quinta-feira, 31 de março de 2016

SONETO DA MENTIRA - Professor Ismael André


SONETO DA MENTIRA
Professor Ismael André

A ganância é madrinha e trapaça
A inveja é comadre, além de amiga
A arrogância, concubina que abraça
A ambição é amante bem antiga

O ódio é parceiro fidedigno
O rancor é um sócio indispensável
O rigor é inimigo e até maligno
O engano é indulto inefável

A magnitude de ser opulento, enraíza
O egoísmo é permanência que enfatiza
Um instinto animal que causa ira

A justiça tão injusta otimiza
A modéstia por ser sensata, satiriza
A grande verdade agraciada da mentira!!!

31 de março de 2016.




quarta-feira, 30 de março de 2016

ATÉ AQUELE FIM DE PRIMAVERA. - Carlos Medeiros


ATÉ AQUELE FIM DE PRIMAVERA.
Ele...
Nutria-se de um aroma ímpar de sua tulipa amada,
era faminto daquele pouco riso aberto que o revelava o muito escondido.
Sustentava-se com o pão de sua pele fria pelo descuido suave de seu orgulho.
O pólen dela sustentava sua alma com a fúria de sua delicadeza.
Suas mãos surradas não se comparavam aos versos mais formosos.
Sua cor o arrebatava como a única essência de seus sentidos.
Ele...
Apreciava suas pétalas espumadas que o deixavam palpitante.
Preservava o canto luminoso de sua rosa para aliviar o obscuro de seu íntimo.
Aquelas raízes sondavam-no como único abraço nunca conhecido até.
Que o deixavam vivo até aquele fim de primavera.

15/07/2015

segunda-feira, 28 de março de 2016

TENTAÇÕES DE SANTO ANTÃO -Vários Poetas


SANTO ANTÃO

Santo Antão o eremita
Sabe a vida como é.
Um dia viu uma quenga
Com o seu rabo de pé.
Enxerida e insistente,
Mas resistiu bravamente
Em nome da sua fé!

Dalinha Catunda
*

Não deu uma de Tomé
Resistiu à tentação
O seu medo do inferno
Foi maior que a sedução
Padre assim é incomum
Hoje é difícil ter um
Semelhante a Santo Antão.

*


Segundo Marco Aurélio
Um exímio cordelista
O santo leve esse nome
E o motivo esta na vista.
Por causa da negação
Levou o nome de Antão
Foi dado por um trocista.

Dalinha Catunda
*

O Santo que viu um rabo
Duma mulher Melancia
Resistiu ao atentado
Que a outro apetecia
Que não teve nenhum medo
Sem carecer meter dedo
Nesse Santo se confia!


Bastinha Job
*


Diz a lenda que o diabo
Toda noite o tentava
Na forma duma mulher
Bonita se apresentava
Porém ele resistia
só pão e água comia
E o bilau se acalmava.

Hoje os padres não jejuam
comem tudo que houver
difícil encontrarmos um
que faz conforme Deus quer
Adoram vinho, picanha
e há aquele que se assanha
e não dispensa mulher.


Gilberto Cardoso Dos Santos
*

Como Sodoma e Gomorra
Nosso mundo está perdido
Que Santo Antão nos socorra
Neste mundo enlouquecido
A verdade é nua e crua:
Com a mulher quase nua
Qualquer homem é seduzido.


QUEM SOU EU - Jéssica Rejane


Quem sou eu  

Entre tantas declarações Esse amor que em uma eternidade Talvez existente. Faz parte da vida de muitas vidas. Existe um ser neste momento costurando as feridas. Até mesmo tampando crateras. Eu não sou mais a música preferida. Não sou à rosa mais bonita. Não sou o trabalho esperado Não sou o céu estrelado Não sou o biscoito recheado Meu coração violado Sou o passado do passado Quem sou eu, Apenas ninguém. No mundo do meu amado.

domingo, 27 de março de 2016

POEMA-ORAÇÃO PARA UM DOMINGO DE PÁSCOA - Zé da Luz

Sepulcro vazio. Cristo ressuscitado. O amor vence a morte. A ascensão do salvador. Os homens sem fé, Presos na desesperança, Recolocam a pedra Na passagem do tempo.

