sábado, 5 de janeiro de 2013

O POBRE (soneto)


 
                                    –Francisco Macedo/RN
 
Vida de pobre é um mutirão de dor,
uma loucura e grande confusão,
quando tem carne nunca tem feijão,
se tem feijão, de carne nem a cor.
 
Compra uma “muda” de roupa todo ano
e no sapato, tome meia-sola!
No celular faz pose de gabola,
mas pra ligar, está sem vez no plano...
 
No “lotação” precisa paciência,
arroto choco e tome flatulência,
e, mesmo assim, com jeito vai levando...
 
Sendo enxerido, segura a aparência,
pose de rico, mas rei da inadimplência
e vai em frente, as dores disfarçando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”