Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se a sua conduta é pura e reta. - Provérbios 20:11
Quer saber a diferença entre um editor mercenário e alguém que promove a leitura e a literatura por motivos louváveis? Veja o exemplo de Cleudivan, sócio fundador da CJA e criador do Selo Trairi.
Ele veio deixar meu livro Contos e Fábulas em Cordel; não podia demorar, pois iria com urgência a outras cidades. Horas depois, quando julgava que estivesse bem distante daqui, ele retornou; disse que havia esquecido algo muito importante e precisara voltar à minha casa; fiquei a especular o que ele havia esquecido, a ponto de obrigar-se a retornar.
Explicou-se:
— Esqueci de pegar minha cópia do seu livro devidamente autografada e também a cópia do ilustrador. Não posso retornar a Natal sem isso.
Nada lhe disse no momento, mas esse gesto falou fundo ao meu coração. Busquei caprichar na dedicatória para fazer jus à ação.
Sei de muitos editores — a net está cheia deles — dispostos a se aproveitar dos sonhos dos que escrevem e a transformá-los em pesadelos. Sei de uma das muitas vítimas destes, que vendeu seu carro para investir caro numa obra que não lhe trouxe o esperado retorno.
Tenho observado atentamente a conduta de Cleudivan desde o primeiro dia que o vi e vejo nele uma índole diferente. Foi pelo caminho da leitura que ele ascendeu às alturas em que hoje se encontra; por amor à literatura e por crer no potencial autossustentável de promovê-la, abandonou um emprego fixo para dedicar-se aos livros. Estive em sua casa e vislumbrei o paraíso descrito por Borges: uma grande biblioteca. Vi prateleiras e mais prateleiras de livros que ele tem reservado para ler quando dispuser de tempo. Disse-me que os reserva para a aposentadoria. Ali, enfileirados, vi clássicos da literatura universal e obras nacionais relevantes. Pensei comigo: "Puxa vida! quantas coisas ele poderia projetar para seu próprio lazer durante a velhice, no entanto o que priorizou foi a leitura!"
Manuseio meu primeiro livro — Um Maço de Cordéis, lições de gente e de bichos —, em seguida folheio o Contos e Fábulas em Cordel e vejo com quanto capricho a obra foi confeccionada. Ele atentou para os mínimos detalhes; papel e ilustrações da melhor qualidade.
Desejo-lhe sucesso em seu nobre e bem-intencionado empreendimento.
Parabéns ��������������������
ResponderExcluirLendo seu texto, poeta, noto que pessoas como Cleudivan são raras. Tenho um sonho de lançar meu primeiro livro e certamente irei procurá-lo. Parabéns a ele por ser essa pessoa íntegra e a você por mais um trabalho publicado. Não tenho dúvida de que será um grande sucesso, assim como foi o primeiro.
ResponderExcluirÉ mesmo louvável o afeto, a transparência, a verdade e a dedicação. Estamos amando seu livro. Espero poder em breve ter seu autógrafo e também esta oportunidade de encontrar com Cleudivan Jânio também agora meu editor. Que bênção!!
ResponderExcluirRealmente ele é um editor e tanto.
ResponderExcluirQue pena que ele estava impossibilitado de lançar meu livro, devido a contratempos. Quem sabe meu próximo livro eu tenha essa honra!
ResponderExcluirCleudivan é um editor muito dedicado ao seu trabalho e aposta no livro dos autores que publica. Parabéns, Gilberto Cardoso pela singela homenagem.... Abraços..
ResponderExcluirEle é uma pessoa muito íntegra e fiel com seus compromissos, uma pessoa com uma alma transparente. ������✨
ResponderExcluirParabéns aos dois, merecidamente!
ResponderExcluirPrimeiramente, meu querido Gilberto, parabéns por mais essa conquista!! Curiosa demais pra ler "Fábulas em cordel"!!
ResponderExcluirSegundo, sobre Cleudivan, digo o seguinte: esse é o Brasil que eu quero!! Um profissional que se esmera no que faz e um leitor devotado. Já pensou se metade dos brasileiros fosse assim: profissionais dedicados e grandes leitores? Acho que estaríamos melhores em muita coisa...
Gente da melhor qualidade!
ResponderExcluirFicou muito lindo seu livro Gilberto Cardoso Dos Santos !Cleudivan Jânio e você tem muito bom gosto e esmero nas coisas que se propõe a fazer.A capa ficou lindíssima e acredito que os poemas nem se fala.
ResponderExcluirConheço ambos os lados - pleonasmo? - de editores. Convivi com Dr. Vingt-Un Rosado, criador da Coleção Mossoroense, que se lesse algum artigo relevante num jornal, aquele autor do artigo passaria a ser autor da CM; ele os publicava em plaquetes sem sequer pedir autorização. E enviava 100 ou mais exemplares pro surpreso autor. Vi livros sendo publicados apenas devido a sua persistência e paciência, indo a procura de apoio nas Prefeituras, universidades, empresários. De 300 exemplares para cada título, 250 eram do autor (sem gastar 1 centavo) e 50 eram distribuídos para Bibliotecas.
ResponderExcluirTambém já vi e convivi com editores que, ao publicar um trabalho e vendo do sucesso eminente, imprime mais do que o autor combinou, fazendo-lhe concorrência nas vendas.
ResponderExcluirAh! E tem daqueles que só publicam um livro, de qualquer autor, pensando apenas nos número$. E antes de qualquer coisa ainda pergunta-lhe: "É vendável?"