sábado, 12 de julho de 2025

DIVINA POESIA - Silas Medeiros Cruz

 


Divina Poesia (Silas M. Cruz)


A poesia nunca nasceu, embora rica e opulenta. Quem dera o poeta tivesse parte em suas riquezas, mas ela as nega, sem deferências.

E em sonhos e fantasias, almejam desnudar a musa Calíope todos os irrequietos poetas.

Não sabendo que ela zomba de todos, estes mesmos mortais que a reputam por bela.

 

As noites sem fim, tristonhas e sem calor, redundam em doces palavras que enobrecem o luar.

Os dias incansáveis, na penúria e dissabor, a poesia os abate, sem, no entanto, suar.

Pois, suar é um penar consciente ao homem, único mortal inconsolável.

E morrer lutando é a sina do homem, presunçosamente desesperado.

 

O tempo voa nas correntes da vida, cortejando e beijando tal musa no horizonte celeste.

Dentre todas, é ela a mais majestosa, esplendorosa, que a partir dos grandes mistérios se enaltece.

Mas, Ah! Quisera eu, na lucidez de meus sonhos poéticos, repousar o seu sono

incólume!

Pois, a poesia, que atrevidamente nunca ousou nascer, por consequência nunca morre.


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