sexta-feira, 31 de outubro de 2014
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
QUANDO A CABEÇA PINTA... A PINTA BAIXA A CABEÇA
Eu quero
dar um recado
pra quem completou sessenta,
que a cabeça está cinzenta
e com motor enguiçado,
do seu tempo de tarado
é bem melhor que se esqueça.
à lei da vida obedeça
que sessenta não é trinta.
E quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
Eu com cinquenta de idade,
meu cabelo já pintou
e o que era brabo ficou
manso, demente e covarde.
Trabalha pela metade,
tudo impede que ele cresça.
Sua força está de terça
e vai findar numa quinta.
Que quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
O Egídio anda sem fé,
pra o chamego é incapaz
tenta fazer mais não faz
pois, nada fica de pé.
Sei que homem Egídio é,
mas de ser macho ele esqueça.
Se conforme e reconheça
que já inteirou dois trinta.
E quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
E o Ivo só diz que é macho
mas nisso eu não acredito,
sua bola está sem pito
e seu pino está pra baixo.
Seu fruto murchou do cacho
e nada faz que ele cresça.
Só falta que ele esclareça,
diga a verdade não minta.
Que quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
Me disseram que Zequinha,
há certo tempo passado,
de galo até foi chamado,
pela fama que ele tinha.
Hoje vai pra camarinha
e ronca até que amanheça,
daqueles tempos ele esqueça,
somente saudade sinta.
Pois quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
Roberto já está pintando,
e isso não é bom sinal.
E garanto que esse mal,
doutor nenhum tá curando.
O cabelo branqueando,
da juventude se esqueça.
A uma escala obedeça,
seja na sexta ou na quinta.
Que quando a cabeça pinta,
a pinta baixa cabeça.
E aos jovens que aqui estão,
que ficaram me gozando,
vejam se já estão pintando,
se não estão, ficarão.
Cuidado com a gozação,
de orgulho não padeça.
Para que não aconteça,
de pintarem antes dos trinta.
pois quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
pra quem completou sessenta,
que a cabeça está cinzenta
e com motor enguiçado,
do seu tempo de tarado
é bem melhor que se esqueça.
à lei da vida obedeça
que sessenta não é trinta.
E quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
Eu com cinquenta de idade,
meu cabelo já pintou
e o que era brabo ficou
manso, demente e covarde.
Trabalha pela metade,
tudo impede que ele cresça.
Sua força está de terça
e vai findar numa quinta.
Que quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
O Egídio anda sem fé,
pra o chamego é incapaz
tenta fazer mais não faz
pois, nada fica de pé.
Sei que homem Egídio é,
mas de ser macho ele esqueça.
Se conforme e reconheça
que já inteirou dois trinta.
E quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
E o Ivo só diz que é macho
mas nisso eu não acredito,
sua bola está sem pito
e seu pino está pra baixo.
Seu fruto murchou do cacho
e nada faz que ele cresça.
Só falta que ele esclareça,
diga a verdade não minta.
Que quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
Me disseram que Zequinha,
há certo tempo passado,
de galo até foi chamado,
pela fama que ele tinha.
Hoje vai pra camarinha
e ronca até que amanheça,
daqueles tempos ele esqueça,
somente saudade sinta.
Pois quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
Roberto já está pintando,
e isso não é bom sinal.
E garanto que esse mal,
doutor nenhum tá curando.
O cabelo branqueando,
da juventude se esqueça.
A uma escala obedeça,
seja na sexta ou na quinta.
Que quando a cabeça pinta,
a pinta baixa cabeça.
E aos jovens que aqui estão,
que ficaram me gozando,
vejam se já estão pintando,
se não estão, ficarão.
Cuidado com a gozação,
de orgulho não padeça.
Para que não aconteça,
de pintarem antes dos trinta.
pois quando a cabeça pinta,
a pinta baixa a cabeça.
Autor: Chico Gabriel
Mais versos neste mote:
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
O ABOIO DO VAQUEIRO JOÃO PINHEIRO
JOÃO PINHEIRO
Ao
Dr. Odorico Ferreira de Souza
Patrão vaimicê se alembra
du nego véi João Pinheiro,
u mió aboiadêro
i
bóiadô?
