Tsunamis da sobrevivência
Somos ilhas. Começamos apenas como um grão de areia que transforma-se em pedra ou permanece areia.
Se permanecermos areia as ondas nos levarão para além do nosso querer. Se pedra, seremos desgastados pelo sol das responsabilidades; pela chuva do consumismo e pelas intempéries do trabalho.
No mar que nos banha há sardinhas e tubarões. Suas presenças serão controladas de acordo com o cardápio de confiança que serviremos para cada espécie. Famintos, vivem em busca de um novo menu para distrair suas vísceras. Cabe a nós escolher para qual olharemos.
Sempre há águas profundas nos separando. Apenas a pangéia do relacionamento nos torna Unidos.
Quanto mais ilhas juntas difícil fica para os movimentos tectônicos nos separar.
Nesse vai e vem das marés dá trabalho se manter respirando. A luta constante lapida o paredão rochoso da consciência fortificando-o para enfrentar a natureza árida da vida marinha.
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