DECESSO
cedo despertaste na fina
plumagem das horas
na branca tez da manhã
o frio não suportaste
do abandono a lâmina afiada
num corte lento e profundo
do amor não deixou nada
e lembraste na madrugada
do silvo preciso e ligeiro
da espada do teu cavaleiro
a quem tu amaste outrora
sem vasta relva ou verdes pastos
ao teu coração falta o compasso
do coração de quem não mais te
alegra
e partiste convencida que à tua dor
desmedida somente a morte é alento
morte que a tua vida finda
e para meu desatino
sem compunção ao meu amor
de uma só vez selou
tua dor e meu destino.
Nelson Almeida. Natal, 22/01/21. 13:31
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