Ao ouvir um som assim Me sinto num outro Paredão Os Twites são as armas Que ferem meu coração Mas sobrevivo, acredite Pego de um outro grafite E escrevo, Viva a Educação!
Pelo sim e pelo não o jovem quer grafitar no seu próprio coração começa a garatujar com gente desse quilate até "Picasso" se abate não consegue enviagrar.
Se ouve em todo lugar Ninguém respeita a polícia Sobe e desce, vai cachorra "Se eu te pego" ai delicia Um tal garota safada Ganha fama na parada Só propagando malícia
Verdadeira estultícia se nota na juventude formam gangues, buscam briga se tratam de modo rude tentam nos intimidar com seu modo de olhar cedo ficam sem saúde.
Já fui taxado, acredite De antiquado e obsoleto, Por não gostar de Grafite Teló, Muído, Araketu, Não vou gostar nem a pau, Prefiro escutar Khrystal, Cantando “Coisa de Preto”.
Com Grafith não me meto a galera é da pesada rola droga, rola briga a arte é desprezada nunca irei a tal festa se a música não presta a letra não vale nada.
Ver a banda no coreto Hoje ninguem quer saber Ouvir as velhas marchinhas Pra moçada se entreter E o jovem curte o profano Bota um cabelo moicano Pra poder aparecer
Todo jovem tem que ter o seu corpo tatuado a "moça" roupinha curta o jovem boné virado cada um na sua gangue chega sedento de sangue e começa o rebolado.
Tem que ter um som irado Ninguém fala em gonzagão Jackson, marines, elino Cantando a voz do sertão O mundo saiu do trilho E não se ver algum brilho Na letra de uma canção
Só se houve o pancadão e a galera rebolando ninguém presta atenção no que estão escutando é batida a melodia e não se vê poesia naquilo que estão cantando.
Um sujeito vai "mengando" Na traseira de uma dona Rebola, chupa na lingua E a "Nega" curtindo a zona Diz ô festa de primeira Salve a nação grafiteira Nesse som eu vou a lona
Quem não gosta é cafona doutro tempo, ultrapassado é preciso se tornar pra não ser discriminado da galera, sangue bom se o vizinho aumenta o som melhor escutar calado.
E vão mexendo a bundona, ao ritmo desse destom, Esqueceram da sanfona, de Noca do Acordeom, E a cantiga de Gonzaga, infelizmente se apaga, em meio ao xibombombom.
Grafithão é senso comum. O conteúdo de sua música é machista, homofóbico, pornográfico.
As suas letras revelam a verdade das relações que a gente vive por aí. Relações que exigem que vc tenha dinheiro, tenha um carrão, tenha um “nome”, senão vc não é gente e é tratado como nada. Virtudes? Pra quê virtudes? Ser virtuoso é difícil e quase ninguém valoriza. Então a gente vai com a galera. Afinal de contas queremos atenção, desejamos ser admirados. Por que eu devo ouvir Caetano, Gil, Chico, se o que eles dizem eu não entendo e não faz parte da minha realidade? Isso é o que vejo.
Acho que eu aprendi a gostar desses caras na ânsia de ser aceito, pois eu não conseguia me enquadrar no padrão exigido. Por isso me agarrei a esse novo grupo que conheci através da música; com eles eu me tornei alguém. Na verdade eu nem tinha curtia muito esses artistas cultos. Eu me emocionava mesmo era com os sertanejos, com a música internacional que aprendi a gostar nos filmes da sessão da tarde. Mas, dando uma de Cult eu obtinha respeito e admiração. Pois é. Hoje eu ouço muita MPB, adoro música instrumental, mas também gosto do Grafith, do Sertanejo Universitário, pagode. Tudo isso verdadeiramente.
Essa banda (Grafith) também canta muitas músicas que falam de amor ( não estou dizendo isso para vcs pensarem que eu gosto apenas dessas letras, pois também gosto das “bagaças”). Muito Eros, algum Filia, nunca vi ágape. Esse último não o vejo em canto algum. Em poucos talvez...
Como pode, eu pergunto a vcs, uma Banda de swuingueira como Psirico ( principal inspiração do Grafith) que é mestre em trazer a existência as mais incríveis bagaceiras pode compor algo tão belo como isso aqui;
Na encosta da favela "tá" dificil de viver, e além de ter o drama de não ter o que comer. Com a força da natureza a gente não pode brigar o que resta pra esse povo é somente ajoelhar, e na volta do trabalho a gente pode assistir. Em minutos fracionados a nossa casa sumir, tantos anos de batalha junto com o barro descendo e ali quase morrer é continuar vivendo. Êee chuá chuá, ê chuá chuá, Temporal que leva tudo, mas minha fé não vai levar. Êee chuá chuá, ê chuá chuá, O meu Deus dai-me força pra outra casa levantar. Eu "tô" firme, forte nessa batalha. Eu "tô" firme, forte Não fujo da raia.