Si alembra seu Dôtô
qui quando ele aboiava
as rua regurgitava
di
gente?
inda trago bem patente
u abôio sintimentá,
aquele abôio sem iguá
no
Norte...
Guela chêa, peito forte
tipo mermu du vaqueiro,
mi alembro dôtô, mi alembro
du abôio di João Pinhêro...
Autor: Cosme Ferreira Marques, livro Canastra Véia
Fonte: José Fernandes Bezerra, Livro Retalhos do Meu Sertão, pág. 17
terça-feira, 28 de outubro de 2014
POEMA SOBRE JAPI E NOTA DE FALECIMENTO
MINHAS BOBAGENS (FRANCISCA DE OLIVEIRA CONFESSOR)
Japi, velho japi
Reprodutor das cenas
Do caboclo dançarino
Das mais bonitas morenas
Do canário cantador
Das borboletas serenas
Não espero ganhar ponto
Não tenho capacidade
Mil novecentos e vinte e dois
Nove anos minha idade
Meu pai fez a primeira casa
Onde hoje é a cidade.
Japi da pedra do tacho
Com seu mistério divino
Que batendo nela eu acho
Escutar a voz do sino
E a pedra do meio da serra
Onde o caboclo se inspira
E a lua ilumina a terra
Vê a rocha e admira
Japi da pedra da barra
E a serra dos três irmãos
Onde canta a cigarra
Quando muda a estação.
Pedra da negra, letreiro
Que fica na cordilheira
Boqueirão do aguaceiro
Onde forma a cachoeira
Japi das pedras pretas
E do tanque do urubu
Vaca morta em retreta
Onde canta o sanhaçu
Tem a pedra do letreiro
Onde canta a jati
De onde vem o roteiro
Para o nome de japi.
Contemplando o firmamento
Vejo grandeza daqui
A mansa brisa do vento
A beleza de japi
A grande baraúna
Bem pertinho da cidade
Onde cantava a craúna
Hoje só resta saudade.
Japi, velho japi
Reprodutor das cenas
Do caboclo dançarino
Das mais bonitas morenas
Do canário cantador
Das borboletas serenas
Não espero ganhar ponto
Não tenho capacidade
Mil novecentos e vinte e dois
Nove anos minha idade
Meu pai fez a primeira casa
Onde hoje é a cidade.
Japi da pedra do tacho
Com seu mistério divino
Que batendo nela eu acho
Escutar a voz do sino
E a pedra do meio da serra
Onde o caboclo se inspira
E a lua ilumina a terra
Vê a rocha e admira
Japi da pedra da barra
E a serra dos três irmãos
Onde canta a cigarra
Quando muda a estação.
Pedra da negra, letreiro
Que fica na cordilheira
Boqueirão do aguaceiro
Onde forma a cachoeira
Japi das pedras pretas
E do tanque do urubu
Vaca morta em retreta
Onde canta o sanhaçu
Tem a pedra do letreiro
Onde canta a jati
De onde vem o roteiro
Para o nome de japi.
Contemplando o firmamento
Vejo grandeza daqui
A mansa brisa do vento
A beleza de japi
A grande baraúna
Bem pertinho da cidade
Onde cantava a craúna
Hoje só resta saudade.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
No bojo da sepultura todos nós somos iguais
(Marquinhos
Freitas, autor)
Dentro
do João XXIII
Ou do
Izabel Delfino
Será o
último destino
Meu e de
todos vocês
Que o
cemitério é xadrez
Que prende
os restos mortais
E o
prisioneiro jamais
Arrebenta
a fechadura
No bojo
da sepultura
todos
nós somos iguais
Em novembro
quem visita
O cemitério
e as covas
vê buquê
de flores novas
grinalda
e laço de fita
uma
mensagem bonita
escrita
em um cartaz
e o
retrato de quem jaz
desbotado
na moldura
No bojo
da sepultura
todos
nós somos iguais.