J. Luz

CONVERSA ENTRE POETAS - Gilberto Cardoso e José Ferreira




GC:
Poeta José Ferreira Como é que tem passado, Onda muito inspirado Ou bateu uma canseira?















JF: Meu caro amigo Gilberto Eu passo bem, obrigado, mas não ando inspirado e o cansaço é certo.
GC: Sua mente é muito fértil e no verso não é lento tem métrica, tem oração transmite bom sentimento conforme o que observo não faça como o mau servo desenterre o seu talento.
JF: Você é muito bondoso nessa conta que me tem. Inspiração peço a Deus mas essa aí não me vem de mente assim, nebulosa, não faço mais uma glosa no mote de seu ninguém. 
GC: Para evitar meu pedido não faça qualquer manobra já o conheço de perto e sei que você é cobra grande é sua humildade mas não peça à divindade o que já lhe deu de sobra.
JF: Então, se tenho o talento, e ele nada produz, não por estar enterrado pois sei o que diz Jesus, Acho que, pra desarnar Vai ser preciso regar Com água de Santa Cruz.

GC:
A água que nós bebemos
não é lá tão nossa assim
vem até nós muito escassa
da Lagoa do Bom Fim
O que mais inspira a gente
é o sol que desce inclemente
e amarelece o capim.

JF:
Eu pensei que fosse água, mas você diz que é sol... então quero amarelar qual capim nesse arrebol, pra ver se minha poesia nasce e também se cria sob a luz desse farol

GC:
Lembrei-me da sarça ardente No deserto abrasador Moisés, à procura d’água Viu fogo devorador Que à sarça não consumia Nela o Deus da poesia Se mostrou inspirador

JF:
As sarças, na nossa vida, que ardem certo momento, são artifício de Deus que deixam o homem atento. na fé, te vejo ardendo, o que, pra mim, está sendo Sábio e grande instrumento.

GC:
Na produção de seus versos Você se mostra eloquente Pelas janelas dos olhos Destrói as trevas da mente Se entregue à epifania Pois o deus da poesia Quer que seja sarça ardente.

J.F: Muito obrigado, amigo, É o que posso dizer Saiba que foi frutuoso O seu nobre proceder Valeu pelo incentivo, Sendo mais objetivo: Vou voltar a escrever.

sábado, 26 de março de 2016

A MORTE DE JESUS - ZéFerreira


Suspenso em um madeiro
Por todos nós imolado
Jesus, o Santo Cordeiro
Remiu do mundo o pecado,
trouxe uma nova aliança,

resgatou a nossa herança
lá na terra prometida.
Reverteu a nossa sorte,
Quando, vencendo a morte,
deu-nos uma nova vida.


(ZéFerreira)

sexta-feira, 25 de março de 2016

SONETO DE UM DIA SANTO - Professor Ismael André


SONETO DE UM DIA SANTO
Professor Ismael André

Oh Deus, quiseste ao mundo purificar
Fazendo homem num ser a se consagrar
Alimentando num povo tosco a esperança
De ir além da existência terrena na bonança

Fizeste o mistério da morte enaltecer
Expurgaste o ódio por prazer
Santificaste um povo mal e desumano
Que proclamava de Ti, ser um insano

Acrisolaste a coroa da majestade
E deixaste o sangue impuro dos covardes
Por em trevas a pureza de uma luz

Esmeraste a insensatez de uns dementes
Asseando ternuras mais que eloquentes
Elucidando novo conceito para a cruz!!!



Ruy Barbosa/RN, 25 de março de 2016.

