segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

DESAFIO EM DECASSÍLABO - Marciano x Troya


DESAFIO EM DECASSÍLABO

Marciano x Troya

Mote: Júnior Monteiro.

Pra vencer um poeta do seu nível
Nem preciso esforçar a minha mente.

Marciano Medeiros:

No tablado do verso me firmei
O trabalho que faço é importante,
Uma pulga ganhar pra um elefante
Esse fato eu ainda não notei.
Diga ao povo os ensinos que te dei
Se não vou te punir ousadamente,
Minha voz lembra mais o fogo quente
Que derrete um gabola previsível;
Pra vencer um poeta do seu nivel
Nem preciso esforçar a minha mente.

Troya Dsouza:

Muito pouco na vida eu estudei
Mas consigo ficar entre os melhores
Já venci fraco, médio, igual, piores
Qualquer um que me veio eu açoitei
Em você sei que ainda nunca dei
Por ser grande, correto e competente
Mas aqui hoje o tombo é diferente
Mesmo sendo para mim um invensivel
Pra vencer um poeta do seu nível
Nem preciso esfoçar a minha mente.

Marciano Medeiros:

Hoje aqui extermino esse rapaz,
Que resolve apanhar dum campeão,
O meu verso tem bala de canhão,
Vou cortar para sempre o seu cartaz.
Vai sair com destaque nos jornais
O massacre que fiz num inocente,
Um ratinho não ganha de serpente
Esse Troya no grupo é invisível
Pra vencer um poeta do seu nivel
Nem preciso esforçar a minha mente.

Troya Dsouza:

Marciano eu respeito os editais
Que em seu nome por aí altografados
tem diversos no mundo espalhados
Em recortes, revistas e jornais
Mas conforme o repente, os numerais
Sei você não é assim tão valente
Vai saber como eu sou inteligente
Um Mohanmd ali, quase infalível
Pra vencer um poeta do seu nível
Nem preciso reforçar a minha mente.

Marciano Medeiros:

Vou mostrar ao Brasil novo fracote,
Menor nome da nossa profissão,
Vou bater nesse cabra valentão,
Que não sabe sequer fazer um mote.
Um coelho não vence de um coiote,
Nem procure correr na minha frente,
Troya fala que é muito diligente,
Mas a pisa tonou-se previsivel;
Pra vencer um poeta do seu nivel
Nem preciso esforçar a minha mente.

Troya Dsouza:

Eu nasci pra rimar já trouxe o dote
E não me rendo a poeta vagabundo
Onde vou sou primeiro sem segundo
Cantador já conhece o meu chicote
Eu criei armadilhas pra coiote
E pra vencer a blefador prepotente
Você hoje provando o meu repente
Vai saber que eu sou indiscutível
Pra vencer um poeta do seu nível
Nem preciso esfoçar a minha mente.

Marciano Medeiros:

No repente sou forte e decidido
Pra bater num sujeito sem talento,
Improviso veloz igual ao vento
O combate colega está perdido.
Vou parar em respeito a um pedido
Que fizeram no zap ocultamente,
Pois na pista que tem asfalto quente,
Seu carrinho parou sem combustível;
Pra vencer um poeta do seu nivel
Nem preciso esforçar a minha mente.

Troya Dsouza:

Com você sempre estive convencido
Que és um bardo de inestimavel valor
Você fez muito cabra sofredor
Menestrel pelos palcos aplaudido
Mas topou um colega enraivecido
Deslizou, patinou, não foi a frente
Se pensou que eu era incompetente
Entendeu que eu sou indivisível
Pra vencer um poeta do seu nível
Nem preciso esfoçar a minha mente.

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