Porém o Zap tem sido
Até útil para mim.
Eu acho que a Internet
É uma coisa muito boa
Tem coisas muito importantes
Porém muita coisa à toa
Usar de forma acertada
Ou, por ela, ser usada
Vai depender da pessoa.
É uma coisa muito boa
Tem coisas muito importantes
Porém muita coisa à toa
Usar de forma acertada
Ou, por ela, ser usada
Vai depender da pessoa.
Comunicação é bom
Vantagens que hoje se tem
Feliz é quem tem amigos
Fora das Redes também
A vida só tem sentido
Quando o que é permitido
É aquilo que convém.
Vantagens que hoje se tem
Feliz é quem tem amigos
Fora das Redes também
A vida só tem sentido
Quando o que é permitido
É aquilo que convém.
Pra quem meu verso rimado
Acabou de receber
Compartilhe esta mensagem
Que finaliza a dizer:
"Viva a vida intensamente
Porque é pessoalmente
Que se faz acontecer!"
Acabou de receber
Compartilhe esta mensagem
Que finaliza a dizer:
"Viva a vida intensamente
Porque é pessoalmente
Que se faz acontecer!"
Autora: Izabel Nascimento
Aracaju-Sergipe.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
O BESOURO E A BORBOLETA Lançamento
Caros leitores do blog:
Gostaria de convidá-los para o lançamento do livro O BESOURO E A BORBOLETA, de Alessandro Nóbrega.
Será dia 26/09 (sábado), às 18 horas, na Livraria Educativa.
Uma breve apresentação do livro:
"Com um texto simples e claro, acompanhado de belas ilustrações, a história
O BESOURO E A BORBOLETA se apresenta de maneira divertida e ensinando
aos pequenos o respeito às diferenças. Também pode ser utilizado pedagogicamente
pelo professor para abordar, de forma lúdica, as questões sobre Bullying."
No dia, teremos algumas atrações direcionadas ao público infantil.
Gostaria de convidá-los para o lançamento do livro O BESOURO E A BORBOLETA, de Alessandro Nóbrega.
Será dia 26/09 (sábado), às 18 horas, na Livraria Educativa.
Uma breve apresentação do livro:
"Com um texto simples e claro, acompanhado de belas ilustrações, a história
O BESOURO E A BORBOLETA se apresenta de maneira divertida e ensinando
aos pequenos o respeito às diferenças. Também pode ser utilizado pedagogicamente
pelo professor para abordar, de forma lúdica, as questões sobre Bullying."
No dia, teremos algumas atrações direcionadas ao público infantil.
Cristiane Praxedes Nóbrega
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