É por que no senso comum também residem coisas belas. O mesmo povo e a mesma galera que desce até o chão (não vejo nem um problema nisso) ouvindo o Grafithão também se emociona com essa música aí encima. Choram e lamentam sua condição social nas letras de Edsom Gomes. Vivem a contradição. Eu como não vivo em outro mundo também experimento essa contradição. Luto para ser um pouco virtuoso, vou até onde consigo e não escondo as minhas preferências( já escondi e muito!) na tola ilusão de ser culto, parecer erudito.
Ignorante, eu? Talvez. Decidi abrir mão das aparências por um pouco de profundidade e verdade nas coisas que digo.
Em se tratanto de som A desgraça é alarmante Tem banda de todo tipo Despontando a cada instante Tem até vaca atolada E uma tal saia rodada Nesse cenário aberrante
Diógenes foi brilhante em sua reflexão Às vezes algo importante se encontra no lixão o nosso mundo é assim nada é totalmente ruim nada é totalmente são.
Você tem certa razão Diógenes meu bom amigo Porém com muita atenção Observe o que lhe digo: Na festa MPB É raro briga se vê No ritmo tá o perigo.
Já aconteceu comigo Numa festa grafiteira Eu estava lá no meio Assistindo a swingueira E um grupo pegou pular Girar e rodopiar Ficar perto foi besteira.
Um do grupo de primeira Deu-me uma cotovelada Que quase caio sem ar Tão grande foi a pancada Ligeiro só fiz correr Inocente sem saber Porque tal desaforada.
Sei que tem letra voltada Para conscientizar Que se for ouvir direito Ela pode até tocar Mais o ritmo contagia E naquela euforia Ninguém para pra pensar.
Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”
Este é um som de elite
ResponderExcluirHélio precisa aceitar
seu repertório cabeça
devemos guilhotinar
A onda é uma só
Grafith e Michel Teló
vieram para ficar.
Ao ouvir um som assim
ResponderExcluirMe sinto num outro Paredão
Os Twites são as armas
Que ferem meu coração
Mas sobrevivo, acredite
Pego de um outro grafite
E escrevo, Viva a Educação!
Pelo sim e pelo não
ResponderExcluiro jovem quer grafitar
no seu próprio coração
começa a garatujar
com gente desse quilate
até "Picasso" se abate
não consegue enviagrar.
Se ouve em todo lugar
ResponderExcluirNinguém respeita a polícia
Sobe e desce, vai cachorra
"Se eu te pego" ai delicia
Um tal garota safada
Ganha fama na parada
Só propagando malícia
Verdadeira estultícia
ResponderExcluirse nota na juventude
formam gangues, buscam briga
se tratam de modo rude
tentam nos intimidar
com seu modo de olhar
cedo ficam sem saúde.
Já fui taxado, acredite
ExcluirDe antiquado e obsoleto,
Por não gostar de Grafite
Teló, Muído, Araketu,
Não vou gostar nem a pau,
Prefiro escutar Khrystal,
Cantando “Coisa de Preto”.
Com Grafith não me meto
Excluira galera é da pesada
rola droga, rola briga
a arte é desprezada
nunca irei a tal festa
se a música não presta
a letra não vale nada.
Ver a banda no coreto
ResponderExcluirHoje ninguem quer saber
Ouvir as velhas marchinhas
Pra moçada se entreter
E o jovem curte o profano
Bota um cabelo moicano
Pra poder aparecer
Todo jovem tem que ter
ResponderExcluiro seu corpo tatuado
a "moça" roupinha curta
o jovem boné virado
cada um na sua gangue
chega sedento de sangue
e começa o rebolado.
Tem que ter um som irado
ResponderExcluirNinguém fala em gonzagão
Jackson, marines, elino
Cantando a voz do sertão
O mundo saiu do trilho
E não se ver algum brilho
Na letra de uma canção
Só se houve o pancadão
ResponderExcluire a galera rebolando
ninguém presta atenção
no que estão escutando
é batida a melodia
e não se vê poesia
naquilo que estão cantando.
Um sujeito vai "mengando"
ResponderExcluirNa traseira de uma dona
Rebola, chupa na lingua
E a "Nega" curtindo a zona
Diz ô festa de primeira
Salve a nação grafiteira
Nesse som eu vou a lona
Canindé Crisanto - Acari
ResponderExcluirO (des)gosto musical
Tá um rebuliço só
As porcarias da moda
Entalam no meu gogó
Eu não entro nesse clima
Não curto Gustavo Lima
Gaby nem Michel Teló.
