UM CONSTANTE DESAFIO
Ontem marcou os três anos que comecei, com mais assiduidade, a produzir textos para este blog da APOESC. Naquele tempo remoto, nem se falava na possibilidade das guerras entre Rússia e Ucrânia, nem da reativação do conflito Israel/Palestina. As incertezas sobre a governabilidade do Brasil pairavam no ar assim como o futuro da humanidade nas mãos da COVID-19.
Depois de presenciar esses perrengues todos, olho e percebo que tenho muito a agradecer aos que compartilharam e compartilham nossos textos, e também aos que me deram suas ideias para reflexão. Nessa festa cultural, a experiência no escrever, no ler e no refletir me conduziu para memórias adormecidas e conhecimentos perdidos, eis o motivo do reconhecimento aos que estavam sempre torcendo por uma boa literatura.
Aqui nesta página, posso fazer experiências literárias que ainda estão em processo de depuração para chegar a um texto perfeito, aquele que se lê sem tropeços, entrelinhas ou duplo sentido.
Ninguém produz sem consumir, e hoje procuro ler, não para me inteirar da história, mas simplesmente para não cometer deslizes que detecto em autores até renomados.
Toda essa experiência acumulada em exatamente 628 textos, não me permite ter mais ansiedade em produzir rápido, e sim, apenas visando um pouco mais de qualidade.
Quando me propus a voltar a escrever para este renomado blog, a alavanca propulsora foi saber que produzindo ou não o tempo passa do mesmo jeito. Aprendi que a espera pelo momento oportuno para se dedicar ao que se gosta simplesmente não existe e que é preciso cavar as oportunidades dedicando-se a elas sem arredar o pé, pois enquanto se está esperando pelo desconhecido outras muitas revoluções permanecem acontecendo.
A falta de obrigatoriedade transforma o fazer artístico num deleite. O texto prazeroso é aquele que se começa com várias horas em busca do primeiro vocábulo, depois na construção dos personagens e, mais ainda, no vaivém das palavras. Se não dá para ser publicado num dia, no outro vai estar mais aperfeiçoado, como já aconteceu por várias vezes graças à paciência do editor, ao nível de Max Perkins, Gilberto Cardoso dos Santos.
Durante esse percurso, perdi muitos familiares que serviram de inspiração para temáticas aqui apresentadas, mesmo assim não lamento suas perdas, pois eles ainda continuam exercendo influência no itinerário das minhas palavras.
Por isso, obrigado a todos os vivos e não vivos pelo apoio incondicional.
Heraldo Lins Marinho Dantas
Natal/RN, 17.11.2023 - 10h58min
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