sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

BAR, DOCE BAR - Hugo Tavares



(Ao Boêmio “LILA ")




Bar...

Nau de muitos caminhos.

Aqui os devaneios passeiam por entre as mesas.

Sob a fumaça dos cigarros olhares se misturam...

E os acordes das músicas dos boêmios

Ressuscitam amores adormecidos.



Mais um gole! De repente quem sabe... alguém...

Outro gole! Talvez num átimo... quem sabe...

As lágrimas são companheiras dos porres...

às vezes um coração que é nobre... rasteja.



Bar doce Bar! Os sonhos são pertences de todos.

Mas pode alguém ser feliz sozinho?

Bar doce Bar! Qual é o preço dos homens?

E o preço das mulheres também?



Ah! As mulheres são iguais a nós...

E a saudade é indispensável... cá, dentro do peito

0 que representa duas mãos... sem outras duas?

E uma boca... sem uma outra?



Um copo sem um brinde...

Por que não deixá-lo vazio?

Oh! Não! Uma lembrança é melhor do que nada.

De repente... mais um gole... quem sabe... ela...



Bar! Farol dos amantes... antes da cama.

Que existam! Que existam 0s bêbados... e a embriaguez!

Que as minhas ilusões me fortaleçam!

Que a solidão apareça... e beba comigo!

Eu preciso... urgentemente não ficar sozinho!



Bar doce Bar!

Que a bebida não me enlouqueçal

Que as mulheres sejam o meu fim.

E o teu refúgio... a minha eternidade.

- Garçoooooooonnnn mais uma!!!

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