domingo, 17 de abril de 2022

QUE REI É ELE - Roberto Flávio

 


QUE REI É ELE


Emanuel, Jesus, o Cristo, o Messias, Yeshua Hamashia, Yehôshua,

Vários nomes, tantos significados e títulos.

Não havia Plano, Seguro ou Sistema de Saúde.

Não nasceu num palácio, mas ao redor de bichos numa estrebaria; ou ainda no piso inferior de uma casa onde também se guardavam animais, como afirmam outros pesquisadores.

Veio de Nazaré, da Galileia. Sendo rejeitado até por essa origem, seria hoje tipificado como discriminado por raça ou etnia.

Pregava à beira do mar, nos montes, nas praças, nas sinagogas, em lugares nada pomposos.

Não era dado aos costumes, dogmas e práticas sacerdotais.

Muito pelo contrário, sempre estava a confrontar a corrupção religiosa dos judeus daquele tempo e nos templos.

Fariseus, saduceus, escribas e hipócritas são chamados de raça de víboras.

Entrou em casa de amigos, publicanos, cobradores de impostos, de pessoas simples e chamadas pecadoras.

Não procurava hospedagens. Aliás, dizia que “não tinha onde reclinar a cabeça”.

Falava aos pobres, aos humilhados, curava os doentes, clamava pelas injustiçadas viúvas de Israel.

Disse que estaria nos que tiveram fome e sede, nos que não puderam se vestir, nos estrangeiros não hospedados, nos enfermos e nos prisioneiros.

Mandou jogar pedras quem não tivesse algum erro.

Que a bondade estava no inimigo samaritano, mas longe do falso religioso judeu.

Incomodou os seus compatriotas até mais que aos romanos.

Nem comunista ou socialista. Esse padrão sociológico sequer existia. Ao meu ver, simplesmente, o Maior dos altruístas.

Disse que havia muitas moradas na Casa do seu Pai.

Foi entregue pelos Chefes dos sacerdotes, escribas e líderes dos judeus aos romanos.

A multidão foi manipulada e convencida a pedir soltura para o homicida Barrabás.

Não se autoproclamou Rei. Mesmo quando perguntado pelo governador Pilatos, preferiu responder: “Tu o dizes”.

Condenado por um crime civil que não cometeu contra Roma. Açoitado e torturado até a morte.

Levado à crucificação num madeiro ou cruz fora dos muros de Jerusalém.

Na crucificação, ficou entre dois ladrões. A um foi manifestado a promessa de Vida no Paraíso e sem fuzilá-lo com palavras de ódio.

Aos seus torturadores ou assassinos clamou o perdão do Deus-Pai.

Nítida diferença: há quem sabe o que faz e há quem não sabe o que faz.

Pelo próprio Jesus, não estará no reino dos céus quem da boca para fora apenas disse “Senhor, Senhor”.

Sobre a cruz, em latim, em 4 letras, o motivo dado por sua morte no acrônimo INRI - Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum -.

O Rei dos Judeus passou a ser o Rei de Todos os que nele creem.

Luz Divina, Salvação, Vida Eterna ou apenas uma história da humanidade.

Que Rei é Ele?

A resposta é pessoal.

A minha é: “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”.

 

Roberto Flávio, Domingo de Páscoa, 17/04/2022.

2 comentários:

  1. Caro Roberto, o Jesus bíblico - principalmente aquele que aparece no Sermão da Montanha - difere muito do que hoje é pregado nos púlpitos da cristandade. Ao lidar com cristãos bem semelhantes aos que hoje vemos - exploradores, hipócritas, impiedosos - Gandhi disse: "Eu gosto de Cristo. Eu não gosto de vocês, cristãos. Vocês cristãos são tão diferentes de Cristo."


    Que seu bem escrito texto nos faça refletir mais profundamente sobre a essência da mensagem por ele pregada. (Gilberto Cardoso dos Santos)

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  2. Feliz Páscoa, Roberto! Independente de qualquer crença humana, para mim, a mensagem de Jesus é muito necessária. Sem imposição nenhuma, aponta sempre o melhor caminho a ser seguido. Um espírito evoluído!

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