Hoje é dia dos pais. Uma lembrança muito viva ainda me vem de meu querido pai. Alguém que doou sua vida para me fazer o homem que sou hoje. Me ensinou que com poucas palavras pode se dizer muito. Bastava um olhar para que eu soubesse o que lhe agradava ou não. Era um homem de muitos ofícios, embora não tivesse tido a oportunidade de estudar. Como filho mais velho que era de uma grande família de irmãos que sobreviviam de agricultura, abriu mão de seus estudos para ajudar meu avô e assim poder ver seus irmãos mais novos frequentarem a escola. Mas isso não impediu que aprendesse tantas outras coisas para sobreviver. Foi carpinteiro, marceneiro, pedreiro, fotógrafo etc. Creio que trago um pouco dessa inquietação de não fazer uma só coisa. Há três anos o vi partir vitimado de um câncer no pulmão. Segurei em sua mão em seu último momento dizendo-lhe: vá em paz pai, Deus o chama. Hoje, emocionado, recordo os dias em que me levava sobre seus ombros quando ainda era criança. Ali, naquele momento era o lugar mais seguro onde eu podia estar. Meu herói não estava na televisão ou em uma revista em quadrinhos, ele estava ali, segurando minha mão. De onde estiver seu Francisco, meu pai: obrigado.
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Texto comovente, Alessandro.
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