Quem não gosta é cafona
ResponderExcluirdoutro tempo, ultrapassado
é preciso se tornar
pra não ser discriminado
da galera, sangue bom
se o vizinho aumenta o som
melhor escutar calado.
E vão mexendo a bundona,
ResponderExcluirao ritmo desse destom,
Esqueceram da sanfona,
de Noca do Acordeom,
E a cantiga de Gonzaga,
infelizmente se apaga,
em meio ao xibombombom.
Grafithão é senso comum. O conteúdo de sua música é machista, homofóbico, pornográfico.
ResponderExcluirAs suas letras revelam a verdade das relações que a gente vive por aí. Relações que exigem que vc tenha dinheiro, tenha um carrão, tenha um “nome”, senão vc não é gente e é tratado como nada. Virtudes? Pra quê virtudes? Ser virtuoso é difícil e quase ninguém valoriza. Então a gente vai com a galera. Afinal de contas queremos atenção, desejamos ser admirados. Por que eu devo ouvir Caetano, Gil, Chico, se o que eles dizem eu não entendo e não faz parte da minha realidade? Isso é o que vejo.
Acho que eu aprendi a gostar desses caras na ânsia de ser aceito, pois eu não conseguia me enquadrar no padrão exigido. Por isso me agarrei a esse novo grupo que conheci através da música; com eles eu me tornei alguém. Na verdade eu nem tinha curtia muito esses artistas cultos. Eu me emocionava mesmo era com os sertanejos, com a música internacional que aprendi a gostar nos filmes da sessão da tarde. Mas, dando uma de Cult eu obtinha respeito e admiração.
Pois é. Hoje eu ouço muita MPB, adoro música instrumental, mas também gosto do Grafith, do Sertanejo Universitário, pagode. Tudo isso verdadeiramente.
Essa banda (Grafith) também canta muitas músicas que falam de amor ( não estou dizendo isso para vcs pensarem que eu gosto apenas dessas letras, pois também gosto das “bagaças”). Muito Eros, algum Filia, nunca vi ágape. Esse último não o vejo em canto algum. Em poucos talvez...
Como pode, eu pergunto a vcs, uma Banda de swuingueira como Psirico ( principal inspiração do Grafith) que é mestre em trazer a existência as mais incríveis bagaceiras pode compor algo tão belo como isso aqui;
Na encosta da favela "tá" dificil de viver,
e além de ter o drama de não ter o que comer.
Com a força da natureza a gente não pode brigar
o que resta pra esse povo é somente ajoelhar,
e na volta do trabalho a gente pode assistir.
Em minutos fracionados a nossa casa sumir, tantos anos de batalha
junto com o barro descendo e ali quase morrer é continuar vivendo.
Êee chuá chuá, ê chuá chuá,
Temporal que leva tudo, mas minha fé não vai levar.
Êee chuá chuá, ê chuá chuá,
O meu Deus dai-me força pra outra casa levantar.
Eu "tô" firme, forte
nessa batalha.
Eu "tô" firme, forte
Não fujo da raia.
É por que no senso comum também residem coisas belas. O mesmo povo e a mesma galera que desce até o chão (não vejo nem um problema nisso) ouvindo o Grafithão também se emociona com essa música aí encima. Choram e lamentam sua condição social nas letras de Edsom Gomes. Vivem a contradição.
Eu como não vivo em outro mundo também experimento essa contradição. Luto para ser um pouco virtuoso, vou até onde consigo e não escondo as minhas preferências( já escondi e muito!) na tola ilusão de ser culto, parecer erudito.
Ignorante, eu? Talvez. Decidi abrir mão das aparências por um pouco de profundidade e verdade nas coisas que digo.
Em se tratanto de som
ResponderExcluirA desgraça é alarmante
Tem banda de todo tipo
Despontando a cada instante
Tem até vaca atolada
E uma tal saia rodada
Nesse cenário aberrante
Diógenes foi brilhante
ResponderExcluirem sua reflexão
Às vezes algo importante
se encontra no lixão
o nosso mundo é assim
nada é totalmente ruim
nada é totalmente são.
Você tem certa razão
ResponderExcluirDiógenes meu bom amigo
Porém com muita atenção
Observe o que lhe digo:
Na festa MPB
É raro briga se vê
No ritmo tá o perigo.
Já aconteceu comigo
Numa festa grafiteira
Eu estava lá no meio
Assistindo a swingueira
E um grupo pegou pular
Girar e rodopiar
Ficar perto foi besteira.
Um do grupo de primeira
Deu-me uma cotovelada
Que quase caio sem ar
Tão grande foi a pancada
Ligeiro só fiz correr
Inocente sem saber
Porque tal desaforada.
Sei que tem letra voltada
Para conscientizar
Que se for ouvir direito
Ela pode até tocar
Mais o ritmo contagia
E naquela euforia
Ninguém para pra pensar.