POEMA-ORAÇÃO DE UMA SEXTA-FEIRA SANTA - Zé da Luz



POEMA-ORAÇÃO DE UMA SEXTA-FEIRA SANTA A rua calma Um clima de passado Silêncio na alma Ecos do crucificado O sino do coração No passar das horas Bate na consciência Perdão Perdão Perdão

quinta-feira, 24 de março de 2016

Escritor Epitácio Andrade Concedeu Entrevistas a Emissoras de Televisão

Escritor Epitácio Andrade Concedeu Entrevistas a Emissoras de Televisão

Por William Felix de Andrade

                                      TV Assembleia

Depois do sucesso do lançamento do livro Fui ao Croatá...- Uma Geolovehistory, ocorrido em 14 de março de 2016-Dia Nacional da Poesia, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, em Natal, o médico psiquiatra e escritor Epitácio de Andrade Filho tem atendido a convites para entrevistas a emissoras potiguares de televisão.

No dia 16 de março de 2016, o escritor concedeu entrevista ao repórter Ítalo Amorim da TV Ponta Negra Com Ítalo Amorim, da TV Ponta Negra.

Com Ítalo Amorim, da TV Ponta Negra
Na noite de 22 de março de 2016, o escritor Epitácio Andrade participou, ao vivo, do telejornal TVU notícias, concedendo entrevista a repórter Vanessa Camilo.

Com Vanessa Camilo, ao vivo, na TVU
O lançamento do livro Fui ao Croatá...-Uma Geolovehistory no Agreste Potiguar está programado para ocorrer no dia 09 de abril de 2016, as 19 horas, na Câmara de Vereadores de São José de Mipibu. Evento aberto ao público.

Emissoras de TV noticiando Fui ao Croatá...-Uma Geolovehistory

Monturo da Lembrança - ZÉFerreira


Monturo da Lembrança

Duas pedras na mão, um brusco toque
E a faísca acendia o algodão
Que num chifre ficava em combustão
Prá acender um cigarro: o Currimboque.
Essa imagem me faz com que evoque
Fragmentos do tempo de criança
E a saudade tecendo a sua trança
Já me leva até mesmo sem querer
A andar nas ruas do meu viver
Remexendo “o munturo da lembrança”

Que beleza era o meu despertador:
Passarada saudando a invernia
Ritmada ao martelo que batia
Na enxada do velho agricultor.
E antes de deixar meu cobertor
Prá ajudar ao meu pai com a “finança”
Uma prece elevava na esperança
De que a vida pudesse melhorar
Os meus olhos estão a marejar
Remexendo “o munturo da lembrança”

Numa lata, farinha, carne assada
e pedaços torrados de galinha.
Padre nosso, bendito e ladainha,
de um banco de tábua acolchoada.
uma carroceria encapotada,
transportando a fé, a esperança
Canindé, Juazeiro... ô festança!
E eu aqui viajando a toda pressa
Com vovó, pra pagar uma promessa,
Remexendo o monturo da lembrança.

Foi num carro de lata de sardinha
Com roda de tampa de guaraná
Que me pus na estrada a viajar
E o limite era a casa da vizinha.
Mas o sonho daquela criancinha
Era ir onde a vista não alcança
Com os frutos de um par de aliança
Vou, de férias, rever minha cidade
Dirigindo um carro de verdade
Remexendo o monturo da lembrança

José Ferreira Santos

segunda-feira, 21 de março de 2016

SONETO DE UM SER - Ismael André


SONETO DE UM SER
Professor Ismael André

Sou um suspiro da alma de um vivente
Sou na vida um prazer resiliente
Sou a falha, o erro, o desacerto
Sou a fama, do ápice um excerto

Sou “um estúpido sujeito e anormal”
Sou a luz que clareia o ego mal
Sou lembrança da vida de menino
Sou o sonho de um adulto em desatino

Sou o choro de uma criança em desespero
Sou um prato apetitoso sem tempero
Sou da rosa, seu perfume sedutor

Sou do pássaro, seu cantar inspirador
Sou a ode de um poeta acabrunhado
Sou da vida, um simples homem eternizado!


