Ilustríssimo cidadão
Peço a vossa senhoria
Pra ler estes cincos versos
Que saem de minha autoria
Respeitando o senso teu
Perdão para o crime meu
Se usei de grosseria
Porque de nosso negócio
Só nós somos sabedores
Eu guardo a convivência
Resistindo a minha dor
Cumprindo um dever sagrado
Porém me vejo obrigado
A me declarar ao
Senhor
Porque do conto de réis
Que lhe entreguei com certeza
Eu só retirei a metade
Sabemos temos certeza
Não é tão grande a quantia
Peço a vossa senhoria
O restante dessa empresa
Se o senhor me fizer isso
Tenho de lhe agradecer
Não sei com que recompense
Maravilhosa mercê
Sem me afastar do progresso
Tenho medo é que meus versos
Não vão lhe aborrecer
Desculpe os maus feitos versos
Desse poeta atrasado
Escrevo porque me vejo
Com doze filhos de lado
Não tome por uma afronta
Me chame pra fazer a conta
Tenha dó do meu estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”