O fabuloso caso do amor e seus
desencontros
André Ipoema da Silva Domingos.
Amor... Duas
vogais, duas consoantes e milhares de significados. Impressiona uma palavra tão
simples ter sentido tão amplo. Aquilo que sentimos por nossos pais, filhos,
irmãos, ou pelo ser enamorado. Quando pensamos em amor relacionado a “outro
alguém”, a rima imediata que pensamos é “dor”, mas não estou escrevendo a fim
de inspirar algum jovem poeta apaixonado (por mais que queira), e sim para
refletirmos sobre o quanto é difícil o envolvimento emocional em tempos
difíceis para sonhadores (como diria Amelie Poulain), em que as pessoas se
fecham para o amor.
“O amor é fogo
que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente”, já dizia Camões sobre o
assunto. E dói mesmo! Em uma sociedade onde o egoísmo atinge parte das pessoas,
o amor tornou-se escasso, tornou-se 3º plano nos planos de pessoas que se
separam, se isolam e até mesmo nunca mais se falam. O filósofo Bauman nos disse
que “Vivemos em tempos líquidos, nada é feito para durar”, teria o grande
Bauman sofrido com a dor do coração partido? Talvez sim, talvez não... Mas é fato que falta a nossa
sociedade mais empatia, alteridade, respeito, e isso só será possível quando
permitirmos que o amor floresça em nossa vida.
Florescer... assim como uma flor no
jardim em tempos de primavera, pois, o sentimento que está em nós precisa ser
cuidado, lapidado. O amor próprio é uma das coisas mais belas que o ser humano
pode ter, e mais lindo ainda é quando compartilhamos nossa história com alguém
que também está disposto a florescer. Amar é cuidar e não se esquecer disso é
uma das premissas do filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, ambos
os personagens estão cansados de tanta correria, de tanto ter que provar seu
amor (que deveria ser espontâneo), cansados de apenas sobreviver e não viver a
felicidade. E viver é ter surpresas, arrepios, reflexões, poder sentir na pele
um abraço carinhoso, um beijo apaixonado, entoar num coro só com nossa
companheira (o) “Ah, vai... me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém a
fim de te acompanhar...” (Isso mesmo! Aquela música da Los Hermanos). Nos resta
pensar fora da caixa e romper a zona de conforto para viver bem mais
intensamente.
Por fim, coragem! Para ir vivendo um
dia de cada vez e ir vencendo o medo de amar, as decepções ao decorrer da nossa
“Timeline da vida real” e seus obstáculos. Com um pensamento positivo e ao
contemplar as belezas que nos rodeiam, fazemos jus ao pensamento de
Aristóteles: “ Em todas as coisas da natureza existe algo maravilhoso. ” Já
convidou o amor da sua vida para tomar um café hoje? Permita-se!
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ResponderExcluirPara viver neste mundo tem que ter habilidade. As questões da vida a dois se tornam cada vez mais difíceis. Queria que o intenso não viesse com o tenso.
ResponderExcluirEu não sou contra o “amor livre”, só quero viver o amor-livre- com-alguém.