quarta-feira, 23 de março de 2022

SONETO SOBRE UM XILOGRAVURISTA



Poeta das goivas


Fiz das goivas punhais da resistência 

Ante as pluri mazelas culturais,

Resgatando o fulgor da minha essência 

E atracando o meu cerne nesse cais.


Vou trazendo, na verve, os ancestrais 

E agradeço à divina providência,

Por me dar poesias visuais 

Pra ficar nos anais da persistência. 


Com as goivas, papel, tinta e madeira,

Retratando a verdade brasileira,

Faço a xilo ser arte e armadura. 


Pra lutar e gravar a minha história,

Escavando nas placas da memória

Traços vivos, no rastro da cultura.


Robson Renato e J. Campos




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