A morte
é como um castigo
Pra o
ser humano entender
Que Deus
é quem tem poder
E nos iguala
no jazigo
Tanto faz
ser um mendigo
Como Hermínio
de Moraes
Um vai
na frente outro atrás
E a
podridão se mistura
No bojo
da sepultura
todos
nós somos iguais.
No momento
que Jesus
Manda chamar
a pessoa
Sem asas
a alma voa
Quando o
espírito é de luz
Enterra o
corpo e a cruz
Por ser
pequena demais
Só cabe
as iniciais
Do nome
da criatura
No bojo
da sepultura
todos
nós somos iguais.
Mata
anão, médio e gigante
Rico,
pobre, preto e branco
Gordo, magro,
fraco e franco
Maltrapilho
e elegante
Babá,
bebê e gestante
Velho,
mocinha e rapaz
Que a
morte é bruta e voraz
E com
ela a parada é dura
No bojo
da sepultura
todos
nós somos iguais.
Tem mulher
que se orgulha
Usando uma
roupa nova
E nem
imagina que a cova
E a
mortalha lhe embrulha
Num mar
de ilusão mergulha
Sonhando
alto demais
Quer ser
Juliana Paes
No perfil
e na altura
No bojo
da sepultura
todos
nós somos iguais.
A morte
mata prefeito
Deputado
e presidente
O pai e
a mãe da gente
Médico e
juiz de direito
Pra que
tanto preconceito
E diferenças
raciais
Se pra
Jesus tanto faz
Pele clara
ou pele escura?!
No bojo
da sepultura
todos
nós somos iguais.
Veja também:
PRA QUE TANTA RIQUEZA SE A PESSOA NADA LEVA DAQUI PRA SEPULTURA?
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PRA QUE TANTA RIQUEZA SE A PESSOA NADA LEVA DAQUI PRA SEPULTURA?
sábado, 25 de outubro de 2014
DEBATE ELEITORAL - Humorista Márcio Américo
Humorista e escritor pé vermelho, ex-morador da Vila Nova – eterna adversária da Vila Recreio – lança canal no youtube com o nome “Descarga Elétrica”. A parceria é com a produtora Take a Take, de São Paulo. O roteiro é produzido por Américo, que gravou ontem algumas cenas com o tema do momento: debate eleitoral das eleições presidenciais. O tema no canal da internet promete ter muita crítica social e política. - http://blogs.odiario.com/pacocacomcebola/2014/10/14/marcio-americo-lanca-canal-no-youtube/
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
O POETA MARCIANO MEDEIROS GANHA VIII Prêmio COSERN!
Cordelista Marciano Medeiros fica em
1º lugar na Categoria Livre do VIII Prêmio COSERN de Literatura de Cordel
A Cosern - Grupo
Neoenergia e a Comunique Editora anunciam com prazer os nomes dos vencedores e
vencedoras do VIII Prêmio Cosern Literatura de Cordel. Com a temática
“Comportamento seguro – a vida acima de tudo”, esse ano, o concurso envolveu 46
participantes.
A equipe organizadora por intermédio de Karine Severo, agradeceu a todos que participaram e parabenizou aos que se destacaram com os seus trabalhos! “Reforçamos o nosso encantamento e o nosso reconhecimento pela importância da literatura de cordel. E parabéns aos poetas que vivem e lutam pela cultura popular”, mencionou Karine, após anúncio dos vencedores. O poeta Marciano Medeiros ficou em primeiro lugar na categoria livre.
A equipe organizadora por intermédio de Karine Severo, agradeceu a todos que participaram e parabenizou aos que se destacaram com os seus trabalhos! “Reforçamos o nosso encantamento e o nosso reconhecimento pela importância da literatura de cordel. E parabéns aos poetas que vivem e lutam pela cultura popular”, mencionou Karine, após anúncio dos vencedores. O poeta Marciano Medeiros ficou em primeiro lugar na categoria livre.
Vencedores da categoria Ensino Fundamental:
1º lugar: Saulo Gabriel Q. de Souza, com o
cordel Vivendo e se libertando.
2º lugar: Isaque Gomes Holanda, com Trânsito
consciente, vida segura.
3º lugar: Daniel Garcia Vieira de Freitas, com
Um trânsito seguro.
