Por trás deste médio homem,
senhora Santos, há uma grande mulher na obscuridade por causa das orelhas à frente.
Emocionei-me ao ler o que
escreveu no texto MEU OURO, MEU TESOURO.
Se sorrio sempre, minha
querida, e a faço gargalhar, é porque meu bom-humor encontra eco nos corredores
de sua alma.
Há que haver contraste entre a
maciez do pneu e a dureza da pista para que a viagem aconteça. Você, com pneus
ou sem pneus, me amortece e vivifica.
A verdade é que conviver
consigo e com sua família é muito prazeroso. Suas irmãs e irmão são ovelhas.
Sua benedita mãe está mais para flor
que para ofídio.
Você é sábia, prudente, bela,
uma companhia agradabilíssima. Seu bom gosto e inteligência tiveram plena
revelação quando me escolheu.
Após o aprazível banquete
oferecido pelos amigos, veio você e me surpreendeu com tão deliciosa sobremesa.
Não sou seu tesouro, e sim o
rico baú em que se encontra. Se sou seu ouro, é porque tenho uma ourives
generosa, que me lapida com carinho e faz vistas grossas para as escórias.
A promessa de um seguro de
vida foi razão mais que suficiente pra que escrevesse tais encômios. Em memórias póstumas continuarei a ruminar esta mensagem e enaltecerei tudo que
fez.
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