quinta-feira, 3 de outubro de 2013

OS CARÕES DA PRESIDENTA - Gilberto Cardoso dos Santos


Que vergonha para os mal-educados (maleducados, melhor dizendo) do Rio Grande do Norte que foram assistir à inauguração de mais um instituto federal, dessa vez na cidade de Ceará-Mirim.
A governadora, educada como sempre, falou na garra dos jovens, elogiou-os. E o que recebeu em troca enquanto falava? Uma tsunamiana vaia que afogou todo o seu discurso. Coitada da governadora. Que vergonha pra nossos jovens que não respeitam nossas autoridades nem querem parar pra ouvir os mais velhos.

Esses jovens de hoje que não respeitam mais nem os pais acham que são os donos do mundo e só querem fazer baderna.

A pobre da governadora saiu muito triste da tribuna, embora seu sorriso não tenha perdido o brilho em nenhum momento (dava pra ser atriz, a mulher). Se fosse eu, tinha chorado.
Mas foi bem feito o que aconteceu depois. A presidenta Dilma não gostou do que viu e com ela a coisa é mais séria. O buraco é mais embaixo. Deu uns merecidos carões nos baderneiros. “Isso é feio, muito feio!”, disse ela.

Eu, que estava lá mas fiquei na minha, que não tinha em nenhum momento vaiado a governadora, fiquei morrendo de vergonha com o que a presidenta disse. “Ainda bem que não fiz isso”, pensei comigo. Gente, que imagem ela vai levar do nosso Rio Grande do Norte?! Ela vai pensar que o povo potiguar é um bando de índio. Aliás, ela falou em índio no seu discurso. Será que não foi uma indireta? Bem, a carapuça não caiu na minha cabeça, mas eu senti vergonha pela nossa gente.

Pra mim, um carão dói mais que uma lapada. Sou mais levar uma surra. Mas o povo de hoje não liga pra isso não. E tudo isso por que, eu me pergunto. Por que atrasou o pagamento do estado? Ah, meu filho, foi só um atraso de poucos dias. Pior era uma patroa que eu tinha: passava meses e meses sem pagar.

Mesmo levando carão da presidenta, os bagunceiros não se emendaram e começaram a vaiar Dilma. Coitada da Dilma, tão boazinha (mulheres finíssimas, ela e a governadora). Estava tentando ajudar-nos a ter bons modos, mas acabou na vaia também. A vaia foi grande. Eu vi a hora sair pedrada!
Nós temos que ter bons modos, minha gente. A nossa imagem lá fora não vai ficar nada boa depois disso.

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