Categoria Ensino Médio:
1º lugar: Ohanna Macena Dezidério, com Todo
cuidado é pouco.
2º Jailson Matias Leandro, com O perigo do
trânsito, uma reflexão profunda.
3º lugar: Monique Stefhany S. Ferreira, com
Cidadão cuidado – Vida segura no trânsito.
Categoria Livre:
1º lugar: Marciano Batista de Medeiros, com
Confissões de um sedutor.
2º lugar: Hélio
Alexandre Silveira e Souza, com O brando sopro da vida nas armadilhas mundanas.
3º lugar: Hélio
Pedro Souza, com Como um bom comportamento pode preservar a vida.
Escolas vencedoras:
Ensino Médio – IFRN – Campus São Gonçalo do
Amarante.
Ensino Fundamental: Escola Municipal Rotary
(Mossoró)
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
O VOTO OBRIGATÓRIO
Quem concorda?
“Eu sou a favor do voto obrigatório. Por que eu sou a favor do voto obrigatório? Nós temos que entender que a participação política é um dever do cidadão, não é um direito. Nós temos que entender que este dever deve ser, caso não cumprido, sancionado. Nós temos que incutir na pessoa, no cidadão, a ideia de que se ele vive em sociedade e se ele vive em uma nação, ele tem obrigações com essa nação. E a primeira obrigação que ela tem é de não se omitir.” - José Antonio Dias Toffoli
“Eu sou a favor do voto obrigatório. Por que eu sou a favor do voto obrigatório? Nós temos que entender que a participação política é um dever do cidadão, não é um direito. Nós temos que entender que este dever deve ser, caso não cumprido, sancionado. Nós temos que incutir na pessoa, no cidadão, a ideia de que se ele vive em sociedade e se ele vive em uma nação, ele tem obrigações com essa nação. E a primeira obrigação que ela tem é de não se omitir.” - José Antonio Dias Toffoli
domingo, 19 de outubro de 2014
A DIDÁTICA DO CORDEL
Autores: Arievaldo Viana e Zé Maria de Fortaleza
(TRECHOS)
Quando ainda não havia
O Rádio e a televisão
E os jornais não chegavam
Pra toda população
O folheto de CORDEL
Era o JORNAL DO SERTÃO
Lendo folhetos, então
O nosso povo sabia
Lenda de rei e princesa
E fato que acontecia...
Por ser cultura do povo
Inda resiste hoje em dia.
Muita gente o aprecia
Nas camadas populares
Porque leva informação
E divertimento aos lares
É cultura que resiste,
Forte, apesar dos pesares.
Conheço muitos lugares
Nos cafundós do sertão
Onde o cordel é usado
Para a alfabetização
É o Professor Folheto
Herói da educação.
Leandro Gomes, então,
Foi o grande pioneiro
Na publicação de versos
Por este Brasil inteiro.
Nasceu lá na Paraíba
Esse vate brasileiro.
Usando o canto guerreiro
Da Gesta Medieval,
Antigas lendas Ibéricas,
Contos de fada, afinal,
Foi que Leandro moldou
Essa arte magistral.
Deu ao folheto, afinal,
Um formato brasileiro.
Revendo o “Ciclo do Gado”,
Criou o “Boi Mandingueiro”,
Falou de Antônio Silvino
Um famoso cangaceiro.
De títulos quase um milheiro
Nosso Leandro escreveu.
Sustentou mulher e filhos
Com a arte que Deus lhe deu.
Propagou pelo Nordeste,
Somente disso viveu.
Quando Leandro Morreu
O cordel continuou...
João Martins de Athayde
Muito tempo publicou
Obras de vários poetas
E assim o consolidou.
A informática chegou
Com a globalização
Com antenas parabólicas
Espalhadas no sertão
Mas o folheto garante
Boa comunicação.
Agora, na EDUCAÇÃO
O folheto faz figura.
As escolas descobriram
Que o cordel é cultura.
