Bem pessoal! Como falei anteriormente vou tentar aqui justificar o porque estou chamando o que
deveria ser a Conferência Estadual de
Cultura, de DESCONFERÊNCIA. Serei o mais simples possível nas palavras na tentativa
de expor com clareza a desorganização e
a FALTA DE RESPEITO ao qual fomos
submetidos na DESCONFERÊNCIA:
1 – Primeiro! Tinha sido
marcado a Conferência para os dias 16 e 17 deste mês, sendo que até o dia 15 o
Governo não havia entrado em contato com nenhum delegado, ou seja, queria que
nós adivinhássemos o LOCAL, HORA E A DINÂMICA DA CONFERÊNCIA. Após várias
reclamações, inclusive nossa aqui de Santa Cruz, resolveram remarcar a data
para os dia 26 e 27, dar para acreditar?
2 – Foi informado que teríamos
uma abertura oficial no TAM, o que esqueceram de avisar, era que a sala só cabia de 40 a 50 pessoas,
sendo que só delegados eram mais de 200, assim sendo a grande maioria ficou no
lado de fora, sem poder adentrar o espaço para acompanhar a abertura do evento
que democraticamente fora eleito para participar.
3 – Na tal Abertura Oficial
não tivemos a presença de nenhuma autoridade seja do Governo do Estado, seja da
Fundação José Augusto, enviaram para os representar o SUB, DO SUB, DO SUB da
Secretaria de Educação, que foi para lá encher linguiça, não dizendo nada com
nada.
4 – NÃO tivemos direito a
hospedagem, cada um se virava do jeito que dava, na casa de amigos, de um amigo
do amigo e assim ia.
5 – NÃO tivemos direito a
alimentação, com exceção de um almoço, sem direito a alternativa, ou vc comia
frango ou comia frango de novo.
6 – NÃO tivemos direito a
transporte, com exceção de 04 ônibus em fim de carreira, onde ia de 60 a 70
conferencistas, inclusive senhoras e mulheres gravidas passando mal.
7 – NÃO foi disponibilizado
para nós o Regimento Interno, nem a programação. Nas pastas só continha um
bloco de anotações e uma caneta e nada mais.
8 – NÃO foi feito a divisão
das categorias; Sociedade Civil, Poder Público, Convidados e Observadores, o
que gerou muita confusão na hora das votações.
9 – Municípios que realizaram
suas conferências, não conseguiu cadastrar seus delegados devido à organização
não conter a relação.
10 – Municípios que não
realizaram a Conferência Municipal de Cultura conseguiram cadastrar pessoas na
Estadual.
11 – NÃO tivemos representantes
do Ministério da Cultura.
12 – NÃO tivemos na plenária
nenhum representante da Fundação José Augusto, nem do Governo do Estado, ou seja,
não tínhamos com quem debater, era agente com agente mesmo e ponto final.
13 – Iniciou-se a leitura do
Regimento sem que ninguém tivesse acesso, nem uma projeção tinha sido
providenciado, até a intervenção da
plenária, sendo então providenciado a projeção com quase 01 hora de atraso.
14 – O Estado não tinha a
relação dos Municípios que realizaram as Conferências Municipais, ou seja, não
estava preparado para o número de delegados que lá apareceu, nem tão pouco confrontar
se aquelas pessoas eram de fato delegados.
15 – NÃO havia tinta nas
impressoras para imprimir as propostas que foram enviadas pelo os municípios,
quem tinha computador e PENDRAIVE conseguiram fazer alguma coisa, quem não
tinha sabe Deus como fizeram.
16 – O espaço da Plenária só
cabia em média 150 pessoas, sendo que tínhamos quase 300 pessoas, muitas
ficaram em pé e o calor era insuportável.
17 – Quando foi feita a
divisão dos grupos de trabalho, o problema passou a ser a falta de salas para
esses grupos se reunirem.
18 – O Regimento Nacional foi
a todo momento descumprido.
19 - NÃO discutimos os gargalos da politica
pública do Estado para a cultura, o que fizemos foi as pressas elaborar e
aprovar 04 propostas para enviar a NACIONAL.
20 – Tivemos delegado do Poder
Público sendo eleito como Sociedade Civil, o que é proibido pelo o Regimento
Nacional.
21 – E pra fechar com chave de
ouro os OBSERVADORES que pelo o Regimento Interno não tem direito A VOZ E VOTO,
falaram, votaram e até concorrerão para Delegado Nacional.
Podem ter certeza que me sinto
extremamente constrangido relatar isso para os senhores e senhoras, são coisas
tão pequenas e mesquinhas, mas juntando tudo, dar para vcs terem uma ideia de
como fomos tratados. Eu, constrangido com o descaso ao qual estávamos sendo
submetidos, pedi questão de ordem, fiz um desabafo e ao final propus que nos
retirássemos do plenário e fôssemos a frente da Fundação José Augusto,
chamaríamos a imprensa e faríamos um grande protesto, elaborava um documento ao
Ministério da Cultura, relatando o ocorrido e pedindo que o mesmo permitisse o
Governo do Estado realizar uma nova Conferência, aí faríamos um documento para
Governo do Estado pautando como deveria ser a conferência. Diante de todo
DESRESPEITO, DESORGANIZAÇÃO e CANALHICE que estávamos enfrentando, penso que
era a única forma de dizer ao Governo que não aceitávamos esse tipo de
tratamento, porém os companheiros da mesa, com a alegação de que não tinha mais
tempo hábil e que o Ministério não iria autorizar uma nova conferência
convenceu a plenária a continuar com a DESCONFERÊNCIA e como vivemos no
processo democrático, assim continuamos. Só acho que enquanto nós mesmos não
nos valorizarmos, jamais o Poder Público irá valorizar, continuar com a
DESCONFERÊNCIA, foi ao meu ver corroborar com o Estado “que a cultura seja
tratada as tralhas”. Não dá mais para aceitar que sejamos refém das normas
estabelecidas, do pragmatismo, da conveniência. Penso que só mudaremos essa
realidade se de fato tivermos coragem de enfrentar o Poder com coragem, sem
medo de perder coisas pequenas aqui, para ganhar coisas grandes ali. Lamento
por a gente ter dado prioridade a eleger delegados para ir a Brasília do que
discutir com seriedade a implantação de Política Públicas e antes que algum
conferencista que lá estava discorde: eu
pergunto, qual foi a discussão seria que tivemos nessa DESCONFERÊNCIA? O que de
fato nós construímos? E para os senhores e senhoras que lá não estiveram, para
a sorte de vocês, logico, eu pergunto: dá para chamar isso de CONFERÊNCIA? Ou
eu estou certo em dizer que o Estado do Rio Grande do Norte realizou uma
DESCONFERÊNCIA?
SÓ ESPERO QUE NÃO TENHAMOS QUE
PASSAR POR ISSO OUTRA VEZ.... e convoco a todos que fazem cultura nesse Estado
a devolver ao nosso Governo com juros e correção monetária O TAPA NA CARA que
ele nos deu...
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