Hoje, 10/10/2012, um jovem do Bairro DNER me falou que havia vendido seu
voto para vereador a um certo candidato – inclusive eleito com expressiva
votação. Até aí, infelizmente, sem muitas novidades, pois o que se fala aos quatro cantos da cidade é
que esta foi uma eleição movida pela compra aberta de votos. Porém, o que me
faz trazer o presente caso ao blog é o detalhe do crime eleitoral: o jovem é
viciado em crack e o candidato a vereador – eleito – lhe ofereceu R$ 100,00 pelo
voto dele. R$ 30,00 como sinal e os R$ 70,00 quando se sagrasse vitorioso nas
urnas. O jovem me contou que o procedimento foi feito também com seus colegas
de bairro e de vício e ainda em outros locais da cidade. Segundo ele, R$ 100,00
foi uma proposta irresistivelmente tentadora, pois com a grana comprou e fumou
20 pedras de crack e ainda conseguiu um “representante” na Câmara Municipal.
(Fiquei pensando que direitos do viciado o vereador irá defender.)
Eu, que já estava indignado com a eleição imerecida de boa parte dos
novos legisladores, fiquei ainda mais chocado com os métodos utilizados para a
consecução dos fins. Sem querer ser eugenista, penso que ainda vai ser necessária a morte de umas duas
ou mais gerações dessa “raça” de corruptores e corrompidos para alcançarmos um
nível consciente de fazer política.
Apesar de tudo, não podemos perder a esperança de vencermos esta fase
incipiente de nossa democracia.
Marcelo,
ResponderExcluirTexto mais que pertinente e adequado ao momento.
Sou muito pessimista, meu amigo, pois descreio da superação dessa "fase incipiente de nossa democracia".
Abç!