Escrito em 05 de março de 2016.

terça-feira, 15 de março de 2016

NO DIA DA POESIA - Cecília Nascimento


No Dia da Poesia (14/03/16), a Casa de Cultura Popular de Santa Cruz Palácio Inharé esteve em festa. A programação iniciou-se com uma Vivência Poética, sob o comando do professor 
Allan Araújo, secretário de cultura da cidade de Tangará. O momento foi de muita interação e inspiração. Nós que participamos pudemos aprender um pouco mais sobre os gêneros poéticos, discutir questões sobre inspiração, rimas e versos livres e ainda compusemos um haicai coletivo, que compartilho convosco:

Nós precisamos de paz
Falar já não é o bastante
Recuar jamais!

A seguir, cada participante reservou-se a compor um poema de sua autoria, o que seria recitado logo mais no momento de declamação dirigido pela Apoesc (Associação de Poetas e Escritores de Santa Cruz).
Além da vivência, houve paralelamente outro momento célebre, que foi o lançamento do livro Imbuanildo, de Alessandro Nóbrega.
A rica culminância desse momento maravilhoso foi a apresentação literomusical da APOESC. Sob o comando dos poetas 
Hélio Crisanto Gilberto Cardoso Dos Santos e a maestria de Diêgo Cassiano  no acordeom, as músicas, os versos, a participação do público fizeram desse dia, um encanto para todos os presentes.
O poeta também 
Marcos Cavalcanti se fez presente, registrando o evento, assim como nos deu a honra de ouvir algumas declamações. Muitos artistas da terra compartilharam das suas produções e homenagearam outros grandes poetas. Foram momentos de singeleza e exultação.
Gostaria de finalizar agradecendo a todos os que fazem a 
Casa De Cultura Popular-Palácio Inhare, em especial na figura de Marcos Silva, por nos proporcionar esse evento tão rico e parabenizar a todos os que contribuíram para a realização do mesmo. Graças a essa intervenção, nas terras potiguares, a poesia foi celebrada com grande estilo!

Cecília Nascimento.










Comemorando o ‪#‎DiaDaPoesia‬# ao lado pessoas queridas, que assim como eu, apreciam essa bela arte!!!
Parabéns a Casa de Cultura e a APOESC por ter nos proporcionado essa noite tão linda e cheia de (En)Cantos & Versos!! -  
Mailza Bezerra




segunda-feira, 14 de março de 2016

QUANDO OS BONS FICAM QUIETOS - Professor Ismael André


QUANDO OS BONS FICAM QUIETOS
Professor Ismael André

Na existência humana
“Viver é tomar partido”
Até mesmo o pervertido
De essência leviana
Deve ter lado que emana
Seu caráter que afronta
A moral que lhe aponta
Não são aspectos secretos
Quando os bons ficam quietos
Os maus são quem tomam conta

Há uns que chegam e afirmam:
Prefiro ficar isento
Não vou postular tormento
Em meu ser, pois só difamam
Querem ser bons, mas reclamam
Ausentando-se, se amedronta
Fica igual à barata tonta
Fugindo dos desafetos
Quando os bons ficam quietos
Os maus são quem tomam conta

Outros querem ser sensatos
Ficam iguais marionetes
Pensam como os pivetes
Aproveitando dos fatos
Acompanham os relatos
E nada os desaponta
Apenas só desafronta
Quem aos fatos são retos
Quando os bons ficam quietos
Os maus são quem tomam conta

Alguém já nos afirmou:
“Quem quase morreu, viveu!”
Do oposto, escureceu
Sua vida não firmou
Seu sonho se acabou
Por viver um sacripanta
Não sendo capeta ou santa
Num ‘quase’ que é incerto
Quando os bons ficam quietos
Os maus são quem tomam conta.

10/03/2016