Meus parabéns para nossa
Popular literatura.
sábado, 18 de outubro de 2014
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
terça-feira, 14 de outubro de 2014
“Lindo Amor que Floresceu nas Páginas do Facebook”, é o novo título do cordelista Marciano Medeiros
“Lindo Amor que Floresceu nas Páginas do Facebook”, é o novo título do cordelista Marciano Medeiros
(Da
redação)
O autor diz que trabalhou um ano elaborando
essa história de ficção e que ambientou tudo em 20010, na cidade de Serra de
São Bento/RN. Marciano Medeiros afirmou que procurou unir o clássico ao
moderno, elaborando essa moderna e inesquecível história de amor acontecida no
Facebook.
Trata-se da vida de João Pereira da Silva,
conhecido por João Faxina. O cordelista declarou que este personagem surgiu
através de um sonho que teve. Já algumas experiências vivenciadas na internet
por ele e amigos, serviram para elaboração do enredo. Medeiros enfatizou que
num sítio de Serra de São Bento existia uma menina chamada Jucileide, que era
apaixonada por João Faxina, mas a jovem foi rejeitada em suas românticas pretensões
amorosas.
Em maio de 2010 o moço João, começa a se
interessar pelo Facebook, encontrando na possibilidade uma ferramenta moderna
para lhe ajudar a encontrar um grande amor. A trama do cordel aborda problemas
de discriminação, mostra as mudanças nos hábitos da sociedade nordestina, os
perigos do namoro virtual e apresenta no mínimo três desfechos. O cordel está
sendo impresso numa tiragem de mil exemplares e tem o patrocínio do jornalista
Joaquim Pinheiro.
O romance é composto de 159 estrofes,
diagramadas em 32 páginas. A capa mostra uma xilogravura de Erick Lima e o texto
foi elaborado em sextilhas. Marciano Medeiros disse que irá divulgar seu novo
cordel em todas as escolas que puder e que ficou muito feliz na criação deste
novo e surpreendente romance, que divulgará Serra de São Bento de modo
inimaginável por todo o Brasil. Toda a cena vivida pelos personagens principais
se passa nas dependências da Escola Estadual Professor Joaquim Torres.
O poeta que integra a Academia
Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel é natural de Santo Antônio/RN,
porém nunca perdeu o vínculo com Serra de São Bento, cidade onde se encontra
todas as origens familiares do autor.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
RESTAURAÇÃO DO CIRCO DO PALHAÇO PIXILINGA - Epitácio Andrade
Patuenses fazem Campanha para Restaurar o Circo do Palhaço Pixilinga.
Picadeiro do Circo do Palhaço Pixilinga
|
No último dia primeiro de outubro de 2014, uma tempestade destroçou o circo do palhaço Pixilinga, no distrito de Boi selado, na zona rural de Jucurutu, no Seridó potiguar. Pixilinga é o nome artístico do patuense João Maria Macena de Araújo, que desde criança se dedica a arte circense e juntamente com um grupo de artistas têm nesta empresa de produção do riso o seu meio de sobrevivência.
João Maria Macena, pixilinga com uma filha
|
Com a fatalidade, a sobrevivência do artista e de outras famílias ficou comprometida.
Mural da clínica LilianHolanda/Suzete Rovira
|
Sensibilizado com a situação um conjunto de patuenses, liderados pela farmacêutica Lilian Holanda resolveu fazer uma campanha de arrecadação de fundos para restaurar o circo de Pixilinga. As doações poderão ser efetuadas na conta exposta no cartaz e outras informações poderão serem prestadas por meio de contato telefônico com a Clínica da doutora Lilian Holanda/Suzete Rovira. Fone (084) 3206-1418
Cartaz da campanha
|
O engenheiro agrônomo patuense Francisco Rodrigues (Kavei), um dos colaboradores da campanha, lembrou que a arte circense através da figura do palhaço faz parte do universo infantil e este dia 12 de outubro, dia das crianças, seria mais um motivo para que os conterrâneos e apologistas da cultura popular contribuíssem com a campanha.
Engenheiro agrônomo Francisco Rodrigues (Kavei). Colaborador |
Público infantil no circo do palhaço Pixilinga
|
domingo, 12 de outubro de 2014
DESABA... ABAFO?... NÃO! DESABAFO
O meu brado apesar de retumbante
Na verdade, nem sei se foi ouvido
E agora entalado na garganta
Já nem soa de tão enfraquecido
Penso que com o andar da carruagem
Esse povo já tenha esquecido.
