segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CREPÚSCULO (Chagas Lourenço)

 
A lua
como uma hipérbole
voltada para o infinito
no crepúsculo,
derramava sua luz
na caatinga.
O nordestino
enxada nas costas
corpo doído
esperança n'alma
volta ao lar.
O céu nublado
faz sinal de chuva,
engana !
A lavoura enfolhada
dá sinal de safra,
mente!
O sertanejo
com fome
espera
quase desespera
mas, continua esperando.
Com dez filhos
e a mulher
o amor
é ato contínuo.
Ato que é fato
obrigatório
instintivo
quase até,
animalesco.
No crepúsculo
uma dádiva de Deus
a lua em hipérbole,
cor de brasa,
dar de graça
o luar.

4 comentários:

  1. lindo poema. parabénss!

    Cilene

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  2. Muito bom esse poema.

    João

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  3. Mais um poemaço desse grande Chagas Lourenço!
    Quem desejo conhecer pessoalmente em breve, pois já li muitos livros doados por ele à nossa biblioteca municipal.

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