ATÉ
AQUELE FIM DE PRIMAVERA.
Ele...
Nutria-se
de um aroma ímpar de sua tulipa amada,
era
faminto daquele pouco riso aberto que o revelava o muito escondido.
Sustentava-se
com o pão de sua pele fria pelo descuido suave de seu orgulho.
O
pólen dela sustentava sua alma com a fúria de sua delicadeza.
Suas
mãos surradas não se comparavam aos versos mais formosos.
Sua
cor o arrebatava como a única essência de seus sentidos.
Ele...
Apreciava
suas pétalas espumadas que o deixavam palpitante.
Preservava
o canto luminoso de sua rosa para aliviar o obscuro de seu íntimo.
Aquelas
raízes sondavam-no como único abraço nunca conhecido até.
Que
o deixavam vivo até aquele fim de primavera.
15/07/2015
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