Na verdade, nem sei se foi ouvido
E agora entalado na garganta
Já nem soa de tão enfraquecido
Penso que com o andar da carruagem
Esse povo já tenha esquecido.
Se hoje estou fraco, cansado, abatido
Surrado, oprimido, também na pobreza
bem antes, já fui figura deslumbrante
Isso, meu amigo, digo com certeza
No tempo de moço, eu era um colosso
E já fui gigante pela natureza
Surrado, oprimido, também na pobreza
bem antes, já fui figura deslumbrante
Isso, meu amigo, digo com certeza
No tempo de moço, eu era um colosso
E já fui gigante pela natureza
Já fui rico e tive liberdade
Consegui conquistá-la à braço forte
Mas, “alguém” veio cortou a minha sorte
Me usurpando à torto e à direito
E uma situação desse jeito
Desafia meu peito a própria morte
Consegui conquistá-la à braço forte
Mas, “alguém” veio cortou a minha sorte
Me usurpando à torto e à direito
E uma situação desse jeito
Desafia meu peito a própria morte
Tô deitado no chão eternamente
Meu berço esplêndido se quebrou
E o meu sonho intenso já virou
Pesadelo que hoje me enerva
Raios fúlgidos fugiram dessa terra
Sol da liberdade se apagou
Meu berço esplêndido se quebrou
E o meu sonho intenso já virou
Pesadelo que hoje me enerva
Raios fúlgidos fugiram dessa terra
Sol da liberdade se apagou
Obscuro é o fim da minha história
Orfandade é o que tenho por herança
Sem a mãe tão gentil que cedo foi
Meu viver é agora insegurança
Sigo cambaleando nessa vida
Agarrado ao pendão da esperança
Orfandade é o que tenho por herança
Sem a mãe tão gentil que cedo foi
Meu viver é agora insegurança
Sigo cambaleando nessa vida
Agarrado ao pendão da esperança
Autor: ZéFerreira (José Ferreira Santos)
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
PARA O MELHOR PAI DO MUNDO - Débora Fernanda
Minha filha resgatou hoje, dentre papeis esquecidos, versos que fez para mim quando tinha entre 10 e 11 anos. Como não se emocionar com isso?!
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Vem de lá que eu vou de cá Mostrar quem é cantador.
PELEJA ENTRE
JARCONE VITAL X ZÉ FERREIRA
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Sou um poeta pequeno,
porém não me menospreze,
ajoelhe a Deus e reze,
não provar do meu veneno,
o azêdume é "tereno",
no embate sou terror,
já vi poeta doutor,
me pedindo pra parar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
ZéFerreira
Se você se diz pequeno
eu aconselho que cresça
e depois me apareça
fazendo aí um aceno.
Eu te espero, sereno
no peito nenhum temor
só pra Deus Nosso Senhor
é que vou me ajoelhar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Todo nordeste conhece
aforça do meu repente
se passar na minha frente
ligeiro tu adoece
vai comer pra ver se cresce
magricela sofredor
papagaio falador
aqui não vai se criar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
ZéFerreira
Já cantei com muita gente,
nunca com contaminado
a dizer que ao seu lado
alguém vai ficar doente.
Porém, preventivamente
tomei imunizador
trouxe um pulverizador
para seu verme matar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Jarcone Vital
Se poeta der bobeira,
arranco sua camisa,
lhe dou uma baita pisa,
com um fio de cadeira,
dou cascudo na "moleira",
de tapar o obrador,
eu gosto é de ver a dor,
nesse filho de Imbuá,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreira
Enfrento qualquer rival
tentando ser compassivo
mas você me dá motivo
para cobri-lo no pau.
Não tenho fama de mau
porém digo sem rancor,
se despertar meu furor
de ti nada vai sobrar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Rimador véi sem futuro,
lhe peço não me aborreça,
cobra de duas "cabeça",
fumaceiro de monturo,
mijador de pé de muro,
indigente sofredor,
cria que não teve amor,
nascido para penar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreira
Não queira me ver zangado
pois arregaço a munheca
faço de você peteca
jogando pra todo lado.
Vai apanhar um bocado
e não vai achar doutor
que lhe aplaque a dor
na hora de defecar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
De onde saiu esse incréu,
pra querer cantar comigo,
vou arrancar teu umbigo,
e pisar o teu chapéu,
se esqueça logo do céu,
o cão é teu protetor,
só Jesus nosso senhor,
é quem pode te salvar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreira
Você só cantou bravata
agora vai levar tombo
e vai aprender no lombo
o ensino da chibata.
Aluno que desacata
seu mestre, seu professor
mostra que não tem valor
só serve para apanhar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Essa sarna nunca vai,
saí dessa desavença,
hoje voçê pede abença,
me chamando de papai,
a sua casa hoje cai,
junto com o seu fedor,
seu moleque traidor,
aprenda a me respeitar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreira
Poetazinho nanico
De repertório barato
dê nessa boca um trato
pois só parece um pinico
vá escovar esse bico
Minimizar o odor
diga algo de valor
que a gente possa escutar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Poetinha sem futuro!
querendo ser menestrel,
nunca conheceu papel,
cresceu escrevendo em muro,
sempre viveu no escuro,
agora quer ser doutor,
tu és um avoador,
que já cansei de pescar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreira
Seu versejar é tacanho
e só dá pra pagar mico
sua idéia é de girico,
a poesia é sem tamanho.
A minha imagem arranho
ao lado dum sem pudor
mas a todo pecador
Vem um cão pra atentar.
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Pego você no repuxo,
tiro sua valentia,
irás parir uma cria,
não serei pai desse bucho,
pra você seria luxo,
um filho do seu mentor,
não farei esse favor,
só não vou lhe emprenhar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreir
Tô vendo acabar a pilha
desse poeta fracote
Se não podia com o pote
porque pegou na rodilha?
do arco de tordesilha
pra linha do Equador
nunca vi opositor
que pudesse me alcançar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Minha pilha vai além,
de âmperes e decibéis,
voçê nasceu pra derréis,
não vai chegar a vintém,
eu estou bem mais além,
do vôo alto do condor,
Honduras e el-Salvador,
é onde eu vou te soltar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreira
Conhece logo o fracasso
quem me vem com desaforo
seu cantar se torna choro
na potência do meu braço.
Volta pra casa um bagaço
pior do que já chegou
e diz nunca mais eu vou
a Zé Ferreira afrontar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Esse poeta aprendiz,
querendo cantar de galo,
arrumou foi um entalo,
porque não sabe o que diz,
mando em tu infeliz!
sou o teu amo e senhor,
não canto com perdedor,
Passa pra não enganchar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreira
Ainda tá pra nascer
aquele que me derrote
só tenho visto frangote
chegar, apanhar, correr.
Por isso posso dizer:
quem à vida tem amor,
a si faz grande favor
em não me desafiar
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Nascestes pra levar pêia,
seu filho de chocadeira,
tu vai sair na carreira,
quando vir a coisa feia,
dou-te pisa de corrêia,
poeta gaguejador,
já que tu nunca prestou,
nem perdão irás ganhar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreira
A macaca do repente
ando com ela ensebada
somente pra dar lapada
em poeta insolente.
Quem pisa no meu batente
em tom desafiador,
me saúda com temor
depois do couro provar,
Vem de lá que eu vou de cá
Mostrar quem é cantador.
Jarcone Vital
Meu menestrel Zé Ferreira,
de ti um fã eu já sou,
porém tudo não passou,
de uma grata brincadeira,
nessa terra Brasileira,
és poeta com louvor,
estou sempre ao seu dispor,
por tanto te admirar,
Dá gosto vê-lo versar,
Mostrar quem é cantador.
Zé Ferreira
Caro Jarcone Vital
pra mim foi grande alegria
fazer essa parceria
com um poeta genial.
Pra você não tem rival
reconheço o seu valor
sou seu admirador
isso não posso negar
Dá gosto vê-lo versar,
Mostrar quem é cantador.
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